Edição 115 (março de 2017) - 17 anos
gazetacidada@ymail.com /
jornalgazetacidada@gmail.com
CAPA
Sabesp anuncia retomada do Projeto Córrego Limpo
          
          
          
          
Foto: Eduardo Fidel
Chefe de gabinete, Gilberto Nucci, com representantes da Sabesp, do Rios e Ruas, do Cades-Bt e outros, em reunião. Pág. 3
CONCURSOS
Taboão da Serra abre 112 vagas de médicos
     
     
A Prefeitura de
Taboão da Serra, São
Paulo, abre concurso
para a contratação, sob
regime estatutário, de
112 médicos de várias
especialidades.
     
A remuneração
é de R$ 60,00 a
hora, em 20 horas
semanais. Os cargos
com vagas são de
Médico Clinico Geral,
Médico Generalista,
Médico Ginecologista
e Obstetra, Médico
Neurologista Adulto,
Médico Oftalmologista,
Médico Ortopedista,
Médico Pediatra,
Médico Psiquiatra,
Médico Pneumologista
Adulto e Médico
Cardiologista.
     
As inscrições estão
abertas até o dia 10 de
março de 2017, pela
internet, no endereço
eletrônico www.
zambini.org.br. O valor
da inscrição é de R$
108,00.
     
A seleção será
realizada através de
prova objetiva, com
aplicação prevista para
o dia 26 de março de
2017, em local e horário
a serem posteriormente
divulgados.
     
O prazo de validade
do concurso é de dois
anos, a contar da data
de homologação do
resultado final, podendo
ser prorrogado por igual
período.
Índice desta edição
EDITORIAL - A loucura do monopólio natural...............................................................
Representante não é qualquer um..........................................................................
Sabesp: Córrego Limpo está de volta......................................................................
Falta de remédios: todos calados - Toufic Attar..........................................................
Entidades do Butantã entregam carta......................................................................
UMAPAZ oferece curso gratuito sobre Água.................................................................
Evento Guarani Sem Fome..................................................................................
Poesia - Cacildo Marques ................................................................................
Futebol alegria do povo - Antônio Carlos Licerre.........................................................
Bi-bi ou Gohayó - Helcias Pádua..........................................................................
ACSP-Sudoeste: Palestra sobre a Previdência..............................................................
|
pág. 2
pág. 2
pág. 3
pág. 3
pág. 4
pág. 4
pág. 5
pág. 5
pág. 6
pág. 7
pág. 8
|
PÁG. 2
EDITORIAL
A loucura do monopólio natural
|
     
Define-se como monopólio
natural o tipo de negócio que
exige altíssimo investimento
de instalação e elevados custos
de manutenção, de tal modo
que um possível concorrente
não obteria retorno. Os
exemplos mais citados
são (a) telefonia fixa, (b)
distribuição de eletricidade,
(c) telecomunicações, (d)
distribuição de água potável,
(e) distribuição de gás
encanado, (f) rodovias, (g)
ferrovias, (h) correios, (i)
siderúrgicas, (j) fábricas de
aviões e (k) estaleiros.
     
Nada do que em Economia
se chame “natural” deve
ser visto como coisa
inquestionável. Há suspeitas
de que o adjetivo seja usado
aí como um modo de evitar
discussões, como no caso
correlato da “taxa natural
de desemprego”, conceito
estabelecido por Milton
Friedman como um modo
de esvaziar na academia
a expectativa da solução,
que, segundo J. M. Keynes,
viria com a implantação
do pleno emprego, porque
o desemprego, para o
economista britânico, é
o verdadeiro “problema
econômico”.
     
No caso do monopólio,
o exemplo mais lapidar de
naturalidade, ao longo do
século XX, era o da telefonia
fixa. Hoje parece hilário
que os agentes econômicos
tenham acreditado nisso
durante tanto tempo.
     
O maior responsável pela
continuidade dessa ideia de
monopólio natural é a própria
crença, ou o paradigma. É
claro que há situações em
que a base instalada dificulta
mudanças. Não foi o caso
da telefonia fixa, mas pode
ser o caso da distribuição de
água, dado que a tubulação
subterrânea, muitas vezes
com mapas perdidos, não
permitiria uma divisão entre
companhias distintas. Este,
porém, não é o padrão dos
impedimentos. Nos outros
ramos, tudo é muito visível e
separável.
     
Quando se trata de
empresa voltada para
negócios internacionais,
como estaleiros e fábricas
de aviões, elas sempre têm
concorrentes em outros
países, ainda que dentro de
um mesmo território o custo
seja impeditivo da entrada de
concorrentes. A competição
internacional nesses casos
neutraliza o lado negativo
do monopólio. A Embraer,
por exemplo, enfrentará a
concorrência dos aviões
chineses, além daqueles
das precedentes Boeing,
Bombardier, Airbus, Focker e
Gripen. A empresa só estaria
dentro da concepção rigorosa
de monopólio, dona única do
mercado de vendas, se fosse
proibida a importação de
produtos internacionais.
     
O maior prejuízo da crença
petrificada, para os vários
países com monopólio na
área, como Estados Unidos,
França, Canadá e Inglaterra,
mas, principalmente para
o Brasil - por causa dos
vícios que não precisam ser
lembrados neste espaço, -
configura-se no serviço dos
correios.
     
A Constituição proíbe
privatizar o serviço, mas
a razão porque o governo
não divide a empresa (ECT)
em pelo menos duas, uma
concorrendo com a outra em
todo o território nacional,
é antes de tudo esta: está
todo mundo dormindo em
Brasília, na hora de sanar
nossas mazelas.
EXPEDIENTE
Gazeta Cidadã
Presidente da Ong OCDC:
Toufic Attar
Jornalistas Responsáveis:
Cacildo Marques - MTb 73701
e Roldão Soares Filho - MTb 37108
Editor: Cacildo Marques
Impressão:
Gáfica Abjad 7857-4174
Uso livre, citada a fonte.
Publicidade:
Toufic Attar
Colaboradores: Renata Polydoro, Francisco Gonçalves de Oliveira, Rogério Chiavassa Neto, Frederico Lazarini Ferreira, Renato A. Ricardo, Toufic Attar, Werner Regenthal, Guilherme Bonfim, Werbster Gomide, Nilton Moura, Aída Schwab, Cidinha Finimundi, Fredi Jon, Sheyna Adamo, Diego Parma, Eliseu Gabriel, Dr. Raul Marinheiro Jr., Nabil Bonduki, Sandra Pandolfi, Luiz Gabriel Di Pieri, Loiola Carneiro, Viviana Bosi, Olívia Raposo da Silva Telles.
Redação: Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 (Cursão)
Endereço Eletrônico:
gazetacidada@ymail.com
jornalgazetacidada@gmail.com
As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
A Gazeta Cidadã (Jornal da Vila Sônia) é uma publicação da Organização Cultural de Defesa da Cidadania – OCDC
ENSINO
Representante não é qualquer um
|
     
Nos países democráticos os
adolescentes têm sua primeira
oportunidade de praticar a
liberdade de escolha política nas
eleições do grêmio escolar e na
escolha de seus representantes
de turma. Organizar grêmios é
atividade sadia e recomendável,
mas requer dedicação e espírito
público precoce, artigo não muito
abundante na praça. Quando
não é possível montar chapas e
fazer eleições - muitas escolas
conseguem isso em uns anos e
não em outros, dependendo da
disponibilidade de professores
que orientem e de alunos que
se disponham, - é a escolha dos
alunos representantes de turma
que supre esse aprendizado.
     
