EDIÇÃO 115


 

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Edição 115 (março de 2017) - 17 anos
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CAPA
Sabesp anuncia retomada do Projeto Córrego Limpo
                                           
Foto: Eduardo Fidel
SabespCorrego
Chefe de gabinete, Gilberto Nucci, com representantes da Sabesp, do Rios e Ruas, do Cades-Bt e outros, em reunião. Pág. 3







CONCURSOS

Taboão da Serra abre 112 vagas de médicos

     
      A Prefeitura de Taboão da Serra, São Paulo, abre concurso para a contratação, sob regime estatutário, de 112 médicos de várias especialidades.
      A remuneração é de R$ 60,00 a hora, em 20 horas semanais. Os cargos com vagas são de Médico Clinico Geral, Médico Generalista, Médico Ginecologista e Obstetra, Médico Neurologista Adulto, Médico Oftalmologista, Médico Ortopedista, Médico Pediatra, Médico Psiquiatra, Médico Pneumologista Adulto e Médico Cardiologista.
      As inscrições estão abertas até o dia 10 de março de 2017, pela internet, no endereço eletrônico www. zambini.org.br. O valor da inscrição é de R$ 108,00.
      A seleção será realizada através de prova objetiva, com aplicação prevista para o dia 26 de março de 2017, em local e horário a serem posteriormente divulgados.
      O prazo de validade do concurso é de dois anos, a contar da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogado por igual período.



Índice desta edição

EDITORIAL - A loucura do monopólio natural...............................................................
Representante não é qualquer um..........................................................................
Sabesp: Córrego Limpo está de volta......................................................................
Falta de remédios: todos calados - Toufic Attar..........................................................
Entidades do Butantã entregam carta......................................................................
UMAPAZ oferece curso gratuito sobre Água.................................................................
Evento Guarani Sem Fome..................................................................................
Poesia - Cacildo Marques ................................................................................
Futebol alegria do povo - Antônio Carlos Licerre.........................................................
Bi-bi ou Gohayó - Helcias Pádua..........................................................................
ACSP-Sudoeste: Palestra sobre a Previdência..............................................................
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EDITORIAL

A loucura do monopólio natural


      Define-se como monopólio natural o tipo de negócio que exige altíssimo investimento de instalação e elevados custos de manutenção, de tal modo que um possível concorrente não obteria retorno. Os exemplos mais citados são (a) telefonia fixa, (b) distribuição de eletricidade, (c) telecomunicações, (d) distribuição de água potável, (e) distribuição de gás encanado, (f) rodovias, (g) ferrovias, (h) correios, (i) siderúrgicas, (j) fábricas de aviões e (k) estaleiros.
      Nada do que em Economia se chame “natural” deve ser visto como coisa inquestionável. Há suspeitas de que o adjetivo seja usado aí como um modo de evitar discussões, como no caso correlato da “taxa natural de desemprego”, conceito estabelecido por Milton Friedman como um modo de esvaziar na academia a expectativa da solução, que, segundo J. M. Keynes, viria com a implantação do pleno emprego, porque o desemprego, para o economista britânico, é o verdadeiro “problema econômico”.
      No caso do monopólio, o exemplo mais lapidar de naturalidade, ao longo do século XX, era o da telefonia fixa. Hoje parece hilário que os agentes econômicos tenham acreditado nisso durante tanto tempo.
      O maior responsável pela continuidade dessa ideia de monopólio natural é a própria crença, ou o paradigma. É claro que há situações em que a base instalada dificulta mudanças. Não foi o caso da telefonia fixa, mas pode ser o caso da distribuição de água, dado que a tubulação subterrânea, muitas vezes com mapas perdidos, não permitiria uma divisão entre companhias distintas. Este, porém, não é o padrão dos impedimentos. Nos outros ramos, tudo é muito visível e separável.
      Quando se trata de empresa voltada para negócios internacionais, como estaleiros e fábricas de aviões, elas sempre têm concorrentes em outros países, ainda que dentro de um mesmo território o custo seja impeditivo da entrada de concorrentes. A competição internacional nesses casos neutraliza o lado negativo do monopólio. A Embraer, por exemplo, enfrentará a concorrência dos aviões chineses, além daqueles das precedentes Boeing, Bombardier, Airbus, Focker e Gripen. A empresa só estaria dentro da concepção rigorosa de monopólio, dona única do mercado de vendas, se fosse proibida a importação de produtos internacionais.
      O maior prejuízo da crença petrificada, para os vários países com monopólio na área, como Estados Unidos, França, Canadá e Inglaterra, mas, principalmente para o Brasil - por causa dos vícios que não precisam ser lembrados neste espaço, - configura-se no serviço dos correios.
      A Constituição proíbe privatizar o serviço, mas a razão porque o governo não divide a empresa (ECT) em pelo menos duas, uma concorrendo com a outra em todo o território nacional, é antes de tudo esta: está todo mundo dormindo em Brasília, na hora de sanar nossas mazelas.



EXPEDIENTE

Gazeta Cidadã

Presidente da Ong OCDC:
Toufic Attar
Jornalistas Responsáveis:
Cacildo Marques - MTb 73701
e Roldão Soares Filho - MTb 37108

Editor: Cacildo Marques
Impressão:
Gáfica Abjad 7857-4174
Uso livre, citada a fonte. Publicidade:
Toufic Attar

Colaboradores: Renata Polydoro, Francisco Gonçalves de Oliveira, Rogério Chiavassa Neto, Frederico Lazarini Ferreira, Renato A. Ricardo, Toufic Attar, Werner Regenthal, Guilherme Bonfim, Werbster Gomide, Nilton Moura, Aída Schwab, Cidinha Finimundi, Fredi Jon, Sheyna Adamo, Diego Parma, Eliseu Gabriel, Dr. Raul Marinheiro Jr., Nabil Bonduki, Sandra Pandolfi, Luiz Gabriel Di Pieri, Loiola Carneiro, Viviana Bosi, Olívia Raposo da Silva Telles.

