Edição 119 (julho de 2017) - 18 anos
gazetacidada@ymail.com /
jornalgazetacidada@gmail.com
CAPA
Expedição visita nascentes do Instituto Butantan
          
          
          
          
Foto: Cacildo Marques
Com o movimento Rios e Ruas e o Ponto de Economia Solidária, ativistas iniciam caminhada dentro do Instituto Butantan. Pág. 3
Biblioteca Municipal Anne Frank segue nos preparativos para comemorar seus 70 anos de funcionamento. Pág. 6.
CONCURSOS
SEE-SP abre 1878 vagas para diretor de escola
     
     
A Secretaria de Estado
da Educação de São Paulo
(SEE-SP) publicou edital
abrindo concurso para
provimento de 1878 vagas
para o cargo de Diretor
de Escola, integrante do
Quadro de Magistério
Estadual. O exame está a
cargo do Instituto Nosso
Rumo.
     
São necessários (a)
experiência de pelo
menos oito anos de efetivo
exercício de Magistério,
em escola devidamente
autorizada e reconhecida
pelo órgão do respectivo
sistema, e (b) posse de pelo
menos um dos seguintes
títulos: Licenciatura Plena
em Pedagogia ou Pósgraduação
na área de
Educação.
     
O salário inicial é de R$
3.834,00, somando-se o
salário base de R$ 2.840,00
e a Gratificação de Gestão
Educacional, de R$ 994,00.
Há reserva legal de 94
vagas para pessoas com
deficiência e também podem
participar os estrangeiros
compatíveis com os
requisitos para naturalização
e os estrangeiros de
nacionalidade portuguesa.
     
As inscrições, no valor de
R$ 82,73, serão realizadas
exclusivamente na página
www.nossorumo.org.br, no
período de 3 a 17 de julho
de 2017.
     
O concurso ocorrerá em
duas fases: prova objetiva
(de caráter eliminatório
e classificatório, com 70
questões) e fase de títulos
e experiência profissional
(classificatória). A prova
objetiva terá duração de
cinco horas e será realizada
no dia 3 de setembro de
2017, nas cidades-sede das
91 Diretorias Regionais de
Ensino da SEE.
     
O período de validade
do concurso é de dois anos,
prorrogáveis por igual
período.
Índice desta edição
EDITORIAL -- Empresário: predatório X esclarecido...........................................................................
As exatas são mais acessíveis...............................................................................................
CPO não receberá dependentes.de crack.......................................................................................
O idoso e o bem-estar social - Toufic Attar.................................................................................
Expedição visita nascentes do Butantan......................................................................................
O CDMS - Centro de Memória do Samba.........................................................................................
Escola Municipal de Música vai às Bibliotecas...............................................................................
Poesia - Cacildo Marques ...................................................................................................
Já podeis da pátria, filho? - Antônio Carlos Licerre........................................................................
Fruita na Casa Bandeirista - Helcias Pádua..................................................................................
ACSP-Sudoeste: Palestra de Gilson Rodrigues.................................................................................
|
pág. 2
pág. 2
pág. 3
pág. 3
pág. 4
pág. 4
pág. 5
pág. 5
pág. 6
pág. 7
pág. 8
|
PÁG. 2
EDITORIAL
Empresário predatório e empresário esclarecido
|
     
Nas primeiras décadas
da Revolução Industrial
parecia configurar-se um
tipo de sociedade em que
duas categorias de pessoas
podiam ser muito bem
separadas, os proprietários
de imóveis e máquinas, de
um lado, e os ofertantes da
força de trabalho, do outro.
Estariam em constante
luta, até que o maior
contingente viesse a tomar
definitivamente as rédeas
da política e dos negócios.
Dois séculos depois, vemos
que os prognósticos tinham
deixado de considerar
muitas variáveis, que poucos
podiam vislumbrar.
     
Não há dúvida de que as
linhas políticas continuam,
desde a Revolução Francesa,
a dividir-se entre as que
buscam fortalecer o lado da
demanda por mão de obra
e as que formam com os
que a ofertam, embora haja
novas frentes de batalha,
como a do meio ambiente, a
da qualidade de vida e a da
liberdade sexual. Mas desde
que se desenhou na França,
em 1873, o conceito de
República Parlamentarista,
vicejou a semente do
embate democrático, em
lugar dos sonhos de tomada
do poder pela força, o que
só veio a consolidar-se de
modo consistente entre as
gerações que se formaram
após a criação da ONU, em
1945.
     
O que pode indicar hoje,
nas jornadas políticas, o
rumo da civilização, se mais
avanço ou mais retrocesso,
é a medida do peso das
duas alas dos agentes de
negócios: o empresariado
predatório e o empresariado
esclarecido.
     
O primeiro tipo não precisa
de muita caracterização, pois
sempre que pode age como
motoniveladora, esmagando
concorrentes e deteriorando
mercados. Um pescador
consciente pesca os peixes
grandes e devolve os peixes
mais novos à água, para que
possam crescer e procriar.
O pescador predatório
bombardeia o pesqueiro e
mata os peixes de todas as
idades, sem preocupação
com o ambiente futuro de
trabalho. Os dois tipos de
empresariado comportam-se
segundo essas diferenças.
     
O empresariado esclarecido
busca atuar respeitando (a)
a responsabilidade social
da firma, (b) a melhoria
do ambiente de negócios,
(c) a competição saudável,
(d) a conformidade
(“compliance”) frente às
leis, (e) o zelo pelo meio
ambiente, (f) o respeito
aos direitos sociais e (g)
a repulsa a conluios e
monopólios. Não é nada fácil
persistir nesses caminhos
e ainda assim lograr êxito
quando a concorrência está
contaminada por uma ala de
empresários inescrupulosos
e corruptores, mas estes são
tumores alimentados no
passado. Compor com eles é
destruir o futuro da empresa,
trocar eficiência por eficácia
efêmera, enriquecimento
consistente por grandeza
ilusória e apedeuta.
     
