GAZETA CIDADÃ - Edição 70 (janeiro-fevereiro 2013)
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CAPA
Foto: Roldão Soares
Este bosque fica no Butantã. Adivinhe em que região. Resposta na página 8
ALIMENTAÇÃO EM PAUTA
     
Ainda existe verde no Butantã. Já apresentamos aqui equipamentos culturais como o Instituto Butantã, que fica dentro de um grande bosque, e o Parque Alfredo Volpi, local de caminhadas, treinos de corrida e outros passeios, também dentro de um pedaço de floresta. O bosque da foto ao lado é também outro ponto importante da região.
     
Trazemos ao leitor o perfil de Sergio Reze Filho, lutador pela qualidade de vida em São Paulo; o depoimento de Lúcia Campos, sobre sua profissão; uma nova campanha iniciada por Toufic Attar sobre como se deve tratar o chiclete usado; notícias sobre atos da Subprefeitura e da Prefeitura; a memória de um herói do Itaim Bibi, por Helcias Pádua, e a volta da campanha contra o alcoolismo. E iniciamos uma abordagem sobre alimentação sadia. Esperamos ter escrito o que o leitor queria ler.
CONCURSOS
     
Paraíba. Encerram no dia 6 de fevereiro de 2013, às 14h, as inscrições para o preenchimento de vagas de vários cargos na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba: Procurador, Consultor Legislativo e Analista Legislativo (superior completo, com remuneração mensal de R$ 2,022,27), Assessor Técnico Legislativo (ensino médio completo, com remuneração mensal de R$ 1.449,30) e Assistente Legislativo (ensino fundamental II completo, com remuneração de R$ 1.213,38). Informações e edital na página da Fundação Carlos Chagas: www.concursosfcc.com.br
     
São Paulo. As inscrições para as 885 vagas do concurso de Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo encerraramse no dia 18 de janeiro, às 14h. Os que conseguiram se inscrever estão concorrendo a um emprego cuja remuneração é de R$ 8.582,75 mensais.
Índice desta edição
EDITORIAL - A saúde do veto presidencial .......................................
O mundo é o que a gente come - Nadir Silva Moraes ..............................
Outro Nordeste - Francisco Gonçalves ...........................................
Porque jogar chiclete usado no lixo - Teo Attar ................................
Profissão: arquiteta - Lúcia Maria B. Martins Campos ...........................
O Parque Alfredo Volpi -Diego Parma ............................................
Café da manhã com o Subprefeito ................................................
Poesia - Cacildo Marques .......................................................
Educação - Pirituba terá faculdade pública .....................................
O Itaim Bibi em foco: Tenente Negrão - Helcias Pádua ...........................
Receita da Dona Lourdes ........................................................
Alcolismo: doença que pode ser evitada .........................................
Respostas dos desafios ......................................................... |
pág. 2
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pág. 3
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pág. 4
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pág. 5
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pág. 6
pág. 7
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pág. 8
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EDITORIAL
A saúde do veto presidencial
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Houvesse um filtro criterioso no parlamento nas tramitações das propostas apresentadas e o chefe do governo não teria de dar-se ao trabalho de vetar projetos aprovados nas câmaras legis-lativas. No entanto, vetar tem sido uma rotina dos governos federal, estaduais e municipais.
     
Chefes de governos vêemse na obrigação de vetar leis que jamais deveriam ter passado pelo crivo das comissões de análise do parlamento. Em certos casos, o que foi aprovado é inconstitucional - e passou pela Comissão de Constituição e Justiça; noutros, a nova lei contraria os interesses de amplos setores da sociedade, não raro, a maioria da população; e ainda há os casos de leis que pioram em muito dispositivos já existentes. Nestas situações e em outras similares, o veto é algo sadio, e o governante deve estar preparado para exercê-lo.
     
O que faz, afinal, com que tantas leis aprovadas precisem ser vetadas, total ou parcialmente? Não é que faltem estudo e dedicação entre os membros do parlamento, embora muita coisa escape por causa da ignorância, característica de todas as câmaras de representantes. O que explica a aprovação de tanta proposta errada é o compadrio, o tácito acordo de cavalheiros entre os parlamentares: X aprova a baboseira de Y e, em troca, Y aprovará a baboseira de X, quando chegar a vez deste. Se sincero e rígido, reprovando projetos inadequados, o parlamentar pode acumular animosidades futuras, que o prejudicarão no momento em que precisar do apoio desses autores de leis estapafúrdias.
     