Redação: Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 (Cursão)
Endereço Eletrônico:
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As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
A Gazeta Cidadã (Jornal da Vila Sônia) é uma publicação da Organização Cultural de Defesa da Cidadania – OCDC





ENSINO

Representante não é qualquer um


      Nos países democráticos os adolescentes têm sua primeira oportunidade de praticar a liberdade de escolha política nas eleições do grêmio escolar e na escolha de seus representantes de turma. Organizar grêmios é atividade sadia e recomendável, mas requer dedicação e espírito público precoce, artigo não muito abundante na praça. Quando não é possível montar chapas e fazer eleições - muitas escolas conseguem isso em uns anos e não em outros, dependendo da disponibilidade de professores que orientem e de alunos que se disponham, - é a escolha dos alunos representantes de turma que supre esse aprendizado.
      Quando se trata de montar chapas para o grêmio, os próprios alunos exercem autocontrole, e, se uns não querem prestar o trabalho voluntário que a função exige, outros o farão. É muito comum haver renúncia da chapa vencedora, ou abandono das tarefas, até mesmo antes de chegar a metade do ano letivo, mas esse tipo de ocorrência, apesar de ser lamentável, é fato menor frente ao momento eleitoral, que é o principal aprendizado coletivo nesse campo.
      Mesmo quando há a inscrição de apenas uma chapa, os professores devem orientar os jovens a criar um motivo para escolha. Em vez de chamar o corpo discente para homologar, faz-se com que os eleitores optem por figuras dentro da chapa. Podese deixar “em aberto” os cargos de presidente e primeiro secretário, e dois nomes da chapa concorrendo a eles. A chapa vem encabeçada, por exemplo, com os nomes João Ferreira [ ] presidente, na primeira linha, e Sílvia Coelho [ ] presidente, na segunda linha, seguidos dos demais nomes já com cargos fixados, a partir do vice-presidente. Se o eleitor marcou X no nome Sílvia, deixando em branco o de João, o significado é de que ele optou em Sílvia para presidente, indicando, implicitamente, João para primeiro secretário.
      Quanto ao aluno representante de turma, a coordenação e os professores não devem aceitar o “laissez-faire”. Há uma tendência quase irresistível de a classe escolher, por exemplo, o aluno repetente como seu representante, provavelmente porque ele é mais antigo e já conhece bem a escola e seu quadro. Ora, o repetente é alguém diferente dentro da classe, não é o representante legítimo do grupo. A coordenação não deve ter prurido em vetar certas candidaturas.
      Na China, país cujo sistema político atual não prima pela permissão de escolhas eleitorais, o aluno representante de turma é o de maior rendimento escolar, indo o cargo para o segundo lugar se o primeiro não tiver comportamento modelar. No Brasil podemos usar esse expediente para turmas de alunos pequenos, até, por exemplo, o sétimo ano. A partir do oitavo ano, quando puderem escolher, os alunos já terão noção de senso de responsabilidade, a menos que queiram atuar por efeito reverso, e, se for assim, a gestão escolar deve interferir, porque eles estão em fase de aprendizagem. A escolha e a ação do representante de turma são cruciais na formação ética dos jovens.










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ESCOLA

É também para você

Maria dos Prazeres Garcia Martins*

      Signo solar Peixes.
      Sol em Peixes.
      Ascendente em Gêmeos.
      Lua em Câncer.
      Emoção, profusão, lunações.
      Emoção.
      Profusão.
      Cinco motivos para extravasar.
      A 1ª, a 2ª, a 3ª e a 4ª luas para desaguar.
      Aprender a soltar, deixar vazar.
      Entender que o resultado fi nal de tudo não depende só de mim.
      Faço parte de uma orquestra.
      E também de um céu de estrelas.
      Atrair o celeste. Baixar a retaguarda.
      Tocar em frente. Excelente.

(*) Maria dos Prazeres Garcia Martins é educadora - prazeresgarcia@hotmail.com





OBRAS

Sabesp: Projeto Córrego Limpo está de volta


      Em reunião na Prefeitura Regional do Butantã, no dia 17 de fevereiro, representantes da Sabesp afi rmaram, perante o chefe de gabinete Gilberto Nucci, conselheiros do Cades-Bt (Conselho de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sultentável), representantes do movimento Rios e Ruas e a imprensa da região, que neste ano de 2017 será retomado o Projeto Córrego Limpo, parceria entre a empresa e a Prefeitura de São Paulo, que vinha sendo desenvolvida com sucesso e que foi interrompida quando da eclosão da crise econômica em 2014.
      Por esse projeto, a Prefeitura realiza obras nas margens dos córregos, como parques lineares, instalação de gabiões, ciclovias e outras, enquanto a Sabesp desvia para dutos apropriados o esgoto que munícipes despejam neles, destruindo a fauna e produzindo o odor que envergonha a cidade.
      No município, 18 córregos tinham tido suas obras fi nalizadas. Para os restantes, a Sabesp prevê que até o fi m do ano de 2019 tudo estará pronto na região do Butantã, no que depender de sua parte.
      O representante Mário Luiz de Moraes, que está sendo transferido para a área de negócios, apresentou Maurício Kartorsky, que o substitui a partir de agora na área operacional. Contou ele que um recurso valioso no cuidado com os córregos é a instituição da “madrinha do córrego”, uma mãe de família que se encarrega voluntariamente de denunciar à Sabesp qualquer nova irregularidade cometida, como é o caso das ligações clandestinas de esgoto. Anderson Pereira, o outro representante que também esteve presente, continuará sua atuação na região.
      O Prefeito Regional Paulo Vítor Sapienza, que estava em outra atividade, reservou uns minutos entre uma audiência e outra para também participar da reunião. Em sua fala, tratou do encaminhamento sobre o Parque Chácara da Fonte, situado no Quilômetro 11 da Rodovia Raposo Tavares e que teve sua desapropriação assegurada há poucos meses. Sapienza propôs aos representantes da Sabesp estabelecer uma parceria para cuidar da área, e estes concordaram. Disse o Prefeito Regional que se não forem tomadas providências urgentes, usos indevidos atingirão o parque e os munícipes correrão o risco de perdê-lo.
      Como se sabe, o Parque Chácara da Fonte tem grande valor histórico, além do ambiental. Naquelas nascentes, os tropeiros e bandeirantes que se dirigiam ao oeste, seguindo pelo Caminho do Peabiru, que ligava Piratininga aos Andes bolivianos, através do Pantanal e do Chaco, paravam para descansar e se abastecer de água potável. Com a parceria da Sabesp, deverá surgir ali um novo “córrego limpo”. Outros córregos em vista para obras urgentes são o Itararé (que nasce ao lado do Cemitério Gethsêmani), o Camacuã (Vila Morse) e o Ribeirão Jaguaré (na Avenida Politécnica), que é confl uência de vários cursos d’água dos distritos Raposo Tavares e Rio Pequeno.