O empresário predatório
regozija-se em explorar o
trabalho servil, ou o mais
próximo disso que ele
conseguir. Diferentemente,
o empresário esclarecido
quer que seus empregados
melhorem de vida e cuidem
bem de suas famílias.
EXPEDIENTE
Gazeta Cidadã
Presidente da Ong OCDC:
Toufic Attar
Jornalistas Responsáveis:
Cacildo Marques - MTb 73701
e Roldão Soares Filho - MTb 37108
Editor: Cacildo Marques
Impressão:
Gáfica Abjad 7857-4174
Uso livre, citada a fonte.
Publicidade:
Toufic Attar
Colaboradores: Renata Polydoro, Francisco Gonçalves de Oliveira, Rogério Chiavassa Neto, Frederico Lazarini Ferreira, Renato A. Ricardo, Toufic Attar, Werner Regenthal, Guilherme Bonfim, Werbster Gomide, Nilton Moura, Aída Schwab, Cidinha Finimundi, Fredi Jon, Sheyna Adamo, Diego Parma, Eliseu Gabriel, Dr. Raul Marinheiro Jr., Nabil Bonduki, Sandra Pandolfi, Luiz Gabriel Di Pieri, Loiola Carneiro, Viviana Bosi, Olívia Raposo da Silva Telles.
Redação: Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 (Cursão)
Endereço Eletrônico:
gazetacidada@ymail.com
jornalgazetacidada@gmail.com
As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
A Gazeta Cidadã (Jornal da Vila Sônia) é uma publicação da Organização Cultural de Defesa da Cidadania – OCDC
ENSINO
As exatas são as mais acessíveis
|
     
A medida provisória da
“flexibilização” do ensino
médio foi assinada visando
liberar os alunos de cursar
Física e Química. Biologia
também entrou no sacrifício,
porque ninguém lutou por ela.
     
Essa obrigatoriedade de
cursar as três ciências naturais
básicas vinha do fim do século
passado, precisamente, 1999.
Por 18 anos os alunos tiveram
um currículo integrado, algo
inédito no mundo. A batalha
para derrubar esse currículo não
era demanda dos alunos nem
dos professores, mas sim dos
inimigos do aprendizado, que
não queriam a potencialização
dos jovens. O país volta agora
ao lugar comum do cultivo do
preconceito contra as ciências
exatas.
     
Um dos argumentos usados
era que havia grande taxa de
evasão no ensino médio, como
se no tempo em que os jovens
escolhiam sua área, antes
de 1999, a evasão não fosse
enorme. O motivo maior da
evasão, como os professores
sabem, é que os jovens de
família pobre começam a
trabalhar cedo, mesmo na
informalidade, e estudar no
período noturno hoje em dia
é um risco que poucos aceitam
correr. Tanto era mentira essa
história de reduzir a evasão que
a matéria mais apreciada pelos
adolescentes ia ser leiloada:
Educação Física. Pelo menos
nesse quesito os parlamentares
conseguiram fazer uma
correção adequada. A matéria
continuará.
     
Assim como Educação Física
não era bicho-papão, tampouco
as ciências exatas o eram.
É muito mais fácil aprender
equação do segundo grau
que período composto por
subordinação, e é também muito
mais fácil aplicar o Teorema
de Pitágoras que dissertar
sobre as causas da derrota de
Napoleão em Waterloo. Mas
os preguiçosos nunca saberão
disso.
     
Parece romântico chamar os
adolescentes para “escolher”.
Parece, e é mesmo romântico.
E o romantismo passa longe da
democracia.
     
O imperador japonês
Mutsuhito não estava sonhando
quando, em 1869, generalizou
o ensino básico em seu país
baseando-se no aprendizado das
ciências e no “vício” da leitura.
O aprendizado mais acessível
para os filhos das famílias
pobres é mesmo o das ciências,
começando pela Matemática. E
já dissemos também aqui que a
aritmofobia, a doença resultante
do preconceito exacerbado
contra os números, só se alastra
num país quando se abole o
estudo da Geometria no primário
e do Desenho Geométrico no
ginasial (ciclo autoral), como
fizeram com o Brasil. Para as
crianças aprenderem, dizia
Tatiana Belinky, é só não
atrapalharem. E acrescentamos:
não sonegarem conteúdos
importantes e não enganarem.
PÁG. 3
ESCOLA
As cinco falhas da educação argentina
|
     
A página de notícias Infobae
convidou especialistas para
falar sobre os problemas
educacionais da Argentina,
ante uma polêmica que se
instalou depois que o governo
da província de Buenos Aires
decidiu retomar as avaliações
por nota numérica no ensino
primário.
     
No informe PISA os
estudantes argentinos tiveram
desempenho situado entre
os dez piores das 64 nações
avaliadas. O consultor Juan
María Segura afirmou que
“a crença é de que o baixo
rendimento vem pelo fato de
que os meninos não estudam,
por passarem o tempo no
Facebook, e porque os
professores não ensinam bem,
mas de nenhum modo há uma
resposta única e salvadora”.
     
Alejandro Ganimian, doutor
em Análise Quantitativa
de política educativa, pela
Universidade Harvard,
elaborou o informe chamado
“Termômetro Educativo”,
analisando a fundo os resultados
de exames gerais de 2005 a
2013. A partir desse estudo,
especialistas concluíram que
os problemas são:
     
1. O contexto sócio-cultural.
É difícil escapar ao clima
de confronto, violência e
discriminação.
     
2. A infraestrutura. O estado
físico das escolas joga um papel
fundamental no rendimento.
     
3. A desatualização curricular.
A concorrência da internet
e das redes sociais deixa em
segundo plano programas
curriculares que já têm mais de
30 anos, sem atualização.
     
4. A estabilidade físico-emocional
do docente. É
fundamental que os docentes
cheguem a seu trabalho com as
condições necessárias.
     
5. A contradição ética. A
premissa da inclusão choca-se
com a busca da qualidade, algo
que ainda não se equacionou.
SAÚDE
CPO não receberá dependentes de crack
|
     
Era boato a informação que
circulou pelo Butantã dando
conta de que a Coordenadoria
de Projetos e Obras da
Prefeitura Regional, CPO,
situada na Rodovia Raposo
Tavares, seria convertida em
centro de recuperação de
dependentes de crack trazidos
dos bairros da Luz e dos
Campos Elísios, onde se situa
a Cracolândia, que a prefeitura
pretende extinguir.
     
Segundo o assessor de
comunicação da Prefeitura
Regional do Butantã, Eduardo
Fidel, o boato deve ter surgido
porque a CPO atualmente para
por reformas de adequação,
mas não há nenhuma intenção
de alterar as fi nalidades do
prédio.
     
A questão dos dependentes de
drogas ilícitas é um problema
crescente que, certamente,
agrava-se com as difi culdades
econômicas porque passa o país,
principalmente pelo alto nível
de desemprego. Um problema
macroeconômico acentua um
fenômeno comportamental
que, finalmente, traz maior
transtorno para as áreas de
segurança e de saúde.
     
Tais assuntos foram objeto de
discussão na reunião ordinária
da OCDC (Organização
Cultural de Defesa da
Cidadania) do mês de junho.
     