O caminho para consertar isso é pedregoso, nada convidativo, mas ele precisa ser percorrido. A sociedade tem de parar de valorizar quantidade de leis. Um parlamentar que em seu mandato quadrienal fez aprovar uma única lei, mas pertinente, fez muito mais pelo país, ou por sua província, que outro que tenha aprovado cinquenta leis desnecessárias ou nocivas. O representante da população deve ser valorizado por fiscalizar eficientemente os outros poderes, por corrigir dispositivos errados, por discutir e aperfeiçoar o orçamento público.
     
Os projetos para novas leis, quando for importante fazê-las, devem ser divulgados para a sociedade, através da imprensa, para que o parlamento tenha a reação da sociedade como um termômetro. E os membros da Comissão de Constituição e Justiça devem ser impedidos de apresentar projetos de lei durante o tempo em que pertencerem a essa comissão. Valorizar o parlamento é, antes de tudo, cuidar da qualidade de sua produção.
EXPEDIENTE
Gazeta Cidadã
Presidente da Ong OCDC:
Cacildo Marques
Jornalistas Responsáveis:
Cidinha Finimundi - MTb 19045
e Roldão Soares Filho - MTb 37108
Editor: Cacildo Marques
Impressão:
Gáfica Abjad
Publicidade:
Toufic Attar
Colaboradores: Maria de Lourdes Ferrarez Soares, Francisco Gonçalves de Oliveira, Rogério Chiavassa Neto, Frederico Lazarini Ferreira, Renato A. Ricardo, Toufic Attar, Werner Regenthal, Guilherme Bonfim, Werbster Gomide, Nilton Moura, Aída Schwab, Cidinha Finimundi, Fredi Jon, Sheyna Adamo, Diego Parma, Eliseu Gabriel, Dr. Raul Marinheiro Jr., Nabil Bonduki, Sandra Pandolfi.
Redação: Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 (Cursão)
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As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
A Gazeta Cidadã (Jornal da Vila Sônia) é uma publicação da Organização Cultural de Defesa da Cidadania – OCDC
ALIMENTAÇÃO
O mundo é o que a gente come
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Nadir Silva Moraes*
     
Comer é muito bom!
     
Só ou na companhia de pessoas queridas uma comida feita com carinho pode ser um dos grandes prazeres da vida! Ou é melhor acabar sozinho com um potão de sorvete?
     
Sentir-se alimentado pelas características dos alimentos como sabor, cor, crocância, textura, perfume é comer bem! Não, muito melhor é comer um pratão o mais rápido possível.
     
Como eu como diz muito sobre o que eu quero para o mundo em que vivo, e para mim também.
     
O alimento que eu coloco no prato foi comprado no supermercado, veio direto de um agricultor através de um núcleo de consumo, ou plantado em hortas suspensas que cultivo? Como mais frutas, verduras e legumes e menos carnes? Prefiro beber sucos ou tomar refrigerantes? Observo no rótulo dos alimentos a quantidade de sódio que contém?
     
De onde vieram esses alimentos e como foram cultivados? De que maneira e por quem foram preparados? Preciso de mais espaço para criar animais para o corte ou para cultivar frutas legumes e verduras?
     
A todo o momento fazemos escolhas! Podemos, também, criar várias alternativas.
     
Cultivar uma horta suspensa traz o prazer de ver brotar , colher e comer a salsinha ou o tomate fresquinhos. Pode evitar o cultivo extenso e repleto de agrotóxico.
     
Fazer parte de um grupo que compra frutas, legumes e verduras direto de um agricultor colabora para organizar a produção e o consumo de alimentos conforme a época apropriada ao plantio e colheita evitando o desperdício e uso de agrotóxicos.
     
Comprar alimentos de pequenos grupos produtivos incentiva que o alimento que nos alimenta colabore na alimentação de tantos outros que com o seu trabalho se organizam para produzir alimentos e um mundo melhor.
     
Na Rede Local de Segurança Alimentar e Nutricional discutimos sobre os direitos humanos à alimentação saudável e adequada, ao trabalho digno e criativo e ao ambiente em equilíbrio. Próxima reunião dia 19/02/2013, das 9h30 às 12h30, no CRSANS-BT.
     
No Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Butantã (CRSANS-BT.), você pode participar de atividades que, juntos, comunidade, ONGs, Universidade e governo local elaboramos para discutir sobre essas escolhas e pensar em novas alternativas. Rua Nella Murari Rosa, 40, telefone 3731-7126 (Cris).
     