COLUNA DO TEO

Falta de remédios: Sociedade Civil calada


Toufic Attar*

      Ignorar o sofrimento do povo é costume de tiranos. Por que a sociedade civil está calada diante da falta de remédios gratuitos? Porque os organismos que se supõem defender e zelar pelo respeito à Cidadania mantém silêncio sobre o caso?
      Aqui no Brasil surgiu, no passado, a instituição da Escola Pública gratuita e universal, isto é de acesso a todos. Demoliram essa proposta e temos hoje um simulacro de Educação que está custando caro a todos, impedindo nítidas conquistas sociais e o reino de uma qualidade de vida no mínimo mais humana. Com a Saúde não foi diferente. A indiferença coletiva diante do abismo social é algo que marca nossa história profundamente. Abandonaram o povo à sua sorte.
      Há ainda no ar o lendário e eterno “maravilhoso Brasil de amanhã”. Como para afi rmar esta fé surgiu o Sistema SUS de Saúde como direito fundamental a todo brasileiro. O acesso ao tratamento gratuito deixava de ser uma questão de ter ou não ter dinheiro para acessá-lo, mas sim uma obrigação de Estado estendida a todos os níveis, federal, estadual e municipal. Chegariam ainda os dias em que isto seria feito de maneira qualitativa e humana. Há sempre a esperança de que isto aconteça cedo ou tarde. O importante é que o povo brasileiro passava a ter direito ao tratamento da saúde sem passar pela Saúde Privada inalcançável ao seu bolso.
      Veio então o direito de acesso gratuito à medicação, isto é, aos remédios distribuídos pela Rede Pública de Saúde, com o recebimento domiciliar ou a sua retirada conforme prescritos pelos profi ssionais de medicina competentes. Surgiu então a crise político-econômica de 2016 com todas as suas conseqüências negativas, atingindo inclusive o setor de abastecimento em remédios destinados aos milhões de pacientes que passam pelo Sistema.
      Em São Paulo, isso aconteceu no fi m da gestão municipal passada, estendendo-se à atual. A caça aos remédios gratuitos levou o novo prefeito a prometer uma solução rápida para normalizar a situação. Toda demora condena o paciente à interrupção de sua medicação contínua. Ao mesmo tempo, é curioso constatar que o mesmo remédio que falta nos postos de distribuição está disponível nas farmácias desde que pago, fazendo cessar o conceito da gratuidade, totalmente inerente ao tratamento. Deve-se lembrar que para acessar a sua medicação cada paciente passa meses, anos, submetendo-se ao acompanhamento médico efetuado pelos especialistas da saúde. É um longo caminho até obter o ponto de equilíbrio que permite controlar e atenuar os problemas e sofrimentos com o estado de saúde.
      Ora, descontinuar a medicação signifi ca colocar em perigo os resultados obtidos até então. A falta de remédio é um fator que não pode ser ignorado quando milhões de pacientes-cidadãos sofrem as conseqüências da descontinuidade de seu tratamento por interrupção do fornecimento dos remédios prescritos. È uma situação gravíssima. As desculpas que surgem não aliviam em nada o fato de que correr em vão atrás de remédios é infame, causando mais estresse ainda.
      O colunista acredita que é preciso investigar e apontar o que aconteceu. A indiferença para com o seu próprio povo é típica dos tiranos. É uma aberração! A Sociedade Civil precisa expressar seu repúdio diante de tamanha omissão!

(*) Toufic Attar (Teo) é presidente da OCDC - Organização Cultural de Defesa da Cidadania - e diretor de publicidade da Gazeta Cidadã












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TECNÓLOGOS

Aluno da Fatec cria aplicativo para os médicos


      Gabriel Sávio venceu o Desafio Inova 2016 com a plataforma “Medical Health System”, que visa conectar médicos e pacientes através de informações disponíveis 24 horas por dia.
      Sávio é aluno do curso superior de Tecnologia em Mecânica, Modalidade Projetos, da Faculdade de Tecnologia (Fatec) do Estado de São Paulo e agora ele procura investidores para fazer o aplicativo chegar ao mercado.
      Ele teve inspiração a partir de suas próprias experiências médicas e juntou-se à biomédica Thaís Gesto para criar um programa acessível tanto para os especialistas quanto para o usuário comum. O estudante propõe que, para os médicos, o uso do aplicativo seja pago, conforme o retorno obtido na fidelização de novos pacientes. O profissional poderá consultar em-rede o histórico hospitalar e clínico do paciente.
      Para o usuário comum, o programa será gratuito. Lá, ele poderá guardar informações sobre seu estado de saúde, agendar consultas, controlar medicações e ter acesso ao prontuário atualizado, com dados das especialidades médicas, além de uma tecnologia baseada que promete antecipar riscos de doenças, com base em big data.
      A intenção, segundo Sávio, é melhorar a experiência do usuário, estimulando seu protagonismo e o controle das informações de saúde.