A Prefeitura de São Paulo
tem condições de resolver
o problema? É certo que
pode amenizar, mas não
tem como eliminá-lo. E há
uma gritante contradição no
padrão abraçado pelo país,
de liberar o uso e a compra
sem liberar a venda. Como
é possível alguém comprar
livremente um produto se
a venda é absolutamente
proibida, até mesmo para
pesquisas e tratamento por
parte do poder público? A
solução disso pode vir a ser
a liberação do comércio, mas
então é necessário discutir
as vantagens e desvantagens
disso. A cânabis é espécie
invasora se plantada de forma
industrial em meio a nossa
vegetação sul-americana.
Que problemas isso trará?
Por enquanto ninguém pode
responder. O que se pode
enxergar no momento é que a
polícia enxuga gelo e a área de
saúde luta para resolver casos
individuais, sem uma solução
para o todo.
COLUNA DO TEO
O Idoso e o Bem-Estar Social
|
Toufic Attar*
     
O Estatuto do Idoso, em
edição da Prefeitura de São
Paulo (Direitos Humanos e
Cidadania), estipula no seu
Título II, Capitulo I, Art. 8º:
“O Envelhecimento é um
direito personalíssimo e a sua
proteção um direito social, nos
termos desta Lei e da legislação
vigente.” E no Art. 9º: “É
obrigação do Estado, garantir à
pessoa idosa a proteção à vida
e à saúde, mediante efetivação
de políticas sociais públicas que
permitam um envelhecimento
saudável e em condições de
dignidade.”
     
Eis, portanto, alguns
pressupostos com os quais
a sociedade deve encarar os
caminhos que permitem construir
estas conquistas sociais. Eis que
o Estatuto do Idoso incorpora a
idéia de que as condições de ser
são mais importantes do que as
de ter. Parece uma utopia, uma
dessas promessas de candidatos
feitas para encantar na hora do
voto, sem nunca oferecer os
instrumentos necessários para
sua implantação.
     
Pois é preciso, sim, buscar
esse caminho de devolver a
plena vida aos que pleiteiam
seu direito de fazer de sua força
de vontade individual algo a
serviço da vida social, uma
busca conjunta pelo bem-estar
coletivo. Viver com dignidade
passa a prevalecer sobre o
sobreviver simplesmente com
a permanente preocupação
em lutar para amenizar os
sofrimentos dos plantões de
saúde.
     
Não faltam entidades,
organizações e cidadãos
envolvidos com a questão. Há
porém uma grave lacuna quando
se trata de oferecer algo mais:
deixar de olhar para o idoso
exclusivamente sob o ponto de
vista de suas necessidades de
saúde.
     
De fato, o envelhecimento
não pode ser uma barreira
para usufruir a plenitude do
que a vida oferece em lazer e
atividades que ajudam a manter
a pessoa idosa acesa, cheia de
energia e com boa disposição
para cuidar de coisas novas que
a longa vida passada impediu de
exercer por alguma razão. Quem
gostava de música, de culinária,
de jardinagem, de momentos
de meditação, de repente pode
encontrar o tempo necessário
para manter atividades que lhe
agradam. A vida de cada um
passa a ser preciosa para a vida
coletiva, sem sentir-se sobrando,
ou sem amor. É uma maneira
de enfrentar o peso da solidão,
abrindo espaços de convívio
carinhoso.
     
Como convidar este
segmento da sociedade a ser
agradável e sociável, menos
amargo e menos exposto aos
perigos da solidão, através da
convivência comunitária e de
programas elaborados para
trazer aquilo que pode ser
considerado bem-estar social,
com a harmonia resultante do
convívio partilhado?
     
Pois a OCDC decidiu
apresentar um projeto de
conteúdo social que vai nesse
sentido, incentivando a criação
de centros de lazer comunitários,
com atividades sóciorecreativas.
Desenvolvidas com
seriedade e responsabilidade,
elas podem contribuir para se
enfrentar a perigosa ruptura na
sociedade. Quem diz que os
mais idosos gostam de viver de
favores e de pequenas atenções
sem ter necessariamente a
vida que lhes agrada? Quem
diz que eles se contentam com
sua vidinha sem manifestar
preocupações com os rumos
tomados pelo país? Passam a
cuidar de sua vida individual
como se nada pudessem fazer
pelo entorno, para ajudar a
melhorá-lo, tornando-se úteis
enquanto detém energias e
forças nada esgotadas?
     
Do contrário, o social,
saudável e cheio de dignidade
estipulados no Estatuto do
Idoso passam a ser vazio de
todo sentido.
(*) Toufic Attar (Teo) é presidente da OCDC - Organização Cultural de Defesa da Cidadania - e diretor de publicidade da Gazeta Cidadã
PÁG. 4
TECNÓLOGOS
Cimento ósseo ganha prêmio e vai aos EUA
|
     
Conforme noticiado em nosso
número de abril, alunos da ETEC
Prof. Carmelino Corrêa Junior,
de Franca, desenvolveram o
projeto Cimento Ósseo, para
uso odontológico e outros, a
partir da reciclagem de resíduos
das indústrias de couro e de
pesca, usando escamas de
peixe e colágeno de couro. Pois
esse projeto foi o vencedor
do Prêmio CRQ 2017, do
Conselho Regional de Química,
na categoria Química de Nível
Médio.
     
Os autores, premiados, foram
as alunas Sabrina Aparecida
Miranda e Verônica Marques,
orientadas pela professora
Joana Félix. A orientadora tem
pela terceira vez alunos com
trabalhos premiados pelo CRQ,
algo inédito.
     
A pesquisa das estudantes
do curso técnico de Curtimento
traz uma alternativa barata e
ecológica para a reposição de
tecido em enxertos de fraturas e
procedimentos odontológicos por
meio da utilização materiais que
eram normalmente descartados.
“Esse prêmio nos motiva ainda
mais a continuar estudando para
conquistar nossos objetivos”,
conta Sabrina.
     
O projeto foi apresentado na
Feira Tecnológica do Centro
Paula Souza (Feteps) em 2017
e na Feira Brasileira de Ciência
e Engenharia (Febrace), da
Universidade de São Paulo
(USP), e partiu para sua primeira
mostra internacional, a Genius
Olympiad, na State University
of New York, em Oswego, nos
Estados Unidos, que ocorreu em
10 de junho. O evento recebeu
mais de mil alunos de 71 países.
Outra aluna, Angela Ferreira
de Oliveira, da Etec agrícola,
apresentou a pele artificial com
derme de porco na mesma feira.
VERDE
Expedição visita nascentes do Butantan
|
     
Sábado, 3 de junho, foi
o dia em que o movimento
Rios e Ruas, em parceria
com o Ponto de Economia
Solidária, congregou dezenas
de ativistas ambientais para a
exploração das nascentes de
riachos que correm dentro do
Instituto Butantan.
     