(*) Nadir Silva Moraes é ex-diretora de escola na rede municipal de educação de São Paulo
     
(Veja o caça-palavras na pág. 6)
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OPINIÃO
Francisco Gonçalves de Oliveira*
     
Embora a paisagem urbana se encontre ainda verde, a tarde aqui em Várzea Alegre, cidade situada ao sul do ceará, é de intenso calor com sol escaldante, queimando sem dó o tão precioso torrão nordestino. Viajei para o nordeste de ônibus para melhor poder observar e curtir a viagem. Coisa que faço sempre quando viajo à minha terra. Foram dois dias e duas noites de desassossego pelas noites mal dormidas, mas valeu a pena poder registrar as mais belas e as mais tristes paisagens dessa minha viagem.
     
Começando no norte da Bahia, adentrando o estado do Pernambuco pude ver algo que, mesmo sendo nascido no nordeste, acostumado com cenas de longas estiagens, confesso nunca ter visto: tantos animais mortos pelas estradas. A impressão que se tem é de que somente os abutres se deliciam daquela situação. Sei que, como a fênix que ressurge das cinzas, aquela paisagem tem vida, mas para alguém que não conhece a realidade nordestina, a cena é degradante, parecendo estado de miséria. Se eu pudesse descer do ônibus e esfregar em minhas mãos, qualquer parte daquele mato, certamente se esfarelaria como folhas secas em minhas mãos.
     
No Exu, cidade Pernambucana situada em cima da serra do Araripe, embora o sol continuasse castigando a paisagem, começava a melhorar até entrar no Cariri. Exu é a terra do Rei do Baião, e a cidade comemora seu centenário. Se em Juazeiro tudo gira em torno de Padre Cícero, em Exu tudo gira em torno de Luiz Gonzaga. Mas, também esse não é um privilégio apenas dos pernambucanos do Exu e sim de todo o Brasil.
     
As políticas públicas de assistências sociais deram ao sertanejo uma nova cara. Hoje a seca não mais é um problema, pois todo trabalhador rural tem sua plantação assegurada pelo governo. Embora este ano e os dois anteriores tenham sido considerados anos de fortes estiagens, não há clima de miséria. O trabalhador rural goza dos mesmos direitos que os trabalhadores urbanos. E o meu Ceará continua sendo a terra da boa prosa e de gente alegre simpática e hospitaleira.
(*)Francisco Gonçalves de Oliveira é formado em Letras
COLUNA DO TEO
Porque jogar o chiclete usado no lixo
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Toufic Attar*
     
Todos nós sabemos, por que é visível a olho nu, que a mania de jogar fora o chiclete mastigado, isto é, aquela massa grudenta resultante, é um ato impensado. Este simples gesto infeliz deveria ser evitado, jogando-o no lixo, o seu lugar final, como sugere a charge abaixo.
     
Uma vez usado, costuma ser jogado no chão, nos canteiros de jardins, bosques e parques, nas ruas, estações de metrô, cinemas e onde mais é encontrado: em salas de aula sob o encosto da cadeira, causando inúmeros danos, situações desagradáveis e até mortandade de pássaros que se aventuram em bicá-lo e caem na armadilha fatal: gruda no bico, impede de respirar e acaba morrendo por asfixia.
     
Deveria haver uma campanha educativa para eliminar esse vício do descarte de qualquer jeito, no ponto mais próximo quando não é simplesmente no chão e dane-se o pedestre! E esta Coluna do Teo campanha deveria ser liderada, financiada, pelos próprios fabricantes ou importadores, incentivando o gesto certo: guardar o papel da embalagem, fazer bolinha, colocar no papel e... lixo!
     
Solucione o problema. Passe o recado adiante.
(*) Toufic Attar (Teo) é tesoureiro da OCDC e diretor de publicidade da Gazeta Cidadã.
PERFIL
     
Sérgio Reze. Nascido em Sorocaba, Sérgio Reze se formou em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie, São Paulo, e em Música pelo Musicians Institute of Technology, nos EUA, onde viveu alguns anos. Desde seu retorno ao Brasil, desenvolveu uma intensa carreira profissional como músico e tem atuado em shows e gravações ao lado de artistas como Ivan Lins, Monica Salmaso, Paulinho da Viola, Zélia Duncan, João Bosco, Dominguinhos, Toninho Horta, Hamilton de Holanda, Orquestra Popular de Câmara, Arnaldo Antunes, Nei Matogrosso, Lenine, Chico Buarque, Edu Lobo, Elza Soares, Ná Ozzetti, José Miguel Wisnik, Luiz Tatit, André Mehmari e outros. A partir de 2005 iniciou sua atuação em movimentos da sociedade civil organizada, a principio na Associação dos Amigos Moradores do Parque Previdência, onde reside, sendo posteriormente convidado a integrar o quadro de diretores do Movimento Defenda São Paulo, do qual faz parte hoje. Também exerce, atualmente, mandato no Conselho Gestor do Parque Previdência e na Secretaria Executiva do Fórum Suprapartidário por uma cidade saudável e sustentável.
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TRABALHO
Lúcia Maria Bitancourt Martins Campos*
     