VERDE

UMAPAZ oferece curso gratuito sobre a Água


      A psicóloga Elizabeth Vasconcellos, funcionária da SVMA, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, avisa que a UMAPAZ, Universidade do Meio Ambiente e Cultura da Paz, oferecerá os cursos gratuitos relacionados abaixo, sobre Água e as Relações com a Metrópole.
      A água no Município de São Paulo deve ser encarada como um recurso natural que presta serviços ambientais de grande magnitude. Todas as águas possuem seu valor: a água que é captada nas represas para fins de abastecimento; que vem da chuva; dos pequenos rios e córregos. O curso oferecido abordará de forma dialogada com análise de estudos de caso, informações relacionadas a água e a sua relação com a metrópole, entrando em temas tais como: APPs urbanas; mananciais; bacias hidrográficas; matas ciliares; mudanças climáticas; reuso de água e conservação e recuperação de corpos hídricos. Dia 8/03, quarta: Clima e o ciclo hidrológico em área urbana (facilitador: Augusto Pereira, professor associado do IAG/USP; PhD em Meteorologia pela Universidade de Oklahoma); dia 15/03, quarta: Águas em meio urbano: ecologia, recuperação e conservação (facilitador: Miriam Falótico, bióloga pela USP; Doutora em Ciências pela USP); dia 22/03, quarta: A importância dos pequenos rios urbanos e seu protagonismo na cidade (Facilitador: Ricardo Fraga, engenheiro agrônomo Especialista em Desenvolvimento Urbano da PMSP e advogado); no mesmo dia: Água na Cidade: saneamento e o acesso à terra (facilitador: Miriam Falótico, bióloga pela UNESP e Doutora pela USP); dia 29/03, quarta: Adaptação das Edificações existentes em Tecnologias Sustentáveis no uso da água e energia (facilitador: Eduardo Aulicino, engenheiro civil ocupa o cargo de Especialista em Desenvolvimento Urbano na UMAPAZ na Cidade).
      São 80 vagas ao todo e, se necessário, haverá seleção. A coordenação está a cargo de Miriam Falótico.
      O curso destina-se a estudantes; educadores; funcionários públicos; conselheiros; administradores de parques e lideranças locais.
      Ocorrerá sempre das 14h às 17h, na sede da UMAPAZ – Parque Ibirapuera. Av. Quarto Centenário, 1268. Pedestres: Portão 7A. Estacionamento: Portão 7 da Av. República do Líbano (Zona Azul).








EQUIPAMENTOS CULTURAIS

O Museu da Educação e do Brinquedo



      Este é um museu do século XXI. Inaugurado em 2003, o Museu da Educação e do Brinquedo (MEB), da Universidade de São Paulo (USP), reúne um acervo de brinquedos do início do século XX até os dias de hoje e está localizado na Faculdade de Educação, dentro da Cidade Universitária.
      O museu conta com um acervo vasto, com cujos itens costuma fazer rodízio, dada a variedade. Lá estão bonecas de vários países da América do Sul, um boneco negro de 1910, carro de boi do início do século XX e diversos acessórios. Conta também com videogames dos anos 1980, fotografias dos anos 1920 a 1940, livros e outros materiais educativos relacionados à infância.
      Uma exposição recente teve o título de “Cenas Infantis e Brinquedos da Infância”, e mostrava esculturas lúdicas de brincadeiras infantis, de bronze, da artista plástica Sandra Guinle. Outra exposição foi “Brinquedos da Infância”, trazendo itens de meninos e meninas que hoje fazem parte da comunidade da Faculdade de Educação da USP.
      O Museu tem por objetivo manter viva a memória dos brinquedos do início do século XX até os dias atuais e tem entrada gratuita, podendo-se agendar visitas monitoradas, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
      O endereço é: Av. da Universidade, 308, Cidade Universitária, São Paulo – SP, 11-3091-2352 ou meb@usp.br





Resposta do Benjamin (Peirce),
da pág. 8:
4-2/ 2-2-7-3/ 5/ 1-8-4-9/ 2-5-1-9.









PÁG. 5

CULTURA

Evento Guarani Sem Fome - Casa de Cultura do Butantã


      No dia 5 de março, domingo, a Cia Teatro Salada Vinte e a Beleléu Cia de Artes promovem uma ação social visando arrecadar alimentos para a tribo guarani da Tekoa Pyau, localizada nas imediações do Pico do Jaraguá. São várias atividades artísticas e culturais e, para ingressar, os organizadores pedem apenas a doação de alimentos não industrializados para a correta alimentação da tribo, que costuma consumir farinhas de mandioca, trigo e milho, fubá, arroz, pipoca, leite e aveia.
      O horário das atividades é das 9h às 19h, na Casa de Cultura do Butantã - Rua Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri Peri. Segue a grade de eventos:
      9h00 – Liang Gong – (exercícios da medicina chinesa) - Isa Castiglioni
      10h00 - Contação de histórias com Fernanda Araújo
      10h30 – Teatro de bonecos – Cia Teatro Salada Vinte
      11h30 – Evento musical - Clovis Ribeiro e convidados
      12h00 – Evento musical – Jeff Gennaro e convidados - MPB
      13h00 – Roda de coco – coletivo Levante Mulher
      13h30 – Contação de histórias com Alessandra Christine e Jordana Donni
      14h00 – Teatro infantil – Sintonia do Riso
      14h40 – Evento musical – Haroldo Oliveira - MPB
      15h10 – Marcos Dafeira – Evento musical infantil
      15h50 – Ideologia Fatal – Espetáculo de rap
      16h30 – Grupo de sopro – Conservatório Souza Lima
      17h20 – Banda Anos Dourados
      18h00 – Evento musical - Daniel Ruberti
      Exposição fotográfica do coletivo Levante Mulher: “Mulheres fortes – reflexos e reflexões”.
      Oficina de bonecas Abayomi – 12h00
      Oficina de origami – 16h00





HUMOR

Os Clecs de Eno Teodoro Wanke - Jogos de palavras (V) e Alfabeto (A a G)


Verbo. Se no princípio era o verbo, no fim do ano a verba está no fim, ou não há mais verba para nada.

Verso. Quando o verso é sentido, não quer dizer que o sentido seja inverso.

Vice. Um vice-presidente, se for poeta, versa, é claro, como qualquer outro poeta. Mas não é esquisito dizer que o vice versa?

Vice-versa. Vice-versa é quando o substituto é também poeta.

Vida. A vida deve bem ser vida, isto é, deve ser bem servida.

Virgens. Ainda existem as florestas virgens? Não, pois é primavera e todas as florestas estão de floradas.