Quando se trata de montar
chapas para o grêmio, os próprios
alunos exercem autocontrole,
e, se uns não querem prestar o
trabalho voluntário que a função
exige, outros o farão. É muito
comum haver renúncia da chapa
vencedora, ou abandono das
tarefas, até mesmo antes de chegar
a metade do ano letivo, mas esse
tipo de ocorrência, apesar de ser
lamentável, é fato menor frente
ao momento eleitoral, que é o
principal aprendizado coletivo
nesse campo.
     
Mesmo quando há a inscrição
de apenas uma chapa, os
professores devem orientar os
jovens a criar um motivo para
escolha. Em vez de chamar o
corpo discente para homologar,
faz-se com que os eleitores optem
por figuras dentro da chapa. Podese
deixar “em aberto” os cargos de
presidente e primeiro secretário, e
dois nomes da chapa concorrendo
a eles. A chapa vem encabeçada,
por exemplo, com os nomes João
Ferreira [ ] presidente, na primeira
linha, e Sílvia Coelho [ ] presidente,
na segunda linha, seguidos dos
demais nomes já com cargos
fixados, a partir do vice-presidente.
Se o eleitor marcou X no nome
Sílvia, deixando em branco o de
João, o significado é de que ele
optou em Sílvia para presidente,
indicando, implicitamente, João
para primeiro secretário.
     
Quanto ao aluno representante
de turma, a coordenação e os
professores não devem aceitar o
“laissez-faire”. Há uma tendência
quase irresistível de a classe
escolher, por exemplo, o aluno
repetente como seu representante,
provavelmente porque ele é mais
antigo e já conhece bem a escola
e seu quadro. Ora, o repetente é
alguém diferente dentro da classe,
não é o representante legítimo
do grupo. A coordenação não
deve ter prurido em vetar certas
candidaturas.
     
Na China, país cujo sistema
político atual não prima pela
permissão de escolhas eleitorais, o
aluno representante de turma é o
de maior rendimento escolar, indo
o cargo para o segundo lugar se o
primeiro não tiver comportamento
modelar. No Brasil podemos usar
esse expediente para turmas de
alunos pequenos, até, por exemplo,
o sétimo ano. A partir do oitavo
ano, quando puderem escolher,
os alunos já terão noção de senso
de responsabilidade, a menos que
queiram atuar por efeito reverso, e,
se for assim, a gestão escolar deve
interferir, porque eles estão em
fase de aprendizagem. A escolha e
a ação do representante de turma
são cruciais na formação ética dos
jovens.
PÁG. 3
ESCOLA
Maria dos Prazeres Garcia Martins*
     
Signo solar Peixes.
     
Sol em Peixes.
     
Ascendente em
Gêmeos.
     
Lua em Câncer.
     
Emoção, profusão,
lunações.
     
Emoção.
     
Profusão.
     
Cinco motivos para
extravasar.
     
A 1ª, a 2ª, a 3ª e a 4ª
luas para desaguar.
     
Aprender a soltar,
deixar vazar.
     
Entender que o
resultado fi nal de
tudo não depende só
de mim.
     
Faço parte de uma
orquestra.
     
E também de um
céu de estrelas.
     
Atrair o celeste.
Baixar a
retaguarda.
     
Tocar em frente.
Excelente.
(*) Maria dos Prazeres Garcia Martins é educadora - prazeresgarcia@hotmail.com
OBRAS
Sabesp: Projeto Córrego Limpo está de volta
|
     
Em reunião na Prefeitura
Regional do Butantã, no dia
17 de fevereiro, representantes
da Sabesp afi rmaram, perante
o chefe de gabinete Gilberto
Nucci, conselheiros do Cades-Bt
(Conselho de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sultentável),
representantes do movimento
Rios e Ruas e a imprensa da
região, que neste ano de 2017
será retomado o Projeto Córrego
Limpo, parceria entre a empresa
e a Prefeitura de São Paulo, que
vinha sendo desenvolvida com
sucesso e que foi interrompida
quando da eclosão da crise
econômica em 2014.
     
Por esse projeto, a Prefeitura
realiza obras nas margens dos
córregos, como parques lineares,
instalação de gabiões, ciclovias e
outras, enquanto a Sabesp desvia
para dutos apropriados o esgoto
que munícipes despejam neles,
destruindo a fauna e produzindo
o odor que envergonha a cidade.
     
No município, 18 córregos
tinham tido suas obras fi nalizadas.
Para os restantes, a Sabesp prevê
que até o fi m do ano de 2019
tudo estará pronto na região do
Butantã, no que depender de sua
parte.
     
O representante Mário Luiz
de Moraes, que está sendo
transferido para a área de
negócios, apresentou Maurício
Kartorsky, que o substitui a partir
de agora na área operacional.
Contou ele que um recurso valioso
no cuidado com os córregos é
a instituição da “madrinha do
córrego”, uma mãe de família que
se encarrega voluntariamente de
denunciar à Sabesp qualquer nova
irregularidade cometida, como é
o caso das ligações clandestinas
de esgoto. Anderson Pereira, o
outro representante que também
esteve presente, continuará sua
atuação na região.
     
O Prefeito Regional Paulo
Vítor Sapienza, que estava em
outra atividade, reservou uns
minutos entre uma audiência e
outra para também participar da
reunião. Em sua fala, tratou do
encaminhamento sobre o Parque
Chácara da Fonte, situado no
Quilômetro 11 da Rodovia
Raposo Tavares e que teve sua
desapropriação assegurada
há poucos meses. Sapienza
propôs aos representantes da
Sabesp estabelecer uma parceria
para cuidar da área, e estes
concordaram. Disse o Prefeito
Regional que se não forem
tomadas providências urgentes,
usos indevidos atingirão o parque
e os munícipes correrão o risco
de perdê-lo.
     