Já às 9h da manhã começaram
a chegar os participantes
daquela caminhada,
aglomerando-se na frente do
portão do Instituto. Pouco
depois chegaram José Bueno
e Luiz de Campos Júnior,
integrantes do Rio de Ruas,
e com eles todo o grupo foi
recebido por duas monitoras
do Instituto Butantan, que
guiaram a expedição até os
olhos d’água ali existentes.
     
Depois de atravessar o
terreno no sentido Cidade
Universitária, a expedição
virou à esquerda e o guarda
abriu o portão da área
florestal, logo após a casa
que outrora foi residência
do Dr. Vital Brazil, onde ele
realizava suas pesquisas.
     
Fundado em 1901, por
Adolfo Lutz, que, convocado
pelo governo, destacou Vital
Brazil para investigar meios
de solucionar uma epidemia
de peste bubônica que
assolava a baixada santista, o
Instituto Butantan conta hoje
com uma área de 80 hectares,
e encontra-se nas atuais
instalações desde 1914. É
conhecido no mundo inteiro
e faz com que o bairro do
Butantã rivalize com o bairro
carioca de Ipanema como
o mais famoso do Brasil,
aquele por causa da “garota”,
cantada por Vinicius de
Moraes e Tom Jobim.
     
Como aconteceu com o
Riacho Iquiririm, dentro
do Instituto as nascentes
eram difusas, sem que se
identificassem os pontos
iniciais. No entanto,
funcionários do órgão
realizaram obras e liberaram
os cursos, que hoje descem
em meio às matas.
EQUIPAMENTOS CULTURAIS
O Centro de Documentação e Memória do Samba
|
     
Se o Rio tem o Museu do
Samba, São Paulo tem seu
Centro de Documentação
e Memória do Samba
(CDMS), que funciona nas
dependências da UESP,
União das Escolas de Samba
de São Paulo.
     
A UESP, fundada em
1973, não organiza mais o
desfile do primeiro grupo,
que se apresenta no sábado
de Carnaval, desde que em
1986 as principais escolas
fundaram a dissidente
LigaSP (Liga Independente
das Escolas de Samba de
São Paulo), mas continua
a organizar os desfiles do
domingo, da segunda e da
terça, além dos carnavais
de bairros, contando com
81 filiados, entre escolas e
blocos. O lema da entidade
é “Samba é Cultura”, e além
dos eventos promove cursos
e seminários sobre a história
e os fundamentos do samba
carnavalesco.
     
O CDMS (Centro de
Documentação e Memória do
Samba) coloca à disposição
do público livros, discos,
CDs, vídeos, fotografias e
quadros sobre a história do
carnaval e das escolas de
samba, não só de São Paulo
mas de todo o Brasil.
     
Mais de 600 pessoas já
receberam capacitação na
UESP e no CDMS para
atuar no Carnaval, em
funções como jurados,
técnicos e outros. Segundo a
UESP, o envolvimento com
o samba tem transformado e
melhorado a vida de muitos
jovens de São Paulo e das
cidades vizinhas.
     
O endereço do CDMS é
Rua Rui Barbosa, 588, Bela
Vista, São Paulo.
Resposta do Benjamin (Peirce),
da pág. 8:
2-1-1-2/ 2-5/ 5-4-4/7-7/ 4-1-2-5.
PÁG. 5
CULTURA
Formandos da Escola Municipal de Música tocam nas bibliotecas
|
     
No dia 24 de junho, 11h,
a Biblioteca Municipal Anne
Frank, Rua Cojuba, 45, Itaim
Bibi, recebeu um presente
da Secretaria Municipal de
Cultura: uma apresentação
dos músicos Matheus e
Lucas, executando em viola
de arco suítes de Johann
Sebastian Bach, com entrada
franca.
     
Os dois são formandos da
Escola Municipal de Música,
que não se situa mais na Rua
Vergueiro, mas na Praça das
Artes, Avenida São João,
281, Centro, São Paulo.
A apresentação, segundo
o agente cultural Felipe, que
acompanhava os músicos,
é parte de um programa
da Secretaria, que decidiu
levar a Música às diversas
bibliotecas municipais da
cidade, aos sábados.
     