A. O A é um V fazendo exercício de barra.

A. O A foi o compasso criado no alfabeto para melhor desenhar o O.

B. O b minúsculo olhou-se no espelho e tomou um susto: o que viu foi o d.

B. Quando dois Bs dormem juntos, dá BB.

Ç. O Ç é um C que pisou numa vírgula.

Ç. O Ç é o C fazendo cocô. Daí que os gramáticos pudibundos não admitem pôr o Ç no alfabeto.

C. O C não passa de um O boquiaberto.

C. Um C voltado exclusivamente para seu EGO fica Cego.

D. Em terra de D, o B é um sobradinho.

D. O D é um arco sem flecha, ou, quem sabe, um P, ou um R, enterrado na lama até a metade.

E. Do casamento do F com o L nasceu o E.

E. O E é um F e sua sombra com o sol a pino.

F. O F é um P que furou, um P com escapamento.

G. O F é um C transformado em bar com balcãozinho.







CANTINHO DA POESIA

Escreve poesia com olhos fechados: não deixes que escapem sonhos pelos dedos.


Soneto das sequelas

Cacildo Marques

Irresponsável qual bêbado insone
Trouxeste-me curvado ante teus pés,
Quando não pendurado ao telefone
Para ouvir outra vez o que não és,

Pois de elipsóide, esfera, prisma, cone
Mais cilindro e toróide no convés,
A carga dessa nau cede ao ciclone
E nada resta após o acre revés.

Julguei-me libertado da tormenta,
Perturbação que o ser humano enfrenta
Só por visar à frente a travessia,

Mas os libertos veem-se infelizes
Quando surgem do espelho as cicatrizes
Dos arranhões da fera que os prendia.





ONÇA PINTADA
(Arte com esferográfica)
Ivan Jubram

OncaPintada











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ACONTECEU

Notas daqui


Marisa. Faleceu em São Paulo, por problemas decorrentes de AVC devido a um aneurisma cerebral, a exprimeira- dama Marisa Letícia Lula da Silva, de 66 anos (03/02).

Goleada. O São Paulo Futebol Clube perdeu de 4 a 2 em Barueri para o Audax de Osasco na estreia de Rogério Ceni como técnico do time, forçando-o a uma reformulação positiva (05/02).

Motim. O locaute dos policiais do Espírito Santo encerrou-se parcialmente, iniciando-se seu esvaziamento, após pressão do governo e retorno do governador, que estava internado em São Paulo para uma cirurgia (11/02).

Ensino. O Presidente Michel Temer sancionou a Medida Provisória da “flexibilização” do Ensino Médio, que acaba com o currículo integrado, de ciências e humanidades, e devolve o modelo ao sistema de opções (17/02).

Café. Pela primeira vez na história o Brasil importará grãos de café, em período de quatro meses que o governo federal autorizou, com vistas a compensar safra baixa (20/02).

Serra. O Senador José Serra, exgovernador de São Paulo, exonerouse do cargo de Chanceler, alegando problemas na coluna, que o impediam de viajar e dar conta dos compromissos da pasta (22/02).

Magistrado. O Senado aprovou em sabatina o nome de Alexandre de Moraes como novo ministro do STF, para ocupar a vaga aberta com a morte de Teori Zavascki (22/02).

Ministério. O Deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) foi anunciado como o novo ministro da Justiça, e prometeu não interferir na operação Lava Jato (23/02).

Soltura. Condenado a 22 anos de prisão pelo assassinato da ex-mulher Eliza Samudio, o goleiro Bruno Fernandes foi libertado por decisão do Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, após cumprir seis anos (24/02).

Comando. O Coronel Nivaldo Restivo substitui o Coronel Ricardo Gambaroni no comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo, em tentativa do governo estadual de estancar a escalada crescente de furtos e roubos (24/02).




Notas dali


Dinastia. Kim Jong-nam, irmão do ditador norte-coreano Kim Jong-un e crítico do regime, foi morto em aeroporto da Malásia após ter o rosto aspergido por gás VX, arma química proibida em todo o mundo exceto Coreia do Norte (14/02).

Equador. Confirmado pela justiça eleitoral o segundo turno na eleição presidencial do Equador, disputarão a vaga no dia 2 de abril o candidato governista Lenín Moreno (39% no primeiro turno) e o opositor empresário Guillermo Lasso, que obteve 28% (21/02).

Planetas. Cientistas descobriram, a partir de observatório do Chile, um sistema solar com sete planetas, denominado Trappist-1, a 40 anos-luz da Terra, com volumes semelhantes ao de nosso planeta e que pode conter água (22/02).

Iraque. O exército do Iraque finalmente retomou o aeroporto de Mossul das mãos dos fanáticos do Estado Islâmico, que mantiveram controle de áreas do lado oeste da cidade após a perda do poder municipal (23/02).

Veto. O governo Trump, EUA, vetou os veículos CNN, New York Times, Los Angeles Times, Politico e Buzzfeed de participação em entrevista coletiva do porta-voz da Casa Branca (24/02).

Oscar. “Moonlight: Sob a luz do luar” recebeu a estatueta de melhor filme na cerimônia de premiação do Oscar em Hollywood (27/02).

Armamentos. O Presidente Donald Trump, dos EUA, anunciou que enviará ao Congresso proposta de aumento em 54 bilhões de dólares (10%) nos gastos militares (27/02).

China. Destacamento de mais de dez mil soldados do Exército da China ocupam as ruas de Urumqi, capital da província de Xinjiang, em ações de prevenção contra o terrorismo (28/02).

Ginasta. Alegando pobreza, a exginasta russa Olga Korbut põe à venda suas medalhas olímpicas (28/02).

Articulador. Donald Trump acusou o ex-presidente Barack Obama de estar por trás da organização de frequente protestos conta ele em várias regiões dos Estados Unidos (28/02).