Como se sabe, o Parque Chácara
da Fonte tem grande valor
histórico, além do ambiental.
Naquelas nascentes, os tropeiros
e bandeirantes que se dirigiam ao
oeste, seguindo pelo Caminho do
Peabiru, que ligava Piratininga
aos Andes bolivianos, através do
Pantanal e do Chaco, paravam
para descansar e se abastecer
de água potável. Com a parceria
da Sabesp, deverá surgir ali um
novo “córrego limpo”. Outros
córregos em vista para obras
urgentes são o Itararé (que
nasce ao lado do Cemitério
Gethsêmani), o Camacuã (Vila
Morse) e o Ribeirão Jaguaré
(na Avenida Politécnica), que
é confl uência de vários cursos
d’água dos distritos Raposo
Tavares e Rio Pequeno.
COLUNA DO TEO
Falta de remédios: Sociedade Civil calada
|
Toufic Attar*
     
Ignorar o sofrimento do povo
é costume de tiranos. Por que a
sociedade civil está calada diante
da falta de remédios gratuitos?
Porque os organismos que se
supõem defender e zelar pelo
respeito à Cidadania mantém
silêncio sobre o caso?
     
Aqui no Brasil surgiu, no
passado, a instituição da Escola
Pública gratuita e universal, isto
é de acesso a todos. Demoliram
essa proposta e temos hoje um
simulacro de Educação que
está custando caro a todos,
impedindo nítidas conquistas
sociais e o reino de uma
qualidade de vida no mínimo
mais humana. Com a Saúde
não foi diferente. A indiferença
coletiva diante do abismo social
é algo que marca nossa história
profundamente. Abandonaram
o povo à sua sorte.
     
Há ainda no ar o lendário e
eterno “maravilhoso Brasil de
amanhã”. Como para afi rmar
esta fé surgiu o Sistema SUS de
Saúde como direito fundamental
a todo brasileiro. O acesso ao
tratamento gratuito deixava de
ser uma questão de ter ou não
ter dinheiro para acessá-lo, mas
sim uma obrigação de Estado
estendida a todos os níveis,
federal, estadual e municipal.
Chegariam ainda os dias em
que isto seria feito de maneira
qualitativa e humana. Há sempre
a esperança de que isto aconteça
cedo ou tarde. O importante é
que o povo brasileiro passava
a ter direito ao tratamento da
saúde sem passar pela Saúde
Privada inalcançável ao seu
bolso.
     
Veio então o direito de acesso
gratuito à medicação, isto é,
aos remédios distribuídos pela
Rede Pública de Saúde, com o
recebimento domiciliar ou a sua
retirada conforme prescritos
pelos profi ssionais de medicina
competentes. Surgiu então
a crise político-econômica
de 2016 com todas as suas
conseqüências negativas,
atingindo inclusive o setor de
abastecimento em remédios
destinados aos milhões de
pacientes que passam pelo
Sistema.
     
Em São Paulo, isso aconteceu
no fi m da gestão municipal
passada, estendendo-se à
atual. A caça aos remédios
gratuitos levou o novo prefeito
a prometer uma solução rápida
para normalizar a situação. Toda
demora condena o paciente à
interrupção de sua medicação
contínua. Ao mesmo tempo, é
curioso constatar que o mesmo
remédio que falta nos postos
de distribuição está disponível
nas farmácias desde que pago,
fazendo cessar o conceito da
gratuidade, totalmente inerente
ao tratamento. Deve-se
lembrar que para acessar a sua
medicação cada paciente passa
meses, anos, submetendo-se
ao acompanhamento médico
efetuado pelos especialistas da
saúde. É um longo caminho até
obter o ponto de equilíbrio que
permite controlar e atenuar os
problemas e sofrimentos com o
estado de saúde.
     
Ora, descontinuar a medicação
signifi ca colocar em perigo os
resultados obtidos até então. A
falta de remédio é um fator que
não pode ser ignorado quando
milhões de pacientes-cidadãos
sofrem as conseqüências
da descontinuidade de seu
tratamento por interrupção do
fornecimento dos remédios
prescritos. È uma situação
gravíssima. As desculpas que
surgem não aliviam em nada o
fato de que correr em vão atrás
de remédios é infame, causando
mais estresse ainda.
     
O colunista acredita que é
preciso investigar e apontar o
que aconteceu. A indiferença
para com o seu próprio povo
é típica dos tiranos. É uma
aberração! A Sociedade Civil
precisa expressar seu repúdio
diante de tamanha omissão!
(*) Toufic Attar (Teo) é presidente da OCDC - Organização Cultural de Defesa da Cidadania - e diretor de publicidade da Gazeta Cidadã
PÁG. 4
TECNÓLOGOS
Aluno da Fatec cria aplicativo para os médicos
|
     
Gabriel Sávio venceu o
Desafio Inova 2016 com a
plataforma “Medical Health
System”, que visa conectar
médicos e pacientes através
de informações disponíveis 24
horas por dia.
     
Sávio é aluno do curso
superior de Tecnologia em
Mecânica, Modalidade Projetos,
da Faculdade de Tecnologia
(Fatec) do Estado de São Paulo
e agora ele procura investidores
para fazer o aplicativo chegar
ao mercado.
     
Ele teve inspiração a partir
de suas próprias experiências
médicas e juntou-se à biomédica
Thaís Gesto para criar um
programa acessível tanto para
os especialistas quanto para o
usuário comum. O estudante
propõe que, para os médicos,
o uso do aplicativo seja pago,
conforme o retorno obtido na
fidelização de novos pacientes.
O profissional poderá consultar
em-rede o histórico hospitalar e
clínico do paciente.
     
Para o usuário comum, o
programa será gratuito. Lá, ele
poderá guardar informações
sobre seu estado de saúde,
agendar consultas, controlar
medicações e ter acesso ao
prontuário atualizado, com
dados das especialidades
médicas, além de uma
tecnologia baseada que promete
antecipar riscos de doenças,
com base em big data.
     
A intenção, segundo Sávio,
é melhorar a experiência do
usuário, estimulando seu
protagonismo e o controle das
informações de saúde.
VERDE
UMAPAZ oferece curso gratuito sobre a Água
|
     
A psicóloga Elizabeth
Vasconcellos, funcionária da
SVMA, Secretaria do Verde e
do Meio Ambiente, avisa que
a UMAPAZ, Universidade
do Meio Ambiente e Cultura
da Paz, oferecerá os cursos
gratuitos relacionados abaixo,
sobre Água e as Relações
com a Metrópole.
     