Sou arquiteta urbanista. Sou também ilustradora, nas horas vagas. Um amigo na época do cursinho me perguntou porque eu queria fazer arquitetura. E eu lhe disse: pois quero ajudar as pessoas a fazerem suas casas e se sentirem bem onde moram.
     
Como trabalho de final de curso projetei um parque acampamento escola com a intenção de fazer qualquer pessoa sentirse capaz de ser arquiteto ou urbanista.
     
Na vida profissional, meu fio da meada começou do pequeno, da escala humana, a ergonomia: fiz desenho de móveis, cenografia, maquete, depois, arquitetura de interiores e reformas residenciais. Depois do mestrado comecei a trabalhar com paisagismo participativo, engenharia ambiental, recuperação de áreas degradadas e gestão de resíduos sólidos. Hoje trabalho com proteção do patrimônio histórico e políticas públicas na área da Cultura - patrimônio material e imaterial.
     
A mudança de área de atuação que ocorreu no mestrado foi porque quis testar o trabalho de graduação com as pessoas e propus um trabalho de paisagismo participativo num bairro de economia rural em Guaratinguetá, no alto da Serra da Mantiqueira, área decretada de proteção ambiental, para a implantação de um programa de turismo ecológico e rural no local. Acabei entrando nas temáticas ambientais e vendo a importância da interação da comunidade com as políticas públicas.
     
Naquele trabalho, uma série de parcerias foram construídas para o programa acontecer, todas em torno da Associação do Bairro.
     
Quando vim morar no Butantã, em 2004, vi pela primeira vez, nos bairros onde morei, a comunidade organizada numa associação. Comecei a participar imediatamente. Era a AMAPAR - Associação de Moradores Amigos do Parque Previdência. Como trabalhei na área ambiental e na Prefeitura de Santo André tinha experiência em instrumentos de planejamento urbano, estudos de impacto ambiental, que começavam a ser discutidos quando a comunidade tomou conhecimento da Operação Urbana Vila Sônia. Lá pude dar algumas contribuições e disseram que era importante eu participar do Conselho Gestor do Parque Previdência.
     
Fiquei desempregada um tempo e aproveitei para estudar o EIA-RIMA da Operação Urbana Vila Sônia e participar de debates e encontros promovidos por comunidades organizadas. Ajudamos a barrar a primeira versão desse EIA-RIMA, apontando as incongruências que descobrimos e colocando isso na reunião do Conselho Gestor do Parque. Representantes da Secretaria do Verde que participavam dessa reunião e da reunião do Cades Central reforçaram a decisão da Câmara Técnica que julgou o EIA-RIMA da Operação Urbana inconsistente.
     
Quando voltei a trabalhar, minha colaboração ficou mais difícil, aí eu decidi que iria colaborar em pequenas coisas, coisas que eu achava que estavam sem atenção e ao meu alcance, de modo a não atrapalhar o resto da minha vida. Continuei no Conselho do Parque e quando o Cades Regional - Conselho de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e de Cultura da Paz da Subprefeitura do Butantã, foi criado fui eleita para participar dele como sociedade civil.
     
É legal juntar esforços e perceber numa comunidade, que cada um contribui com suas habilidades, seus conhecimentos específicos, e conseguimos, ainda que de forma um pouco caótica, construir um todo.... além do número de pessoas interessantes e universos com que não teríamos contato se ficássemos em casa só nos ocupando da nossa própria vida.
     
E é assim que tenho tentado fazer valer os direitos de cidadania. Não pegando muitos assuntos para me dedicar, pois sei que não vou dar conta, procurando participar de instâncias como esses Conselhos e me expressar quando vejo que posso ajudar nessa construção de cidadania e que ela pode avançar mais um pouquinho... além de usufruir desse mundo de pessoas incríveis que acabamos conhecendo nestas ações.
(*) Lúcia Maria Bitancourt Martins Campos, arquiteta, é membro do CADES-Butantã.
EQUIPAMENTOS CULTURAIS
Diego Parma*
     
Nascia, no fim do século XIX, um dos mais importantes pintores do modernismo. Alfredo Volpi, ítalo-brasileiro, daria, em vida, nome a um dos mais importantes parques de São Paulo, o Parque Alfredo Volpi.
     