RADAR

Reunião da Rede Butantã será no Parque Previdência


      A reunião mensal de fevereiro da Rede Butantã ocorreu na sede da Prefeitura Regional do bairro, com a presença do Prefeito Regional Paulo Vìtor Sapienza. Os membros da Rede Butantã de Entidades apresentaram ao novo titular da gestão da região pontos da carta entregue às autoridades executivas, com reivindicações que as várias lideranças comunitárias levantaram em conversas e análises junto aos moradores. O prefeito regional disse que está disposto a trabalhar em consonância com essas lideranças, pedindo o apoio de todos para levar a cabo os propósitos da nova gestão.
      A Rede Butantã promete colaborar, no que for possível, e fazer as cobranças necessárias ao poder público, ao longo dos próximos anos.
      A reunião ordinária do mês de março ficou marcada para o dia 8, 9h, no auditório do Parque Previdência, Quilômetro 12 da Rodovia Raposo Tavares.

Latrocínio do Mont Kemel solucionado

      O delegado Sucupira, do 89º Distrito Policial, informou à imprensa que o caso do assassinato da jovem Danielle Santos Gomes, profissional de TI, ocorrido no bairro do Jardim Mont Kemel em janeiro, teve solução. Os dois suspeitos foram finalmente presos e reconhecidos.

CRÔNICA

Futebol alegria do povo

Antônio Carlos Licerre

      Foi-se o tempo em que o futebol era jogado limpo, disputado com arte. Lances mágicos, chapéus, carretilhas, canetas humilhantes que encantavam a torcida. Do jogador, o ídolo da massa, esperava-se sempre um espetáculo à parte. Um maestro comandando a equipe. O resultado das partidas ficava para segundo plano, pois todos os expectadores saiam juntos dos estádios. Comentavam plenos, satisfeitos, aquela jogada mirabolante, aquele toque de primeira que ninguém esperava. O gol. Os vitoriosos se encontravam com os derrotados na hora do almoço. Nas fábricas, escritórios, nas escolas o clima era de amizade. O deboche era a continuação do jogo na segundafeira para os apaixonados por futebol. Por toda a semana, até a próxima partida. Aos quarenta e cinco do segundo tempo um décimo segundo jogador entrou em campo. O empresário. Para o pirata do futebol o que menos importa é a bola. Hoje o atleta se entrega nas mãos dessas figurinhas carimbadas com esperança cega. O sonho de brilhar nos gramados cresce junto com o corpinho magricela do menino. Basta notar o trato do petiz com a bola para os olhos dos mercadores crescerem também. Depois que o garoto calça as chuteiras tudo se transforma. A pedra preciosa é lapidada com fúria. Jogadas são ensaiadas exaustivamente encobrindo o seu talento. Forjados em academias, aparelhos de musculação os transformam em robôs. Robôs são estúpidos no trato com a bola. O brucutu de hoje não conhece os fundamentos do esporte. Num escanteio, a grande área se transforma em campo de luta. O agarra-agarra, o estica e puxa é inevitável. A zagueirada ignora o tempo de bola e não sabe subir para cabecear. O carrinho de antigamente, aplicado com precisão sobre o adversário, atualmente se assemelha a um trator e o gladiador, expulso, acaba com o esquema do técnico em minutos. Para que a partida prossiga, a juizada também ignora. Uma coisa que eu ainda não entendi. Talvez uma versão do futebol americano, rúgbi? A galera aplaude, aponta o dedo polegar em direção ao chão e decreta a sentença final. Tudo por uma vitória. Depois, lá fora, alguns teimam em prosseguir a disputa. Agora a vitória é a aniquilação da vida daquele integrante que escolheu outro time para... torcer? Fico pensando nos verdadeiros artistas, aqueles que coloriam os nossos domingos. Ninguém espera outros Pelés, Garrinchas. Tudo bem. Mas, ver a entrada criminosa no companheiro de profissão dói na alma da gente. Enquanto os estádios vão se enchendo de lugares vagos, os cartolas e seus asseclas forram os bolsos. Sorte dos ginásios que estão sempre lotados de gente, famílias assistem um jogo do campeonato de vôlei, basquete, futsal. Futebol é mistério. As diretorias dos clubes, sabedoras da fatia de mercado que tem nas mãos, prosseguem em negociatas às escondidas. Na calada da noite, o futuro ídolo do clube, aquela promessa que engatinha os primeiros passos do sucesso, é vendido de forma quase desumana. Talvez nem saiba para onde vai. Então vamos nós aqui. Escrevendo sobre futebol, como torcedor, dialogo com o teclado do meu computador e pergunto: Que segredo existe nesse esporte que insistimos em acompanhar? Talvez a culpa seja do tempo, sinal dos tempos, ele responde. Que alegria será essa, torcida brasileira?












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O ITAIM BIBI EM FOCO

Bi-bi ou Goyaió?