A água no Município de São
Paulo deve ser encarada como
um recurso natural que presta
serviços ambientais de grande
magnitude. Todas as águas
possuem seu valor: a água que
é captada nas represas para
fins de abastecimento; que
vem da chuva; dos pequenos
rios e córregos. O curso
oferecido abordará de forma
dialogada com análise de
estudos de caso, informações
relacionadas a água e a sua
relação com a metrópole,
entrando em temas tais como:
APPs urbanas; mananciais;
bacias hidrográficas; matas
ciliares; mudanças climáticas;
reuso de água e conservação
e recuperação de corpos
hídricos. Dia 8/03, quarta:
Clima e o ciclo hidrológico
em área urbana (facilitador:
Augusto Pereira, professor
associado do IAG/USP;
PhD em Meteorologia pela
Universidade de Oklahoma);
dia 15/03, quarta: Águas
em meio urbano: ecologia,
recuperação e conservação
(facilitador: Miriam Falótico,
bióloga pela USP; Doutora
em Ciências pela USP); dia
22/03, quarta: A importância
dos pequenos rios urbanos
e seu protagonismo na
cidade (Facilitador:
Ricardo Fraga, engenheiro
agrônomo Especialista em
Desenvolvimento Urbano
da PMSP e advogado);
no mesmo dia: Água na
Cidade: saneamento e o
acesso à terra (facilitador:
Miriam Falótico, bióloga
pela UNESP e Doutora pela
USP); dia 29/03, quarta:
Adaptação das Edificações
existentes em Tecnologias
Sustentáveis no uso da água e
energia (facilitador: Eduardo
Aulicino, engenheiro civil
ocupa o cargo de Especialista
em Desenvolvimento Urbano
na UMAPAZ na Cidade).
     
São 80 vagas ao todo e, se
necessário, haverá seleção. A
coordenação está a cargo de
Miriam Falótico.
     
O curso destina-se a
estudantes; educadores;
funcionários públicos;
conselheiros; administradores
de parques e lideranças
locais.
     
Ocorrerá sempre das 14h
às 17h, na sede da UMAPAZ
– Parque Ibirapuera. Av.
Quarto Centenário, 1268.
Pedestres: Portão 7A.
Estacionamento: Portão 7
da Av. República do Líbano
(Zona Azul).
EQUIPAMENTOS CULTURAIS
O Museu da Educação e do Brinquedo
|
     
Este é um museu do
século XXI. Inaugurado
em 2003, o Museu da
Educação e do Brinquedo
(MEB), da Universidade
de São Paulo (USP), reúne
um acervo de brinquedos
do início do século XX
até os dias de hoje e está
localizado na Faculdade de
Educação, dentro da Cidade
Universitária.
     
O museu conta com um
acervo vasto, com cujos
itens costuma fazer rodízio,
dada a variedade. Lá estão
bonecas de vários países da
América do Sul, um boneco
negro de 1910, carro de boi
do início do século XX e
diversos acessórios. Conta
também com videogames
dos anos 1980, fotografias
dos anos 1920 a 1940,
livros e outros materiais
educativos relacionados à
infância.
     
Uma exposição recente teve
o título de “Cenas Infantis e
Brinquedos da Infância”, e
mostrava esculturas lúdicas
de brincadeiras infantis, de
bronze, da artista plástica
Sandra Guinle. Outra
exposição foi “Brinquedos
da Infância”, trazendo itens
de meninos e meninas
que hoje fazem parte da
comunidade da Faculdade
de Educação da USP.
     
O Museu tem por objetivo
manter viva a memória dos
brinquedos do início do
século XX até os dias atuais
e tem entrada gratuita,
podendo-se agendar visitas
monitoradas, de segunda a
sexta-feira, das 9h às 17h.
     
O endereço é: Av. da
Universidade, 308, Cidade
Universitária, São Paulo
– SP, 11-3091-2352 ou
meb@usp.br
Resposta do Benjamin (Peirce),
da pág. 8:
4-2/ 2-2-7-3/ 5/ 1-8-4-9/ 2-5-1-9.
PÁG. 5
CULTURA
Evento Guarani Sem Fome - Casa de Cultura do Butantã
|
     
No dia 5 de março, domingo, a Cia
Teatro Salada Vinte e a Beleléu Cia
de Artes promovem uma ação social
visando arrecadar alimentos para a tribo
guarani da Tekoa Pyau, localizada nas
imediações do Pico do Jaraguá. São
várias atividades artísticas e culturais
e, para ingressar, os organizadores
pedem apenas a doação de alimentos
não industrializados para a correta
alimentação da tribo, que costuma
consumir farinhas de mandioca, trigo
e milho, fubá, arroz, pipoca, leite e
aveia.
     
O horário das atividades é das 9h às
19h, na Casa de Cultura do Butantã -
Rua Junta Mizumoto, 13 - Jardim Peri
Peri. Segue a grade de eventos:
     
9h00 – Liang Gong – (exercícios da
medicina chinesa) - Isa Castiglioni
     
10h00 - Contação de histórias com
Fernanda Araújo
     
10h30 – Teatro de bonecos – Cia
Teatro Salada Vinte
     
11h30 – Evento musical - Clovis
Ribeiro e convidados
     
12h00 – Evento musical – Jeff Gennaro
e convidados - MPB
     
13h00 – Roda de coco – coletivo
Levante Mulher
     
13h30 – Contação de histórias com
Alessandra Christine e Jordana Donni
     
14h00 – Teatro infantil – Sintonia do
Riso
     
14h40 – Evento musical – Haroldo
Oliveira - MPB
     
15h10 – Marcos Dafeira – Evento
musical infantil
     
15h50 – Ideologia Fatal – Espetáculo
de rap
     
16h30 – Grupo de sopro –
Conservatório Souza Lima
     
17h20 – Banda Anos Dourados
     
18h00 – Evento musical - Daniel
Ruberti
     
Exposição fotográfica do coletivo
Levante Mulher: “Mulheres fortes
– reflexos e reflexões”.
     