O artista morreu aos 92 anos de idade, 17 anos depois de ver seu nome titulando o parque, no Morumbi, em 1971.
     
O parque fica numa área de 142.000 m2 e possui diversas trilhas para caminhadas, das quais podem ser observadas inúmeras espécies de plantas e animais. Há, também, três lagos que são dispostos em diferentes níveis e que são alimentados por uma nascente natural. O parque conta, ainda, com pista de cooper e playground.
     
A fauna conta com, aproximadamente, 110 espécies, sendo a maior parte de aves. A vegetação é composta por 291 espécies registradas, das quais 12 estão ameaçadas de extinção, como o pau-brasil, as samambaiaçus e a embaúba prateada.
     
A implantação do parque nasceu a partir de uma cautelosa escolha que objetivou a preservação de uma área remanescente da Mata Atlântica do Planalto Paulista.
     
O parque, além de contar com estacionamento, áreas de piquenique, sanitários com acessibilidade e parquinho, conta, também, com programas de coleta seletiva de resíduos, coleta de óleo de cozinha usado e de lixo eletrônico. Participa, ainda, da Campanha Permanente de Incentivo à Arborização Urbana e doa mudas nativas para serem plantadas na cidade. Durante a semana, há trilhas monitoradas para escolas e entidades, sendo abertas, também, nos últimos sábados do mês, aos cidadãos interessados, com prévio agendamento.
     
O artista plástico autodidata, quando começou a pintar, em 1911, nem imaginava a importância que teria e o bem que o parque, que leva seu nome, faria à cidade que lhe acolhe e às pessoas que nela residem.
Diego Parma é músico e escritor - diego.parma@hotmail.com
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COMUNIDADE
ACSP-Bt realiza café da manhã com o Subprefeito
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O novo Subprefeito do Butantã, Luiz Felippe de Moraes Neto, esteve na Associação Comercial do Butantã, Seção Butantã, no dia 22 de janeiro, para um café da manhã com empresários e lideranças da região, atendendo convite do presidente da entidade, empresário Paulo Soares.
     