A reportagem da Gazeta
Cidadã, presente ao
evento, questionou a pouca
divulgação desse programa,
que poderia ser usufruído por
maior número de pessoas.
HUMOR
Os Clecs de Eno Teodoro Wanke - Meteorologia (de A a N)
|
Água. A água gosta do frio.
Quanto mais frio, mais
vidrada.
Brisa. Quando o calor é
muito, Deus manda os anjos
abanarem uma brisa agradável
para refrescar os mais justos.
Céu. Quando o céu começa
a espirrar trovões, é porque
apanhou gripe e pode escorrer
chuva.
Chuva. Nos dias de chuva,
nossa sombra, sabiamente, se
esconde para não se molhar.
Chuva. Se vai chover hoje?
Pode tirar o cavalo da chuva,
pois chover não vai.
Dança. Embora breve, a
dança dos relâmpagos provoca
sempre o aplauso estrondoso
dos trovões.
Deus. Enquanto fazia a barba,
Deus criou as nuvens.
Eclipse. O eclipse, como
sabemos, é causado pela elipse.
A Terra, seguindo calmamente
sua elipse, é alcançada pela
penumbra C da Lua, que se
projeta entre o seu E e o seu I.
Felino. A tempestade, com
ar de grande felino, sacode a
juba das nuvens, dá olhares
fulminantes de raios e ruge
trovões.
Geografia. Existe uma efêmera
geografia nos céus, um Atlas
onde as nuvens são continentes
vaporosos navegando no mar
azul da atmosfera.
Guarda-chuva. Na chuva
é que os guarda-chuvas
desabrocham.
Luz. A luz do sol não tem
similar, e é grátis.
Nublados. O sol detesta os
dias nublados. Daí que nem
dá as caras em tais dias.
Nuvem. Quando uma
altiva nuvem encontra uma
montanha, vira uma simples
neblina.
Nuvens. As nuvens são os
balões de uma colossal história
em quadrinhos, nos quais
ainda falta colocar o letreiro.
CANTINHO DA POESIA
Escreve poesia com olhos fechados: não deixes que escapem sonhos pelos dedos.
Cacildo Marques
Quanto combate ao sol, Santa Joana,
Empunhando do herói Carlos Martel
A espada que, com cálice de fel,
Livrou Paris da garra muçulmana!
Sete séculos lidos no papel,
E a França viu-se sob a mão tirana
De invasores do norte, em guerra insana
Por conquista de terra e de laurel.
Fizeste em Reims coroar o delfim,
E a Guerra dos Cem Anos ir-se ao fim,
Retomando Orleans como um sinal.
Restauraste um país em poucos meses,
Mas logo presa e vendida aos ingleses,
Foste à fogueira inquisitorial.
Rondó do Sonho
Jacira Munduruca
Vem do mar a brisa amena,
A vela do barco acena.
A estrela d’alva do sonho
Desce na nuvem serena.
Vem do mar a brisa amena
A vela do barco acena.
O adeus enxugando o pranto,
Meu amor em quarentena.
Vem do mar a brisa amena
A vela do barco acena.
No céu brilha um diamante
Que cintila como o sol.
Vem do mar a brisa amena
A vela do barco acena.
Navega no mar argênteo
Um imenso girassol.
Vem do mar a brisa amena,
A vela do barco acena.
A luz forte do farol
Ilumina a alma pequena.
O adeus enxugando o pranto
Por ver morrer o meu sonho.
Meu amor em quarentena.
PÁG. 6
ACONTECEU
PIB. O IBGE anunciou que o primeiro
trimestre registrou alta do PIB, de 1%,
depois de dois anos seguidos de queda,
podendo o aumento atual representar
o fim da recessão (01/06).
Cobradores. O Tribunal de Justiça de
SP deu ganho de causa ao Prefeito João
Doria, da capital, em sua intenção de
eliminar paulatinamente a função de
cobrador de ônibus (08/06).
TSE. Por quatro votos a três,
com voto de minerva do Ministro
Gilmar Mendes, o Tribunal Superior
Eleitoral absolveu de crime eleitoral o
Presidente Michel Temer, eleito vice
na chapa presidencial Dilma-Temer
em 2014, em processo movido pelo
PSDB logo após o pleito (09/06).
Crack. Com algumas incinerações
feitas pelos usuários, operação da
PM de SP recolheu todas as barracas
restantes da Cracolândia, que estavam
instaladas na Praça Princesa Isabel
após serem retiradas da Rua Helvétia
(11/06).
Janot. O Procurador Geral da
República, Rodrigo Janot, denunciou
formalmente no STF o Presidente
Michel Temer por corrupção passiva,
em processo que deve passar por
votação na Câmara dos Deputados,
que autorizará ou não a investigação
(26/06).
Palocci. O ex-Ministro da Fazenda e
ex-Ministro-Chefe, Antonio Palocci,
foi condenado pelo juiz Sergio Moro
a 12 anos de prisão, por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro
(26/06).
Vaccari. O TRF-4, de Porto Alegre,
reverteu, por 2 a 1, a condenação a
15 anos de prisão por corrupção a
João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do
PT, por ter sido baseada apenas em
testemunho de delatores (27/06).
Procuradora. A procuradora Raquel
Dodge, 55, foi escolhida pelo
Presidente Michel Temer como nova
Procuradora Geral da República, a
tomar posse em setembro, sucedendo
Rodrigo Janot como primeira mulher
no posto (28/06).
Aécio. O Ministro Marco Aurélio
Mello, do STF, devolveu o cargo de
senador a Aécio Neves, suspenso
havia semanas, no mesmo dia em que
o Ministro Edson Fachin transformou
em prisão aberta a detenção do exdeputado
Rodrigo Rocha Loures,
ex-assessor do Presidente Temer
(30/06).
Clima. Alegando risco à economia, o
Presidente Donald Trump, dos EUA,
anunciou a saída do país do Acordo
de Paris, que trata do controle sobre o
clima mundial (01/06).
Londres. Três atentados na mesma
noite aconteceram em Londres, com
atropelamento, facadas e tiroteio,
deixando sete mortos (03/06)
Sapiens. Arqueólogos localizaram no
Marrocos fósseis de Homo sapiens
datados de 300 mil anos, o que talvez
desbanque Lucy, de cerca de 200
mil anos, da Etiópia, como a mãe da
humanidade (07/06).
Inglaterra. O Partido Conservador,
da premier Theresa May, perdeu nas
eleições antecipadas a maioria das
650 cadeiras da Câmara dos Comuns,
ficando com 318 e tendo de se compor
com o DUP, pequeno partido da
Irlanda do Norte, com dez assentos,
para formar o governo (08/06).
Japão. O Senado japonês aprovou a
lei que permite ao Imperador Akihito,
83, abdicar, como é seu desejo, em
favor de seu primogênito Naruhito,
57 (09/06).
Iraque. Uma mulher-bomba explodiuse
em Musayeb e um homem-bomba,
em Karbala, Iraque, com saldo de 34
mortos nos dois atentados (09/06).
Batman. Adam West, 88, o Batman
da TV (ABC - 1966 a 1968, “pow”,
“crash”), morreu de leucemia, nos
EUA, deixando a mulher, Marcelle, e
seis filhos (10/06).
Incêndio. Grande incêndio florestal na
Rodovia N236, em Pedrógão Grande,
Portugal, deixou mais de 70 pessoas
mortas (18/06).
Estudante. Morreu nos EUA o
estudante Otto Warmbier, 22, solto em
estado de coma pela Coreia do Norte
depois de ficar um ano preso por ter
arrancado um cartaz de propaganda
do regime (19/06).
Farc. Cumprindo o acordo firmado
com o governo da Colômbia, sob
supervisão da ONU, os guerrilheiros
das Farc, após conflito que já durava
53 anos, entregaram todas as armas às
autoridades (20/06).
Proporcional. Don Beyer, 67, Partido
Democrata, deputado representante
da Virgínia, entrou com petição para
projeto de voto proporcional, o “Fair
Vote”, para eleição à Câmara dos
EUA (26/06).
RADAR
Reunião da Rede Butantã será no CRSANS
|
     
A reunião da Rede Butantã
de Entidades Sociais do mês
de julho será no dia 12 e, como
sempre, às 9h. Desta vez o
encontro se dará no CRSANS,
Centro de Referência em
Segurança Alimentar e
Nutricional Sustentável, à
Rua Nella Murari Rosa, 40,
Jardim Jaqueline.
     
A reunião anterior, do
mês de junho, ocorreu na
COHAB Raposo Tavares, e
realizou discussões de temas
de interesse da comunidade
local, mas também do âmbito
municipal.
     