Oficina de bonecas Abayomi
– 12h00
     
Oficina de origami – 16h00
HUMOR
Os Clecs de Eno Teodoro Wanke - Jogos de palavras (V) e Alfabeto (A a G)
|
Verbo. Se no princípio era o
verbo, no fim do ano a verba
está no fim, ou não há mais
verba para nada.
Verso. Quando o verso é sentido,
não quer dizer que o sentido seja
inverso.
Vice. Um vice-presidente, se
for poeta, versa, é claro, como
qualquer outro poeta. Mas não
é esquisito dizer que o vice
versa?
Vice-versa. Vice-versa é quando
o substituto é também poeta.
Vida. A vida deve bem ser vida,
isto é, deve ser bem servida.
Virgens. Ainda existem as
florestas virgens? Não, pois é
primavera e todas as florestas
estão de floradas.
A. O A é um V fazendo exercício
de barra.
A. O A foi o compasso criado no
alfabeto para melhor desenhar o
O.
B. O b minúsculo olhou-se no
espelho e tomou um susto: o
que viu foi o d.
B. Quando dois Bs dormem
juntos, dá BB.
Ç. O Ç é um C que pisou numa
vírgula.
Ç. O Ç é o C fazendo cocô. Daí
que os gramáticos pudibundos
não admitem pôr o Ç no
alfabeto.
C. O C não passa de um O
boquiaberto.
C. Um C voltado exclusivamente
para seu EGO fica Cego.
D. Em terra de D, o B é um
sobradinho.
D. O D é um arco sem flecha,
ou, quem sabe, um P, ou um R,
enterrado na lama até a metade.
E. Do casamento do F com o L
nasceu o E.
E. O E é um F e sua sombra com
o sol a pino.
F. O F é um P que furou, um P
com escapamento.
G. O F é um C transformado em
bar com balcãozinho.
CANTINHO DA POESIA
Escreve poesia com olhos fechados: não deixes que escapem sonhos pelos dedos.
Cacildo Marques
Irresponsável qual bêbado insone
Trouxeste-me curvado ante teus pés,
Quando não pendurado ao telefone
Para ouvir outra vez o que não és,
Pois de elipsóide, esfera, prisma, cone
Mais cilindro e toróide no convés,
A carga dessa nau cede ao ciclone
E nada resta após o acre revés.
Julguei-me libertado da tormenta,
Perturbação que o ser humano enfrenta
Só por visar à frente a travessia,
Mas os libertos veem-se infelizes
Quando surgem do espelho as cicatrizes
Dos arranhões da fera que os prendia.
ONÇA PINTADA
(Arte com esferográfica)
Ivan Jubram
PÁG. 6
ACONTECEU
Marisa. Faleceu em São Paulo, por
problemas decorrentes de AVC
devido a um aneurisma cerebral, a exprimeira-
dama Marisa Letícia Lula da
Silva, de 66 anos (03/02).
Goleada. O São Paulo Futebol
Clube perdeu de 4 a 2 em Barueri
para o Audax de Osasco na estreia
de Rogério Ceni como técnico do
time, forçando-o a uma reformulação
positiva (05/02).
Motim. O locaute dos policiais
do Espírito Santo encerrou-se
parcialmente, iniciando-se seu
esvaziamento, após pressão do
governo e retorno do governador, que
estava internado em São Paulo para
uma cirurgia (11/02).
Ensino. O Presidente Michel Temer
sancionou a Medida Provisória da
“flexibilização” do Ensino Médio,
que acaba com o currículo integrado,
de ciências e humanidades, e devolve
o modelo ao sistema de opções
(17/02).
Café. Pela primeira vez na história
o Brasil importará grãos de café,
em período de quatro meses que o
governo federal autorizou, com vistas
a compensar safra baixa (20/02).
Serra. O Senador José Serra, exgovernador
de São Paulo, exonerouse
do cargo de Chanceler, alegando
problemas na coluna, que o impediam
de viajar e dar conta dos compromissos
da pasta (22/02).
Magistrado. O Senado aprovou em
sabatina o nome de Alexandre de
Moraes como novo ministro do STF,
para ocupar a vaga aberta com a morte
de Teori Zavascki (22/02).
Ministério. O Deputado Osmar
Serraglio (PMDB-PR) foi anunciado
como o novo ministro da Justiça, e
prometeu não interferir na operação
Lava Jato (23/02).
Soltura. Condenado a 22 anos de
prisão pelo assassinato da ex-mulher
Eliza Samudio, o goleiro Bruno
Fernandes foi libertado por decisão
do Ministro Marco Aurélio Mello, do
STF, após cumprir seis anos (24/02).
Comando. O Coronel Nivaldo
Restivo substitui o Coronel Ricardo
Gambaroni no comando da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, em
tentativa do governo estadual de
estancar a escalada crescente de furtos
e roubos (24/02).
Dinastia. Kim Jong-nam, irmão do
ditador norte-coreano Kim Jong-un
e crítico do regime, foi morto em
aeroporto da Malásia após ter o rosto
aspergido por gás VX, arma química
proibida em todo o mundo exceto
Coreia do Norte (14/02).
Equador. Confirmado pela justiça
eleitoral o segundo turno na eleição
presidencial do Equador, disputarão
a vaga no dia 2 de abril o candidato
governista Lenín Moreno (39%
no primeiro turno) e o opositor
empresário Guillermo Lasso, que
obteve 28% (21/02).
Planetas. Cientistas descobriram,
a partir de observatório do Chile,
um sistema solar com sete planetas,
denominado Trappist-1, a 40 anos-luz
da Terra, com volumes semelhantes
ao de nosso planeta e que pode conter
água (22/02).
Iraque. O exército do Iraque
finalmente retomou o aeroporto de
Mossul das mãos dos fanáticos do
Estado Islâmico, que mantiveram
controle de áreas do lado oeste
da cidade após a perda do poder
municipal (23/02).
Veto. O governo Trump, EUA,
vetou os veículos CNN, New York
Times, Los Angeles Times, Politico
e Buzzfeed de participação em
entrevista coletiva do porta-voz da
Casa Branca (24/02).
Oscar. “Moonlight: Sob a luz do luar”
recebeu a estatueta de melhor filme
na cerimônia de premiação do Oscar
em Hollywood (27/02).
Armamentos. O Presidente Donald
Trump, dos EUA, anunciou que
enviará ao Congresso proposta de
aumento em 54 bilhões de dólares
(10%) nos gastos militares (27/02).
China. Destacamento de mais de dez
mil soldados do Exército da China
ocupam as ruas de Urumqi, capital
da província de Xinjiang, em ações
de prevenção contra o terrorismo
(28/02).
Ginasta. Alegando pobreza, a exginasta
russa Olga Korbut põe à venda
suas medalhas olímpicas (28/02).
Articulador. Donald Trump acusou o
ex-presidente Barack Obama de estar
por trás da organização de frequente
protestos conta ele em várias regiões
dos Estados Unidos (28/02).
RADAR
Reunião da Rede Butantã será no Parque Previdência
|
     
A reunião mensal de fevereiro
da Rede Butantã ocorreu na
sede da Prefeitura Regional
do bairro, com a presença do
Prefeito Regional Paulo Vìtor
Sapienza. Os membros da
Rede Butantã de Entidades
apresentaram ao novo titular
da gestão da região pontos da
carta entregue às autoridades
executivas, com reivindicações
que as várias lideranças
comunitárias levantaram em
conversas e análises junto aos
moradores. O prefeito regional
disse que está disposto a
trabalhar em consonância com
essas lideranças, pedindo o
apoio de todos para levar a
cabo os propósitos da nova
gestão.
     