Antes do café, o Subprefeito esteve no auditório do prédio, apresentando-se aos presentes e respondendo a diversas questões sobre a gestão que então se inicia. Contou que é arquiteto, servidor efetivo da Prefeitura desde 1986, lotado na Subprefeitura do Butantã desde 2009. Entre as questões discutidas estavam o problema das enchentes, da Ciclovia Eliseu de Almeida, dos hospitais e da comunicação entre a Subprefeitura e a comunidade.
HUMOR
Os Clecs de Eno Teodoro Wanke - Expressões: Letras D e E
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Dar. É melhor dar com um boi no pasto do que com os burros n’água.
Dar. É preferível dar o braço a torcer do que o pescoço.
Desgraça. Desgraça pouca é bobagem; a cruz é nossa bagagem.
Direitos. É certo pelejar pelos direitos humanos. Mas quem se lembra de pelejar pelos canhotos humanos?
Doença. A doença segue seu curso normal até receber o diploma final: a morte.
Dormir. Não dormiu bem porque estava em maus lençóis.
Dúvida. Quando a dúvida tem sombra, ela é, sem sombra de dúvida, uma dúvida sombria.
Emprego. Ao procurar emprego, convém evitar más companhias: pagam mal e não garantem estabilidade funcional.
Engano. Um ledo engano sempre é preferível a um erro crasso.
Escola. Que maldade! Em frente às crianças, cuja vida ainda é cor-de-rosa, colocam um horrendo quadro negro!
Estado. Os líquidos mudam de estado livremente, como mostra o Rio São Francisco, mudando de Minas para Bahia e depois ficando entre Sergipe e Alagoas.
Estouro. Quando alguém nos recomenda uma comida dizendo ser um estouro, ficamos com a pulga atrás da orelha: provocará gases?
CANTINHO DA POESIA
Escreve poesia com olhos fechados: não deixes que escapem sonhos pelos dedos.
Cacildo Marques
O bom-selvagem não conhece a lei
Nem cuida se um estranho morre à míngua,
E de outro que não fala sua língua
Devora a carne, junto à própria grei.
Logo agradece às forças naturais.
Em sua consciência ele não erra
E contra a aldeia ao lado enceta a guerra
Por honra, orgulho, ira e uns mimos mais.
Ser primitivo o abala? Ao certo, não.
Ele não sabe dessa condição,
Nem sabe do ‘só sei que nada sei’.
Mas de um letrado ou outro aqui se escuta
Que o bom modelo é a natureza bruta
Do bom-selvagem, não o dos teus pais.
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ACONTECEU
Empreendedorismo. Eliseu Gabriel (PSB-SP), vereador eleito de São Paulo, foi empossado pelo Prefeito Fernando Haddad como Secretário de trabalho e Empreendedorismo, sucedendo Marcos Cintra.
Velloso. Dona Canô, mãe de Caetano Velloso e de Maria Betânia, morreu em Santo Amaro da Purificação (BA), aos 105 anos de idade (25/12).
Involuntário. O governo do Estado de São Paulo iniciou seu programa de internação involuntária (pedida pela família) e compulsória (pedida pela Justiça) dos viciados em crack que ocupam as ruas da Luz, de Santa Cecília e de Santa Efigênia. Ocorreram até agora apenas casos de internação involuntária.
Osvaldo. “A multidão enfurecida ataca a minha casa, mas eu, com a minha família, consigo escapar pelos fundos. (...) O Presidente apazigua, concilia, mas paga um preço: a revogação da obrigatoriedade da vacina.” (Osvaldo Cruz - 1916, sobre a Revolta da Vacina, de 1904.)
Tragédia. Danceteria em Santa Maria (RS) sofreu incêndio, deixando 237 jovens mortos e 115 feridos, tendo a maioria das mortes ocorrido porque as pessoas desmaiaram em meio à fumaça, antes de poder escapar (27/01).
Senado. Denunciado no STF por três crimes, o Senador Renan Calheiros foi eleito Presidente do Senado, com 56 votos a favor e 18 contra, seis anos depois de ter renunciado ao mesmo posto para não ser cassado, por corrupção (1/02).
Cairo. Rejeitada pelos cristãos e pelas correntes laicistas, foi aprovada em plebiscito, com 64% de apoio, a nova Constituição do Egito, baseada na lei islâmica (22/12).
Meningite. O laboratório suíço Novartis obteve autorização para comercializar nos Estados-membros da União Europeia uma nova vacina, a Bexsero, remédio que visa proteger contra a infecção da Meningocoque do grupo B.
Obama. Barack Obama, presidente reeleito dos Estados Unidos, tomou posse prometendo lutar pelos direitos das mulheres, dos imigrantes e dos homossexuais (21/01).
Espanha. Mariano Rajoy, premier da Espanha, tem sido investigado sob acusação de recebimento, pela cúpula de sua agremialção, o Partido Popular, de ‘dinheiro não contabilizado’, originário de empresas construtoras. Em editorial, o ‘Financial Times’, de Londres, escreveu: ‘Isso não poderia vir em momento pior’.
Oviedo. O general Lino Oviedo, candidato à presidência do Paraguai, que esteve exilado no Brasil anos atrás, morreu em consequência de queda do helicóptero em que viajava em campanha quando voltava de Concepción (03/02).
Azawad. A República Islâmica do Azawad, instalada no norte do Mali por fanáticos religiosos do norte da África, vem sendo destroçada pelo exército da França, desde sua intervenção para ajudar as forças armadas do Mali há três semanas. Os tuaregues, que de inpicio apoiaram os fanáticos, voltaram atrás.
RADAR
CDM Prestes Maia tem projeto apresentado
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O Centro Desportivo Municipal Francisco Prestes Maia, conhecido como Campinho do Rebouças, situado atrás da Padaria Quintas do Morumbi, vem apresentando problemas para os moradores do entorno, por causa do aparente abandono.
     
A situação pode começar a mudar. Ivanildo Júnior, líder comunitário do Colombo, pediu a uma amiga arquiteta para elaborar um projeto de revitalização para o Centro e esse plano já foi apresentado ao Prefeito Fernando Haddad. Nesses primeiros dias de fevereiro a comunidade discutirá com o Subprefeito do Butantã, Luiz Felippe, modos de enfrentar o problema.
SARAU da Casa de Cultura é no quarto sábado do mês
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O Sarau Lítero-Musical da Casa de Cultura do Butantã, que já completou 13 anos de idade e agora é dirigido pelo músico Cláudio Felício, manterá em 2013 o calendário decidido no final do ano passado: ocorrerá em todos os quartos sábados de cada mês.
     
Neste fevereiro, portanto, o Butantã terá Sarau no dia 23, às 19h.
     