Nesta reunião de julho, o
local, como de outras vezes,
trará a discussão sobre a
questão da alimentação
relacionada à saúde da
população e também ao
meio ambiente. Outros
temas devem abranger o
fechamento de salas de aulas
e de escolas diante da queda
de arrecadação de impostos e
o tratamento aos dependentes
de drogas ilícitas.
     
Biblioteca Anne Frank festeja os 70
     
No segundo sábado de julho,
dia 8, às 10h, a Comissão de
Aniversário da Biblioteca
Municipal Anne Frank estará
reunida no interior da Biblioteca
para organizar as atividades
da comemoração dos 70 anos
do órgão, que foi a primeira
biblioteca municipal paulistana
fora do centro da cidade. O convite
está aberto aos munícipes.
CRÔNICA
Já podeis da pátria, filhos, ver contente a mãe gentil?
|
Antônio Carlos Licerre
     
Braços. Não sei se os cruzo
ou arregaço as mangas. Luto.
Dizem os mais entendidos que
cruzá-los é sinal de defesa,
descaso, indiferença. Medo.
Nas crianças, o gesto traduz
negação. A carinha feia do
pimpolho completa a birra.
     
Imito o exemplo de Pedro:
“Se for para o bem de todos e
felicidade geral da nação, diga
ao povo que fico”. Ou pego o
primeiro avião? Salto suicida de
paraquedas numa ilha deserta e
me deito em rede esplêndida.
     
Sei quem constrói aeroplanos
e paraquedas, mas não quero
saber quem aniquila os sonhos
intensos dos outros com esse
estado de coisas.
     
Sou povo, mas não sou
herói de nada. Talvez a voz
retumbante de um batocotô
pelas avenidas da minha cidade
fosse uma saída, assim mesmo,
como faziam outrora os escravos
que batiam esse tambor nas
manifestações de revolta.
     
Tenho comigo o sol da
liberdade que me deixa escolher.
Entoar o hino aos quatro cantos
me traz minutos de conforto,
depois, desperta lembranças
daqueles que, com braços
fortes, desenharam com sangue
as fronteiras desta nação.
     
Minha indignação é que
alguns, bem poucos, passam
a mão na bunda de muitos e
ainda enfiam o dedo! Minha
esperança é que esses poucos,
esses loucos irão passar...
     
Se eu for morar numa ilha
quero levar um pé de flor, para
lembrar as flores dos bosques do
meu país e me alimentar no seio
das recordações. Quanta glória
passada, quanta paz ansiada no
futuro desta terra morena cor de
café, branca, vermelha, amarela
de sol nascente.
     
Vejo que um filho teu não
foge à luta. Oh minha mãe
gentil! Então onde estão os
nossos Tiradentes, Fernão Dias,
nossos Caxias, Deodoros? Não
se precisa aprender mais nada
acerca de alguns que saem de
suas tocas em certas épocas e
atraem multidões à cata de votos.
Circo do absurdo. Palhaços
mambembes, devolvam-me as
raízes!
     
Se for morar numa ilha,
eu levo um punhado de chão
para lembrar o cheiro da terra
maternal. Um sabiá e uma muda
de palmeira para que a avezinha
possa cantar canções e embalar
os sonhos meus. Bandeira da
minha vida! Nosso céu tem mais
estrelas do que aqui!
     
Lembrarei minhas cidades,
gente simples, alegrias rasgadas
em carnaval, futebol campeão,
conquistas sociais pintadas em
telas tarcilianas, borboletas
ruibarbosiando nas matas,
cachoeiras deslumbrantes,
tuiuiús pantaneiros, araras azuis,
pássaros de arribação. Meus
poetas patativos, escritores
suassúnicos quero ficar!
     
Sei que nessa ilha deserta,
depois de um tempo, certamente
o banzo vai invadir o meu
coração. Então é bom eu também
levar um livro, um manual: Faça
você mesmo uma jangada.
     
Na volta para a casa abrirei
velas no mar da tempestade,
desafiarei os moinhos de vento
de possibilidades. Será isso
utopia? Que seja assim. Um malestar
sentindo-me bem. No meio
do dilúvio de saudade uma asabranca
dará o aviso e, pousando
suave no mastro da embarcação
com uma folha de mandacaru
entre o bico, vai apontar a terra
prometida.
     
Depois, serpenteando espumas
por toda a costa verde-amarela,
de braços abertos, o Redentor
vai acenar na praia. Enxugará o
meu pranto com o lenço puro das
emoções ressuscitando certezas
do peito. Finalmente estarei
convicto e feliz. Mais um filho
tranquilo, seguro a viver nessa
obra de arte adorada, idolatrada.
Salve Brasil! Que assim seja.
PÁG. 7
O ITAIM BIBI EM FOCO
Fruita na Casa Bandeirista
|
Helcias Pádua*
     
Fruita? “Nossa, que horror!
Mais um erro”, dirão os exaltados
críticos, porém não necessariamente
corretos. Sim, a frutinha jabuticaba é
também conhecida pela designação
de Fruita, Fruitinha, lá pelo interior
paulista, portanto não está errada a
escrita inicial. É o coloquial, o falar,
o escrever popular. Como se diz, “os
apressados comem cru”, ou melhor,
mastigam o fruto ainda verde, sem
gosto e sabor característico.
     
Jabuticaba, jaboticaba ou
jabuticabeira - Myrciaria jaboticaba
(Vell.) Berg, Myrcia cauliflora Berg;
ou Myrciaria cauliflora (Mart.) O.
Berg., ou Plinia trunciflora - é uma
árvore frutífera brasileira nativa
da Mata Atlântica, principalmente
da mata pluvial e das submatas de
altitude. Ocorre desde Mato Grosso
do Sul e Minas Gerais até o Rio
Grande do Sul. A principal espécie de
jabuticabeira é Myrciaria jaboticaba
(Vell.) Berg, conhecida como
sabará. Outras espécies são a Assú
ou Ponhema e a Myrciaria cauliflora
(DC.) Berg, muito conhecida aqui
no Estado de São Paulo, por isso
chamada de jabuticaba paulista. Sua
árvore é pequena, de até 15 metros
de altura, com troncos lisos, claros
e folhas simples. Seus frutos são
pequenos, com casca negra e polpa
branca e única semente. Crescem no
tronco e nos ramos, característica
peculiar à árvore. Deliciosos para
serem consumidos in natura, (o
bom é comer jabuticaba trepado no
pé), deles se fazem licor, geleia e
aguardente. Floresce duas vezes por
ano. Sendo uma planta ornamental,
presta-se ao paisagismo, além de
atrair a avifauna. É muito cultivada
em pomares domésticos.
     