A Rede Butantã promete
colaborar, no que for possível, e
fazer as cobranças necessárias
ao poder público, ao longo dos
próximos anos.
     
A reunião ordinária do mês de
março ficou marcada para o dia
8, 9h, no auditório do Parque
Previdência, Quilômetro 12 da
Rodovia Raposo Tavares.
Latrocínio do Mont Kemel solucionado
     
O delegado Sucupira, do 89º
Distrito Policial, informou à
imprensa que o caso do assassinato
da jovem Danielle Santos Gomes,
profissional de TI, ocorrido no
bairro do Jardim Mont Kemel
em janeiro, teve solução. Os dois
suspeitos foram finalmente presos
e reconhecidos.
CRÔNICA
Antônio Carlos Licerre
     
Foi-se o tempo em que o futebol
era jogado limpo, disputado
com arte. Lances mágicos,
chapéus, carretilhas, canetas
humilhantes que encantavam a
torcida. Do jogador, o ídolo da
massa, esperava-se sempre um
espetáculo à parte. Um maestro
comandando a equipe.
O resultado das partidas ficava
para segundo plano, pois todos
os expectadores saiam juntos
dos estádios. Comentavam
plenos, satisfeitos, aquela
jogada mirabolante, aquele
toque de primeira que ninguém
esperava. O gol.
Os vitoriosos se encontravam
com os derrotados na hora
do almoço. Nas fábricas,
escritórios, nas escolas o clima
era de amizade. O deboche era a
continuação do jogo na segundafeira
para os apaixonados por
futebol. Por toda a semana, até
a próxima partida.
Aos quarenta e cinco do
segundo tempo um décimo
segundo jogador entrou em
campo. O empresário. Para o
pirata do futebol o que menos
importa é a bola.
Hoje o atleta se entrega
nas mãos dessas figurinhas
carimbadas com esperança
cega. O sonho de brilhar nos
gramados cresce junto com o
corpinho magricela do menino.
Basta notar o trato do petiz
com a bola para os olhos dos
mercadores crescerem também.
Depois que o garoto calça as
chuteiras tudo se transforma. A
pedra preciosa é lapidada com
fúria. Jogadas são ensaiadas
exaustivamente encobrindo
o seu talento. Forjados em
academias, aparelhos de
musculação os transformam em
robôs. Robôs são estúpidos no
trato com a bola.
O brucutu de hoje não conhece
os fundamentos do esporte.
Num escanteio, a grande área se
transforma em campo de luta. O
agarra-agarra, o estica e puxa é
inevitável. A zagueirada ignora
o tempo de bola e não sabe
subir para cabecear. O carrinho
de antigamente, aplicado com
precisão sobre o adversário,
atualmente se assemelha a um
trator e o gladiador, expulso,
acaba com o esquema do técnico
em minutos. Para que a partida
prossiga, a juizada também
ignora.
Uma coisa que eu ainda não
entendi. Talvez uma versão do
futebol americano, rúgbi? A
galera aplaude, aponta o dedo
polegar em direção ao chão e
decreta a sentença final. Tudo
por uma vitória. Depois, lá fora,
alguns teimam em prosseguir
a disputa. Agora a vitória é a
aniquilação da vida daquele
integrante que escolheu outro
time para... torcer?
Fico pensando nos verdadeiros
artistas, aqueles que coloriam
os nossos domingos. Ninguém
espera outros Pelés, Garrinchas.
Tudo bem. Mas, ver a entrada
criminosa no companheiro de
profissão dói na alma da gente.
Enquanto os estádios vão se
enchendo de lugares vagos, os
cartolas e seus asseclas forram
os bolsos. Sorte dos ginásios que
estão sempre lotados de gente,
famílias assistem um jogo do
campeonato de vôlei, basquete,
futsal.
Futebol é mistério. As
diretorias dos clubes, sabedoras
da fatia de mercado que tem
nas mãos, prosseguem em
negociatas às escondidas. Na
calada da noite, o futuro ídolo
do clube, aquela promessa que
engatinha os primeiros passos
do sucesso, é vendido de forma
quase desumana. Talvez nem
saiba para onde vai.
Então vamos nós aqui.
Escrevendo sobre futebol, como
torcedor, dialogo com o teclado
do meu computador e pergunto:
Que segredo existe nesse esporte
que insistimos em acompanhar?
Talvez a culpa seja do tempo,
sinal dos tempos, ele responde.
Que alegria será essa, torcida
brasileira?
PÁG. 7
O ITAIM BIBI EM FOCO
Helcias Pádua*
     
Qual a razão de eu ter trocado o
Bairro do Itaim Bibi, São Paulo, pelo
Bairro do Morro dos Barbosas, São
Vicente? Eu não troquei nada. Apenas
estou seguindo as coincidências que
ocorrem ou ocorreram na minha vida,
envolvendo dois lugares situados em
cidades diferentes. A primeira é aquela
a qual o meu pai Orestes, depois de
reservar com muito sacrifício algum
dinheiro, logicamente ajudado pela
minha mãe, Benedita, a minha avó
Francisca e a minha tia Urgulina,
levava toda a família para passar três
dias das férias escolares na Ilha de
São Vicente. Viajávamos de trem,
mas depois de algum tempo saíamos
de São Paulo em um ônibus, descendo
no centro da cidade de Santos, sempre
hospedando-nos em uma humilde
pensão. Ao chegar, obrigatoriamente
íamos até a Igreja do Valongo agradecer
a São Francisco. Poucos se dão conta
de que na Ilha de São Vicente, a qual
os tupiniquins chamavam de Gohayó,
esta a cidade de Santos e parte do
município de São Vicente.
     