Helcias Pádua*

      Qual a razão de eu ter trocado o Bairro do Itaim Bibi, São Paulo, pelo Bairro do Morro dos Barbosas, São Vicente? Eu não troquei nada. Apenas estou seguindo as coincidências que ocorrem ou ocorreram na minha vida, envolvendo dois lugares situados em cidades diferentes. A primeira é aquela a qual o meu pai Orestes, depois de reservar com muito sacrifício algum dinheiro, logicamente ajudado pela minha mãe, Benedita, a minha avó Francisca e a minha tia Urgulina, levava toda a família para passar três dias das férias escolares na Ilha de São Vicente. Viajávamos de trem, mas depois de algum tempo saíamos de São Paulo em um ônibus, descendo no centro da cidade de Santos, sempre hospedando-nos em uma humilde pensão. Ao chegar, obrigatoriamente íamos até a Igreja do Valongo agradecer a São Francisco. Poucos se dão conta de que na Ilha de São Vicente, a qual os tupiniquins chamavam de Gohayó, esta a cidade de Santos e parte do município de São Vicente.
      O passeio era pelo centro da cidade de Santos, com o bonde da SMTC - Serviço Municipal de Transportes Coletivos. No dia seguinte, subíamos até a Igreja de Monte Serrat para assistir à missa. Depois, sentados em um belo gramado, a minha tia estendia uma toalha branca no chão. Era a vez de engolir a rica farofa com ovo e pedaços de carne de galinha assada, arroz com legumes cozidos, cuscuz e queijo curado. Tudo ingerido com guaraná. Descíamos o morro, a pé. Era a hora de ir até a pensão para trocar de roupa e procurar uma praia. Na água só molhando os pés e na areia fazendo castelinhos. Tudo isso ouvindo a minha avó Francisca dissertar sobre a existência em Santos de uma nascente ou fonte d’água chamada de Itororó ou Tororó (jorro ou enxurrada). Ela lembrava que eu e o meu irmão Antônio Sérgio nascemos em uma vila, em São Paulo, no Bairro de Liberdade, cujo nome era Vila Itororó, por estar bem próxima a uma das nascentes do Córrego Itororó, hoje encaixado sob a Av. 23 de Maio, em São Paulo.
      À noite, depois de jantar em um modesto restaurante, chegava a hora de dormir. No outro dia, roteiro puxado. Bem cedinho, a vez de passear em São Vicente. Era para atravessar a Ponte Pênsil construída em 1944 pelo engenheiro Saturnino de Brito, no caminho rumo à Praia Grande, área continental do município de São Vicente. Ida e volta, sempre andando. Depois vinha o melhor da curtíssima temporada na praia: saborear os doces da Casa das Bananadas, logo ao lado da Ponte Pênsil. O gustativo estabelecimento esta no mesmo local desde 1921, pertencendo à mesma família.
      Ainda a pé, ladeando parte da baia, no sentido Ilha da Pedra, ou Pedra do Mato, com o “Marco Padrão” da cidade instalado em 1933, chegávamos à Praça da Biquinha. Que maravilha poder degustar recheados bolos, pavês cremosos e variados docinhos de leite ou de coco nas higiênicas banquinhas. Matávamos a sede na Bica de Anchieta, antes enchendo um garrafão de vidro envolto por palha trançada. O meu pai fazia questão de levar a água da bica até São Paulo, sempre repetindo que “é benta pelo Padre Anchieta”, pois, segundo consta, o beato catequizava os índios ao lado da então “Fonte do Povoado”, uma das três nascentes vindas do alto do morro e bem próxima do Colégio dos Meninos de Jesus, criado pelos jesuítas.
      O sagrado líquido (5 litros) era dosado por um longo tempo na água da talha de barro, lá de casa, antiga Travessa do Porto, número 4, no Bairro do Itaim Bibi. Coincidentemente a casa térrea ficava bem próxima a um córrego, o do Sapateiro, cujas águas nas cheias tomavam as duas margens. Eu estudei em duas escolas, também à margem do citado córrego. Uma delas tinha o apelido de “Amassa Sapo”, pois ao anoitecer era invadida por centenas de sapos. Um “sapeiro só”. Pois é, o Rio Sapateiro, ali da Praça da Biquinha de São Vicente, recebe as águas da Bica do Anchieta. Ele está canalizado desde a década de 40 e também leva o nome ou apelido de Rio Sapeiro. Será que a razão é a mesma do córrego do Itaim Bibi? Sapos e mais sapos nas suas antigas margens?
BicaAnchieta
Bica do Anchieta em São VIcente

      Dia desses, pesquisando sobre o índio Piqueroby, li que em uma das suas vingadoras aventuras, além de atacar (1534) a Vila de São Vicente, comandada pelo Cosme Bacharel, destruindo quase todo o lugarejo e também a chamada “Casa de Pedra”, espécie de fortaleza erguida pelo próprio Bacharel, depois incitou (em 1562) um dos seus filhos, o Jagoanharo, visando destruir um aldeamento localizado na região do Itai (pedra pequena), atual Bairro do Itaim Bibi. Lutou contra os índios da tribo do seu irmão, o cacique Caiuby. O local ficava às margens do então Rio Jurubatuba, atual Canal de Pinheiros, recebedor das águas do Córrego do Sapateiro. Esse aldeamento era no terreno onde hoje temos a Casa Bandeirista do Sítio Arqueológico do Itaim, edificação reconstruída em 2008 graças às firmes reivindicações dos moradores do bairro. Tanto o Sítio Arqueológico do Itaim, com a Casa Bandeirista de São Paulo, como o Sitio Arqueológico Bacharel, com a Casa Martim Afonso (São Vicente), estão em área tombada pelo patrimônio histórico municipal, estadual e federal. Outra coincidência é que a mesma arqueóloga, professora Davina Andreatta, foi quem desenvolveu os trabalhos de identificação, datação e catalogação do material encontrado nos dois terrenos.
      Pois é, espero ter iniciado a descrição dos motivos de ir e voltar, descendo e subindo a serra, morando parte no Itaim Bibi, São Paulo, e parte no sopé do Morro dos Barbosas, Biquinha, São Vicente. Aliás, em tupi, “bi-bi” quer dizer “vaivém” e “Gohayó” é o local de “bom acolhimento, abundância de água e farto alimento”.

(*) Helcias Bernardo de Pádua é biólogo, jornalista e presidente da AGMIB/Assoc. Grupo Memórias do Itaim Bibi, biólogo e professor. helciaspaduanova@yahoo.com.br







RECEITA DA DONA LOURDES

Arroz com coco à tailandesa


Ingredientes:

1 1/2 xícara de arroz
1 latinha de leite de coco
1/2 xícara de água
1/2 colher de açúcar
1/2 colher de açafrão
1 colher de gengibre bem picado
sal a gosto

Modo de fazer:

      Junte todos os ingredientes numa panela, exceto o gengibre. Mexa bem. Cozinhe em fogo médio, mexendo até que comece a fervura, e então baixe o fogo. Deixe cozinhar por 20 minutos. Cubra a panela e deixe assentar por cinco minutos. Espalhe sobre a mistura o gengibre picado.

Rendimento: 4 a 5 pessoas.



Plantão saúde natural:


Dor de ouvido

      Pingue um pouquinho de mel de abelha no ouvido afetado. Outro remédio natural é pôr uma gema de ovo numa panela e levar ao fogo, tendo cuidado para não queimar. Retirar o óleo desprendido da gema e, após resfria-lo, usar um chumaço de algodão para aplicar um pouco dele ao interior do ouvido.