Muitos músicos e poetas do Butantã e de outros bairros, e também dramaturgos, vêm-se apresentando no Sarau. A Casa é aberta, cobrando apenas que o participante anote seu contato no caderno de visitas.
     
Endereço: Rua Junta Mizumoto, 13, Jardim Peri- Peri. Fones: 3742-6218 e 3744-4369.
EDUCAÇÃO
Pirituba terá faculdade pública
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O vereador Eliseu Gabriel, hoje Secretário do Trabalho e do Empreendedorismo, obteve do Prefeito Fernando Haddad e da Presidente Dilma Roussef o compromisso da instalação de uma faculdade pública em Pirituba, região que divide, com Pinheiros e Butantã, o eleitorado que sempre apoiou o vereador.
     
Na ocasião, foi assinado o projeto de lei de concessão do terreno para a Instituição, localizado na Avenida Mutinga. O documento seguirá para aprovação da Câmara Municipal de São Paulo.
     
Essa faculdade será um novo campus do IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, que é o nome atual da antiga ETF (Escola Técnica Federal), transformada depois em CEFET – Centro Federal de Educação Tecnológica, quando acrescentou aos tradicionais cursos técnicos novos cursos de nível superior.
     
“A população terá estudo de qualidade, de graça e perto de casa”, diz o Secretário, e isso “conseguiu evitar que o lugar onde será construída a unidade de ensino fosse entregue à especulação imobiliária ou que se tornasse uma usina de asfalto”.
CAÇA-PALAVRAS
Respostas na pág. 8.
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O ITAIM BIBI EM FOCO
João Negrão: um herói, um oceano, uma represa e uma rua
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Helcias Pádua*
     
O militar João Negrão, após a heroica aventura de atravessar o oceano Atlântico - pousar na Represa Guarapiranga (hidroavião Jahú) -, residiu por muitos anos na rua com a qual lhe prestaram homenagem, nomeando-a Rua Tenente Negrão. Existe um herói dando nome a uma rua do meu bairro.
     
Poucos dos atuais ocupantes ou a maioria dos precipitados transeuntes desta região, para não dizer, dos próprios moradores ou teimosos residentes da rua, sabem o motivo do nome e quem foi o Tenente Negrão.
     
O tenente aviador João Negrão da então Força Pública do Estado de São Paulo (1927), atual Polícia Militar, após a heroica aventura de atravessar o Oceano Atlântico com o hidroavião Jahú, residiu no Itaim Bibi por muitos anos. Foi numa pequena rua, hoje apenas uma despercebida ligação entre a Av. Pres. Juscelino Kubitschek e a Rua Dr. Renato Paes de Barros. É a Rua Tenente Negrão, a qual lhe foi prestada homenagem, nomeando-a. Morreu com a patente de capitão.
     
Substituiu o aviador Arthur Costa que havia, em pleno percurso, se desentendido com a tripulação original e por isso excluído da equipe. Segundo comentários da época, ainda no Brasil o jovem piloto carioca entendeu-se com o jornal “A Pátria”, que se propusera a remunerá-lo pelo “furo” de revelar quando o avião chegaria ao país.
     
“Após depressão da tripulação, avaria na aeronave e malária no comandante, quase desistindo, Ribeiro de Barros recebe telegrama de sua mãe dizendo: Providenciaremos continuação do reide custe o que custar. Paralisação reide será fracasso. Asas avião representam bandeira brasileira...”.
     
É convidado pelos familiares de Ribeiro, um jovem militar (26 anos) da Esquadrilha da Aviação, que prestava serviço em São Paulo. Depois do “aceite”, o Tenente Negrão embarca para Porto Praia, no Arquipélago de Cabo Verde.
     
Seguem-se palavras do próprio João Negrão: “Esclareci que a responsabilidade que me queriam conferir era grande, pois além de não conhecer o avião, jamais havia operado num hidroavião, razão pela qual não julgava aconselhável minha participação no voo...; - diante das circunstâncias com que cercavam o convite, acabei por aceitar o encargo condicionalmente. Entristeceu-me sobremodo a ocorrência determinada pelo procedimento impatriótico de Arthur Cunha, que originou a interrupção do voo começado com tanta felicidade. Ao receber o convite para ocupar o lugar de Cunha, responderia imediatamente: Aceito tudo pelo Brasil, contudo, sendo Oficial da Força Pública, não poderia fazê-lo antes de obter a aquiescência das autoridades às quais estou subordinado”.
     