O passeio era pelo centro da cidade
de Santos, com o bonde da SMTC
- Serviço Municipal de Transportes
Coletivos. No dia seguinte, subíamos
até a Igreja de Monte Serrat para
assistir à missa. Depois, sentados
em um belo gramado, a minha tia
estendia uma toalha branca no chão.
Era a vez de engolir a rica farofa com
ovo e pedaços de carne de galinha
assada, arroz com legumes cozidos,
cuscuz e queijo curado. Tudo ingerido
com guaraná. Descíamos o morro,
a pé. Era a hora de ir até a pensão
para trocar de roupa e procurar uma
praia. Na água só molhando os pés
e na areia fazendo castelinhos. Tudo
isso ouvindo a minha avó Francisca
dissertar sobre a existência em Santos
de uma nascente ou fonte d’água
chamada de Itororó ou Tororó (jorro
ou enxurrada). Ela lembrava que eu e
o meu irmão Antônio Sérgio nascemos
em uma vila, em São Paulo, no Bairro
de Liberdade, cujo nome era Vila
Itororó, por estar bem próxima a uma
das nascentes do Córrego Itororó,
hoje encaixado sob a Av. 23 de Maio,
em São Paulo.
     
À noite, depois de jantar em um
modesto restaurante, chegava a hora
de dormir. No outro dia, roteiro
puxado. Bem cedinho, a vez de passear
em São Vicente. Era para atravessar
a Ponte Pênsil construída em 1944
pelo engenheiro Saturnino de Brito,
no caminho rumo à Praia Grande,
área continental do município de São
Vicente. Ida e volta, sempre andando.
Depois vinha o melhor da curtíssima
temporada na praia: saborear os
doces da Casa das Bananadas, logo
ao lado da Ponte Pênsil. O gustativo
estabelecimento esta no mesmo local
desde 1921, pertencendo à mesma
família.
     
Ainda a pé, ladeando parte da baia,
no sentido Ilha da Pedra, ou Pedra
do Mato, com o “Marco Padrão” da
cidade instalado em 1933, chegávamos
à Praça da Biquinha. Que maravilha
poder degustar recheados bolos,
pavês cremosos e variados docinhos
de leite ou de coco nas higiênicas
banquinhas. Matávamos a sede na
Bica de Anchieta, antes enchendo um
garrafão de vidro envolto por palha
trançada. O meu pai fazia questão de
levar a água da bica até São Paulo,
sempre repetindo que “é benta pelo
Padre Anchieta”, pois, segundo
consta, o beato catequizava os índios
ao lado da então “Fonte do Povoado”,
uma das três nascentes vindas do alto
do morro e bem próxima do Colégio
dos Meninos de Jesus, criado pelos
jesuítas.
     
O sagrado líquido (5 litros) era dosado
por um longo tempo na água da talha
de barro, lá de casa, antiga Travessa
do Porto, número 4, no Bairro do Itaim
Bibi. Coincidentemente a casa térrea
ficava bem próxima a um córrego, o
do Sapateiro, cujas águas nas cheias
tomavam as duas margens. Eu estudei
em duas escolas, também à margem
do citado córrego. Uma delas tinha
o apelido de “Amassa Sapo”, pois ao
anoitecer era invadida por centenas de
sapos. Um “sapeiro só”. Pois é, o Rio
Sapateiro, ali da Praça da Biquinha
de São Vicente, recebe as águas da
Bica do Anchieta. Ele está canalizado
desde a década de 40 e também leva o
nome ou apelido de Rio Sapeiro. Será
que a razão é a mesma do córrego do
Itaim Bibi? Sapos e mais sapos nas
suas antigas margens?
Bica do Anchieta em São VIcente
     
Dia desses, pesquisando sobre o
índio Piqueroby, li que em uma das
suas vingadoras aventuras, além de
atacar (1534) a Vila de São Vicente,
comandada pelo Cosme Bacharel,
destruindo quase todo o lugarejo e
também a chamada “Casa de Pedra”,
espécie de fortaleza erguida pelo
próprio Bacharel, depois incitou
(em 1562) um dos seus filhos, o
Jagoanharo, visando destruir um
aldeamento localizado na região do
Itai (pedra pequena), atual Bairro do
Itaim Bibi. Lutou contra os índios da
tribo do seu irmão, o cacique Caiuby.
O local ficava às margens do então Rio
Jurubatuba, atual Canal de Pinheiros,
recebedor das águas do Córrego
do Sapateiro. Esse aldeamento era
no terreno onde hoje temos a Casa
Bandeirista do Sítio Arqueológico
do Itaim, edificação reconstruída em
2008 graças às firmes reivindicações
dos moradores do bairro. Tanto o Sítio
Arqueológico do Itaim, com a Casa
Bandeirista de São Paulo, como o Sitio
Arqueológico Bacharel, com a Casa
Martim Afonso (São Vicente), estão
em área tombada pelo patrimônio
histórico municipal, estadual e
federal. Outra coincidência é que a
mesma arqueóloga, professora Davina
Andreatta, foi quem desenvolveu os
trabalhos de identificação, datação e
catalogação do material encontrado
nos dois terrenos.
     
Pois é, espero ter iniciado a descrição
dos motivos de ir e voltar, descendo
e subindo a serra, morando parte no
Itaim Bibi, São Paulo, e parte no sopé
do Morro dos Barbosas, Biquinha, São
Vicente. Aliás, em tupi, “bi-bi” quer
dizer “vaivém” e “Gohayó” é o local
de “bom acolhimento, abundância de
água e farto alimento”.
(*) Helcias Bernardo de Pádua é biólogo, jornalista e presidente da AGMIB/Assoc. Grupo Memórias do Itaim Bibi, biólogo e professor. helciaspaduanova@yahoo.com.br
RECEITA DA DONA LOURDES
Arroz com coco à tailandesa
|
Ingredientes:
1 1/2 xícara de arroz
1 latinha de leite de coco
1/2 xícara de água
1/2 colher de açúcar
1/2 colher de açafrão
1 colher de gengibre bem picado
sal a gosto
Modo de fazer:
     
Junte todos os ingredientes
numa panela, exceto o
gengibre. Mexa bem.
Cozinhe em fogo médio,
mexendo até que comece
a fervura, e então baixe o
fogo. Deixe cozinhar por
20 minutos. Cubra a panela
e deixe assentar por cinco
minutos. Espalhe sobre a
mistura o gengibre picado.
Rendimento: 4 a 5 pessoas.
Dor de ouvido
     
Pingue um
pouquinho de mel de abelha
no ouvido afetado. Outro
remédio natural é pôr uma
gema de ovo numa panela e
levar ao fogo, tendo cuidado
para não queimar. Retirar o
óleo desprendido da gema
e, após resfria-lo, usar um
chumaço de algodão para
aplicar um pouco dele ao
interior do ouvido.
PÁG. 8
REGIÃO
GCM-Butantã aproveita área e faz horta
|
     
Quando foi transferida da
Vila Indiana para o interior do
Parque Chácara do Jockey,
integrantes da Inspetoria
da GCM (Guarda Civil
Metropolitana) do Butantã
viram que havia disponível
um terreno vago ao lado da
casa onde seria instalada a
corporação e que ali poderia
ser feita uma variada horta,
que logo forneceria verduras
e legumes aos que ali
trabalham e até a visitantes.
     