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REGIÃO

GCM-Butantã aproveita área e faz horta


      Quando foi transferida da Vila Indiana para o interior do Parque Chácara do Jockey, integrantes da Inspetoria da GCM (Guarda Civil Metropolitana) do Butantã viram que havia disponível um terreno vago ao lado da casa onde seria instalada a corporação e que ali poderia ser feita uma variada horta, que logo forneceria verduras e legumes aos que ali trabalham e até a visitantes.
      A reportagem da Gazeta Cidadã foi recebida pelo Inspetor regional, Comandante Claudemir, que apresentou a viçosa horta e brindou os visitantes com produtos ali colhidos na hora.
      O que foi feito na Inspetoria da GCM é um exemplo para vários órgãos públicos, como escolas, delegacias e outros, que contem em suas instalações com áreas disponíveis para plantio. Isso aumenta o verde na cidade e, o mais agradável, um verde comestível.
      As safras dessas hortas comunitárias, por lei, não podem ser comercializadas, mas podem e devem ser consumidas pelos próprios artífices. No caso das escolas, representam variações saudáveis na merenda.







ARTE

Os dez melhores sambas-enredo da história


1 - Portela - Lendas e mistérios da Amazônia (1970) - Catoni, Jabolô e Valtenir

2 - Salgueiro – Peguei um ita no norte ou Explode coração (1993) - Demá Chagas e outros

3 - União da Ilha do Governador – É hoje O Dia (1982) - Didi e Mestrinho

4 - Gaviões da Fiel – Coisa Bo a é Pra Sempre (1995) - Grego

5 - Império Serrano - Aquarela Brasileira (1964) - Silas de Oliveira

6 - Mangueira - Atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu (1994) - Fernando de Lima e outros

7 - Imperatriz Leopoldinense – Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós (1989) - Niltinho Tristeza e outros

8 - Caprichosos de Pilares - E por falar em saudade (1985) - Almir Araújo, Carlinhos de Pilares e outros

9 - Estácio de Sá – O Tititi do Sapoti (1987) - Darcy do Nascimento, Djalma Branco e Dominguinhos do Estácio

10 - Unidos do Peruche - Água Cristalina (1985) - Thereza Santos







EMPREENDEDORISMO

ACSP - Notícias da Sudoeste


Distrital faz palestra sobre previdência

      A terça nobre do mês de fevereiro, dia 14, da Distrital Sudoeste da Associação Comercial de São Paulo ofereceu aos associados e convidados uma palestra sobre a nova Lei da Previdência, que tramita na Câmara dos Deputados.
      O advogado Ivan Firmino, do escritório Firmino & Silva, do Caxingui, expôs com brilhantismo os prós e contras da reforma que o governo federal está propondo.
      Apresentando dados que ele coletou, disponíveis nas páginas web do governo, ele disse estranhar que a conta recaia quase que integralmente sobre o assalariado quando os recebíveis do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) superam em muito os custos, de agora e de um futuro próximo. Tomando os cem maiores devedores, entre os quais estão alguns grandes bancos privados, o que o mercado deve à previdência, em pagamentos atrasados, supera os 370 bilhões de reais, enquanto que o deficit previsto para o ano em curso é de 150 bilhões.
      Entre as medidas mais duras que estão na proposta do governo, ele destacou o prazo de 49 anos que o assalariado tem de contribuir para, na aposentadoria, receber 100% de sua média salarial mensal, o que implica que, presumidamente, o cidadão tem de trabalhar dos 16 aos 65 anos. O cálculo apresentado pelo governo supõe que o contribuinte inicie seus ganhos de aposentados em 51% de sua média salarial e, a cada ano trabalhado, acrescente 1%, de forma linear, completando os 100% aos 49 anos de trabalho.
      Esses números, disse o palestrante, tanto o de 51% como o de idade mínima de 65 anos, estão recebendo propostas de modificação por parte dos deputados, de modo que não se pode saber em que resultará o dispositivo final.
      ACSP-Sudoeste: Rua Alvarenga, 591, 11-3180-3772.





DIVERSÃO

BENJAMIN- o jogo dos noves-fora


 7 12
8    
 5476
4    
  5  


      Preencha os algarismos que faltam na tabela de 25 números.
      * Multiplique dois números contíguos de cima para baixo.
      * Preencha o valor como operando ou como resultado.
      * Coloque o “noves-fora” do resultado, de 1 a 9.
      * Se há mais de uma opção de valor, escolhe-se o que dá menor.
      * Exemplo: em 4 ... 1 o valor é 7, pois 4x7=28, 2+8=10 e 1+0=1.
      (Prevenção contra AVC e mal de Alzheimer, inspirado no quadrado mágico; não é sudoku.) Resp.: pág. 4.











Aquicultura – Piscicultura - Qualidade das águas
Projeto – Assessoria – Amostragem – Interpretação
Relatórios - Matérias
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C.F.Biologia: 00683/01D - Jornalista: MTb 72270SP
(11) 96918-1660
Biólogo






PATROCINADORES

CURSÃO – R. Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 - (11)3744-0196
PIZZARIA Dois Amigos – (11)3501-0451
Drogaria INDIANA – (11)3742-1011
MARCO CESAR Decorações - (11)3742-1845/ 8271-7937/ 9109-0879
SERRALHERIA HÉRCULES - (11)9839-2408
RITA&PATY - Soluções em Presentes - (11)4106-3021/ 2364-3630
JU COSMÉTICOS - R. Dr. Mário de Moura Albuquerque, 507 - (11)2634-7091
SAPPORO Hair - Cabeleireiros - (11)3731-3035 (Raposo) 3735-1020 (Bonfiglioli)
WALKIRIA ROUPAS E LINGERIE - R. Áurea Batista dos Santos, 81 walkiriasouza75@gmail.com - (11)2809-9590

Nahu
NAHU Hostel - Rua Marinha de Moura Pimenta, 354, Butantã São Paulo - (11)2729-8000.

Tur-Regiani
RTS Turismo - retoursampa@gmail.com rotoursampa@gmail.com (11) 3501-6738 4999-3734 97266-0092.

ACSP-Sudoeste
Associação Comercial de São Paulo - Distrital Sudoeste - Rua Alvarenga, 591 (11) 3180-3772 .

 

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