Obs.: as árvores replantadas na
calçada e no jardim frontal da Casa
Bandeirista, Rua Iguatemi, atualmente
estão florindo e frutificando, segundo
observação de ávidos degustadores.
     
Tudo isso para dizer que quando
criança, ainda coroinha da Igreja de
Santa Teresa de Jesus, junto com o
Frei Constâncio, vigário na época,
eu disputava com outros colegas,
a indicação para ir ajudar a missa
na capela do Sanatório Bela Vista.
A escala era semanal (no sábado
ou domingo pela manhã), afixada
em um quadro de avisos na parede
esquerda de quem entrava na nave
sagrada, ao lado do primeiro degrau
da escada da então igreja provisória,
ainda na rua Tabapuã, prédio que
hoje recebe a cozinha industrial do
Buffet Fasano (obs.: há alguns anos
virou um supermercado e depois
estacionamento coberto).
     
O grande interesse em “ajudar
a missa” era que depois da mesma
os coroinhas tinham o direito de ir
catar, colher e comer as doces frutas
pretinhas, coladas ao tronco branco
de aspecto descascado, entre outras
frutas existentes no grande pomar.
Na ocasião não precisávamos roubar,
ou melhor, pular o alto muro do
sanatório e surrupiar unidade por
unidade, antes que o vigia nos visse.
Era sempre assim, a maioria das vezes
pulávamos o muro sem autorização
dos proprietários (que Deus me
perdoe) e outras poucas vezes éramos
abençoados pelo frei, celebrante da
missa. Coisas de criança “Itahyense”,
quando o bairro era cheio de chácaras,
quintais e pássaros. O chão era de
terra, às vezes seco e outras vezes
bastante enlameado. O Itaim Bibi era
um verdadeiro charco.
     
Em 6 de julho de 2007, depois
de muitas décadas dessas aventuras
infanto-juvenis, pratiquei mais um
ato não autorizado. Emocionado e
injuriado, invadi o terreno da área
tombada pelo Condephaat desde
1980, antes que o segurança me
encontrasse. O meu objetivo era
contar quantos pés de jabuticabeiras
ainda restavam, depois de quase
30 anos desse espaço de memórias
e parte importante das histórias da
região do Itaim Bibi e de São Paulo,
sofrendo agressões e desrespeitos
diversos, como a criminosa quase
total derrubada do edifício da Casa
Bandeirista, construção em “pau-apique”,
erguida pela tropa de Fernão
Dias e depois por componentes
aventureiros, desbravadores e
seguidores de Borba Gato. Ao todo,
até 2007, foram paulatinamente
destruídos mais de 12 cômodos
e criminosamente derrubadas as
dezenas ou, quem sabe, centenas de
árvores, frutíferas ou não. Amigos, é
só ir ao MPESP, ao Condephaat, ao
Conpresp e à própria AGMIB, ver e
ler os inúmeros registros, protocolos
e decretos, todos listados nos enormes
quatro quadros brancos expostos em
cada uma das calçadas do quarteirão
objeto.
     
Na ocasião consegui contar
apenas seis mirradas jabuticabeiras
e cinco palmeiras, o nosso jerivá.
Fui avistado e perseguido pelo
senhor segurança que entre os
ostensivos gritos dirigidos a mim,
ia-se comunicando com alguém,
usando um rádio. Anteriormente, em
novembro de 2005, e com mais calma
havia contado oito pés de jabuticabas.
Na ocasião não fui expulso aos
berros. Agora o homem “do Direito”,
seguindo ordens e sem qualquer
conhecimento do significado da área,
dizia-se: “isso aqui é propriedade
particular, é um estacionamento e
para tirar fotos só com autorização
da prefeitura”. Palavras do segurança
da área de uma grande quadra
pertencente ao Patrimônio Público
situado nas ruas Iguatemi e Aspásia,
avenidas Brigadeiro Faria Lima e
Horácio Lafer. O pior é que dessa vez
não pude comer nenhuma “fruitinha”.
Mas eu voltarei.
     
(O texto acima foi publicado em 21/07/2007,
na página web do Museu da Pessoa.
Atualmente, dez anos depois, a coisa está
quase na mesma. A Casa Bandeirista foi
reconstruída, não restaurada, mas continua
fechada. Segundo os atuais proprietários
do enorme terreno da quadra, “ainda não
podem dispor o edifico à população porque
o Conpresp exige que o jardim frontal, com o
chafariz, seja restaurado e que os restos de
uma antiga construção lateral esquerda, com
tijolos de barro, recebam cúpulas protetoras”.
Tais alegações se arrastam desde 2013-14
e até agora nada foi feito visando cumprir
as determinações. Consultado o Conpresp,
a resposta é que a abertura e disposição da
Casa Bandeirista e do seu entorno depende
da vontade dos proprietários. A Luta Continua!
Vamos vencer!)
(*) Helcias Bernardo de Pádua é biólogo, jornalista e presidente da AGMIB/Assoc. Grupo Memórias do Itaim Bibi, biólogo e professor. helciaspaduanova@yahoo.com.br
RECEITA DA DONA LOURDES
Ingredientes:
1 colher de azeite
4 dentes de alho esmagados
1 colher de cominho
1 lata massa de tomate
3 pés de cebolinha picados
1 colher de orégano
1 colher de manteiga
4 ovos
150 g de queijo feta
Algumas azeitonas verdes
Alguns tomates cereja
sal a gosto
Modo de fazer:
     
Frite um pouco os dentes de
alho com o cominho. Ponha a
massa de tomate, o orégano e
a manteiga e cozinhe por 20
minutos. Tempere com sal.
Organize os pedaços de queijo
(queijo minas se não achar o
feta), os tomates cereja e as
azeitonas em uma travessa.
Cubra com o molho quente e
misture-o para que possam ser
vistos os pedaços de queijo
e as azeitonas. Asse por 20
minutos, a 100 graus. Retire
do forno e quebre os ovos em
cima (com um garfo, espalhe
as claras, uniformemente).
Cubra com papel alumínio,
aumente o fogo para 200
graus, retorne a travessa ao
forno e retire-a quando os ovos
estiverem cozidos (cerca de 10
minutos). Pique a cebolinha
sobre o conjunto. Sirva com
pão e arroz.
Rendimento: quatro pessoas.
Soluço incessante.
     