A reportagem da Gazeta
Cidadã foi recebida
pelo Inspetor regional,
Comandante Claudemir, que
apresentou a viçosa horta
e brindou os visitantes com
produtos ali colhidos na hora.
     
O que foi feito na Inspetoria
da GCM é um exemplo para
vários órgãos públicos, como
escolas, delegacias e outros,
que contem em suas instalações
com áreas disponíveis para
plantio. Isso aumenta o verde
na cidade e, o mais agradável,
um verde comestível.
     
As safras dessas hortas
comunitárias, por lei, não
podem ser comercializadas,
mas podem e devem ser
consumidas pelos próprios
artífices. No caso das escolas,
representam variações
saudáveis na merenda.
ARTE
Os dez melhores sambas-enredo da história
|
1 - Portela - Lendas e mistérios
da Amazônia (1970) - Catoni,
Jabolô e Valtenir
2 - Salgueiro – Peguei um ita
no norte ou Explode coração
(1993) - Demá Chagas e
outros
3 - União da Ilha do
Governador – É hoje O Dia
(1982) - Didi e Mestrinho
4 - Gaviões da Fiel – Coisa
Bo a é Pra Sempre (1995) -
Grego
5 - Império Serrano - Aquarela
Brasileira (1964) - Silas de
Oliveira
6 - Mangueira - Atrás da
verde e rosa só não vai quem
já morreu (1994) - Fernando
de Lima e outros
7 - Imperatriz Leopoldinense
– Liberdade, liberdade, abre
as asas sobre nós (1989) -
Niltinho Tristeza e outros
8 - Caprichosos de Pilares - E
por falar em saudade (1985)
- Almir Araújo, Carlinhos de
Pilares e outros
9 - Estácio de Sá – O Tititi
do Sapoti (1987) - Darcy do
Nascimento, Djalma Branco e
Dominguinhos do Estácio
10 - Unidos do Peruche - Água
Cristalina (1985) - Thereza
Santos
EMPREENDEDORISMO
ACSP - Notícias da Sudoeste
|
Distrital faz palestra sobre previdência
     
A terça nobre do mês de
fevereiro, dia 14, da Distrital
Sudoeste da Associação
Comercial de São Paulo ofereceu
aos associados e convidados
uma palestra sobre a nova Lei
da Previdência, que tramita na
Câmara dos Deputados.
     
O advogado Ivan Firmino,
do escritório Firmino & Silva,
do Caxingui, expôs com
brilhantismo os prós e contras da
reforma que o governo federal
está propondo.
     
Apresentando dados que ele
coletou, disponíveis nas páginas
web do governo, ele disse
estranhar que a conta recaia
quase que integralmente sobre o
assalariado quando os recebíveis
do INSS (Instituto Nacional de
Seguridade Social) superam em
muito os custos, de agora e de
um futuro próximo. Tomando
os cem maiores devedores, entre
os quais estão alguns grandes
bancos privados, o que o
mercado deve à previdência,
em pagamentos atrasados,
supera os 370 bilhões de reais,
enquanto que o deficit previsto
para o ano em curso é de 150
bilhões.
     
Entre as medidas mais
duras que estão na proposta do
governo, ele destacou o prazo
de 49 anos que o assalariado
tem de contribuir para,
na aposentadoria, receber
100% de sua média salarial
mensal, o que implica que,
presumidamente, o cidadão
tem de trabalhar dos 16 aos 65
anos. O cálculo apresentado
pelo governo supõe que o
contribuinte inicie seus ganhos
de aposentados em 51% de sua
média salarial e, a cada ano
trabalhado, acrescente 1%,
de forma linear, completando
os 100% aos 49 anos de
trabalho.
     
Esses números, disse o
palestrante, tanto o de 51%
como o de idade mínima de
65 anos, estão recebendo
propostas de modificação por
parte dos deputados, de modo
que não se pode saber em que
resultará o dispositivo final.
     
ACSP-Sudoeste:
Rua Alvarenga, 591,
11-3180-3772.
DIVERSÃO
BENJAMIN- o jogo dos noves-fora
|
  | 7 |   | 1 | 2
|
8 |   |   |   |  
|
  | 5 | 4 | 7 | 6
|
4 |   |   |   |  
|
  |   | 5 |   |  
|
     
Preencha os algarismos
que faltam na tabela de 25
números.
     
* Multiplique dois
números contíguos de
cima para baixo.
     
* Preencha o valor
como operando ou como
resultado.
     
* Coloque o “noves-fora”
do resultado, de 1 a 9.
     
* Se há mais de uma opção
de valor, escolhe-se o que
dá menor.
     
* Exemplo: em 4 ... 1 o
valor é 7, pois 4x7=28, 2+8=10 e 1+0=1.
     
(Prevenção contra AVC e
mal de Alzheimer, inspirado
no quadrado mágico; não é
sudoku.) Resp.: pág. 4.
Aquicultura – Piscicultura - Qualidade das águas
Projeto – Assessoria – Amostragem – Interpretação
Relatórios - Matérias
helciaspadua@yahoo.com.br
C.F.Biologia: 00683/01D - Jornalista: MTb 72270SP
(11) 96918-1660
Biólogo
PATROCINADORES
CURSÃO – R. Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 - (11)3744-0196
PIZZARIA Dois Amigos – (11)3501-0451
Drogaria INDIANA – (11)3742-1011
MARCO CESAR Decorações - (11)3742-1845/ 8271-7937/ 9109-0879
SERRALHERIA HÉRCULES - (11)9839-2408
RITA&PATY - Soluções em Presentes - (11)4106-3021/ 2364-3630
JU COSMÉTICOS - R. Dr. Mário de Moura Albuquerque, 507 - (11)2634-7091
SAPPORO Hair - Cabeleireiros - (11)3731-3035 (Raposo) 3735-1020 (Bonfiglioli)
WALKIRIA ROUPAS E LINGERIE - R. Áurea Batista dos Santos, 81 walkiriasouza75@gmail.com - (11)2809-9590
NAHU Hostel - Rua Marinha de Moura Pimenta, 354, Butantã São Paulo - (11)2729-8000.
RTS Turismo - retoursampa@gmail.com rotoursampa@gmail.com (11) 3501-6738 4999-3734 97266-0092.
Associação Comercial de São Paulo - Distrital Sudoeste - Rua Alvarenga, 591 (11) 3180-3772 .
|