Faça um chá de alho, com uns
dois ou três dentes. Tome
ainda quente. O soluço
deve passar em minutos.
PÁG. 8
REGIÃO
Festa Junina do Andronico foi "mágica"
|
     
Com a presença do mágico
Bidu, e de centenas de ex-alunos
de várias épocas, a Festa
Junina da Escola Estadual
Prof. Andronico de Mello foi
pura animação, durante toda a
tarde de sábado, 24 de junho,
até as 20h.
     
Com todos os ingredientes
juninos das festas escolares,
os alunos e também familiares
puderam experimentar grande
variedade de doces e salgados,
de bebidas não alcoólicas e
de diversões várias, como o
baile no auditório da escola e
as atividades desenvolvidas
durante aquela tarde.
     
O mágico Bidu, que atua
há quarenta anos apresentando
truques com argola, fogo,
pombo na cartola, coelho na
caixa e muitos outros, já se
apresentou em vários programas
da TV aberta e em muitos
outros países, principalmente da
América Latina. É morador das
imediações, cidade de Itapecerica
da Serra, mas raramente trabalha
na região, dados os frequentes
compromissos em outros
territórios.
     
Como há alguns anos a escola
não realizava a festa junina,
esta foi novidade para os alunos
atuais da escola. Entre eles, não
só por causa da presença do
mágico Bidu, há quem tenha
dito que a festa foi “mágica”.
Na foto acima, Bidu e a diretora
da escola, profa. Terezinha
Barbosa.
CIÊNCIA
Os dose livros principais da história da ciência físico-biológica
|
1 - Opus Majus (1268) - Roger
Bacon
2. A Fábrica do Corpo
Humano (1543) - Andreas
Vesalius
3. Diálogo Sobre os Dois
Principais Sistemas do Mundo
(1632) - Galileu Galilei
4. Princípios Matemáticos
de Filosofia Natural (1687)
- Isaac Newton
5. Um Novo Sistema de
Filosofia Química (1808) -
John Dalton
6. Fermentações e Gerações
ditas Espontâneas (1857,
publ. 1922) - Louis Pasteur
7. A Origem das Espécies
(1859) - Charles Darwin
8. Experimentos Sobre
Hibridação de Plantas (1866)
- Gregor Johann Mendel
9. A Fisiologia Geral (1872)
- Claude Bernard
10. Pesquisa Sobre as
Substâncias Radioativas
(1903) - Marie Curie
11. Teoria da Relatividade
Geral (1916) - Albert
Einstein
12. A Dupla Hélice (1968) -
James D. Watson
EMPREENDEDORISMO
ACSP - Notícias da Sudoeste
|
ACSP Sudoeste recebe Gilson Rodrigues
     
No encerramento da Semana de
Meio Ambiente 2017 da Distrital
Sudoeste da Associação Comercial
de São Paulo, os associados e
amigos receberam, no dia 6 de
junho, a palestra do engenheiro
André Marcelino Rebouças, que
tratou das questões da realização
dos negócios ante a realidade
atual das questões ambientais.
     
No dia 13, a Terça Nobre
da entidade apresentou duas
palestras: “Como conseguir
sua licença de funcionamento,
independente da regularização do
imóvel”, ministrada pela arquiteta
Larissa Campagner, docente
da Universidade Mackenzie,
e “Paraisópolis Sustentável”,
com Gilson Rodrigues, líder
comunitário. Esteve presente o
Vice-presidente da ACSP, Sr.
Antonio Carlos Pela, que fez
intervenções interessantes durante
as palestras.
     
O ponto alto da palestra da
Profa. Larissa foi a informação
de que, por iniciativa da
Associação Comercial, o novo
Plano Diretor da cidade passou
a facilitar emissão de licença de
funcionamento para empresas
de atividades de baixo risco.
Para esses casos, o tempo para
a documentação é de 90 dias,
e não há mais necessidade de
comprovar a regularização do
imóvel.
     
Na palestra de Gilson
Rodrigues, ele informou que o
bairro Paraisópolis, que já conta
com 100 mil habitantes, vem
trabalhando para implementar
um bando de crédito e já
desenvolveu seu próprio cartão
de crédito, pela Cabal. Disse
também que uma empresa
dos Estados Unidos planeja
implantar um Shopping Center
no local.
     
ACSP Sudoeste: Rua
Alvagenga, 591, 11-3180-3772
DIVERSÃO
BENJAMIN- o jogo dos noves-fora
|
  |   | 4 |   |  
|
7 | 4 |   |   | 2
|
  |   | 8 | 5 |  
|
8 | 7 |   |   | 8
|
  |   |   | 8 |  
|
     
Preencha os algarismos
que faltam na tabela de 25
números.
     
* Multiplique dois
números contíguos de
cima para baixo.
     
* Preencha o valor
como operando ou como
resultado.
     
* Coloque o “noves-fora”
do resultado, de 1 a 9.
     
* Se há mais de uma opção
de valor, escolhe-se o que
dá menor.
     
* Exemplo: em 4 ... 1 o
valor é 7, pois 4x7=28, 2+8=10 e 1+0=1.
     
(Prevenção contra AVC e
mal de Alzheimer, inspirado
no quadrado mágico; não é
sudoku.) Resp.: pág. 4.
Aquicultura – Piscicultura - Qualidade das águas
Projeto – Assessoria – Amostragem – Interpretação
Relatórios - Matérias
helciaspadua@yahoo.com.br
C.F.Biologia: 00683/01D - Jornalista: MTb 72270SP
(11) 96918-1660
Biólogo
PATROCINADORES
CURSÃO – R. Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 - (11)3744-0196
PIZZARIA Dois Amigos – (11)3501-0451
Drogaria INDIANA – (11)3742-1011
MARCO CESAR Decorações - (11)3742-1845/ 8271-7937/ 9109-0879
SERRALHERIA HÉRCULES - (11)9839-2408
RITA&PATY - Soluções em Presentes - (11)4106-3021/ 2364-3630
JU COSMÉTICOS - R. Dr. Mário de Moura Albuquerque, 507 - (11)2634-7091
SAPPORO Hair - Cabeleireiros - (11)3731-3035 (Raposo) 3735-1020 (Bonfiglioli)
WALKIRIA ROUPAS E LINGERIE - R. Áurea Batista dos Santos, 81 walkiriasouza75@gmail.com - (11)2809-9590
NAHU Hostel - Rua Marinha de Moura Pimenta, 354, Butantã São Paulo - (11)2729-8000.
RTS Turismo - retoursampa@gmail.com rotoursampa@gmail.com (11) 3501-6738 4999-3734 97266-0092.
Associação Comercial de São Paulo - Distrital Sudoeste - Rua Alvarenga, 591 (11) 3180-3772 .
|