Em 25 de outubro o Jahú parte para Las Palmas (Ilhas Canárias/Arquipélago Espanhol), percurso feito com um dos motores rateando e desgaste na engrenagem da bomba de alimentação. Consegue pousar em Cabo Verde/Arquipélago Africano, Porto Praia/Cabo Verde Fernando de Noronha/Arquipélago Brasileiro, após cair a 100 milhas do arquipélago por ter rompido uma hélice, sendo o avião e os tripulantes salvos pelo navio “Angel Losi”. Em seguida voou para Natal (RN), onde no dia 14 de maio foi recebido com grande manifestação popular. Depois de passar quatro dias na cidade de Santos, sendo alvo de grandes homenagens por parte das autoridades e do povo, a audaz tripulação seguiu viagem com destino às águas da represa de Santo Amaro, considerada a última etapa daquela arrojada epopeia.
(*) Helcias Bernardo de Pádua é palestrante, escritor, presidente da AGMIB/Assoc. Grupo Memórias do Itaim Bibi, biólogo e professor. helciaspadua@yahoo.com.br
RECEITA DA DONA LOURDES
Recheio de berinjela com frango
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Ingredientes:
3 berinjelas grandes
300 g de peito de frango desfiado
200 g de queijo-de-minas ralado
3 tomates maduros
2 pés de cebolinha
2 dentes de alho picado
2 colheres de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de azeite de oliva
sal a gosto
Modo de fazer:
     
Depois de tirar as pontas corte as berinjelas ao meio no sentido longitudinal. Ponha-as de molho em água por uma hora. Escorra bem e coloque-as para cozinhar como um pouco de sal.
     
Retire agora o miolo delas e deixe-o de lado por enquanto, separado das conchas formadas pelas cascas.
     
Prepare agora o recheio: uma mistura feita com o miolo das berinjelas, o frango desfiado previamente cozido, os tomates picados, o alho e o sal.
     
Leve essa mistura ao fogo e cozinhe por 15 minutos. Por fim, misture o queijo-deminas ralado e preencha as cascas das berinjelas.
     
Coloque um pouco de manteiga sobre cada uma e a cebolinha picada. Ponha tudo numa assadeira untada com o azeite e leve ao forno por mais 15 minutos. Sirva com arroz. (Veganos podem usar carne vegetal no lugar do frango e tofu em vez de queijo-de-minas.)
Rendimento: até 6 pessoas.
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SAÚDE
Alcoolismo - doença que pode ser evitada
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A melhor maneira de evitar a doença do alcoolismo é evitar ingerir bebida alcoólica. Beber socialmente pode ser uma atividade à qual se tem dificuldade de escapar, principalmente entre colegas de trabalho ou de faculdade. Mas o grande perigo está nas bebidas destiladas, que levam ao alcoolismo doentio com o passar do tempo.
     
Antes do século XVI só havia bebida fermentada e ela era usada como alimento. As pessoas se embriagavam, certamente, em grandes festas, mas isso era diferente de se criar um hábito que levasse à dependência que destrói empregos e desmancha famílias, como ocorre hoje. As pessoas acostumadas a beber cerveja ou vinho não eram expulsas da família por isso. Mas hoje, junto à cerveja vem a caipirinha, o conhaque, o uísque e toda uma gama de destilados que deveriam ser usados como combustível, nunca como algo para ser ingerido por pessoas.
     
Isso significa que os dependentes de álcool podem de um momento para outro desistir dos destilados e passar a ingerir apenas vinho e cerveja, sem problema? Nada disso. Os dependentes de álcool buscarão na cerveja e no vinho suprir as quantidades que antes obtinham nos destilados, e isso quer dizer: doses cavalares. É melhor parar.
     
É difícil achar quem se mantenha no propósito de apenas beber cerveja e vinho, sem experimentar destilados. Por isso é que algumas religiões decidiram vetar destilados e fermentados, sob igual condenação, como é o caso do islamismo e das igrejas pentecostais.
     
Mas não é preciso fazer parte de uma religião que condene os fermentados para se abandonar o alcoolismo. O que é necessário é ter consciência dos danos que a bebida provoca. Se o cigarro incomoda as pessoas próximas por causa da fumaça, o álcool não tem esse defeito, mas o hálito de alguém altamente alcoolizado não é algo que agrade aos interlocutores.
     
Os bebedores experientes deixam de ficar tontos com o álcool, o que parece uma vantagem. Mas isso mostra apenas que a pessoa já está tão ambientada com a autodestruição que os sintomas iniciais que seu corpo apresentava já não conseguem se manifestar. Longe de ser uma vantagem, é uma armadilha, das mais traiçoeiras. Quando o bebedor não fica mais tonto, seu corpo não mais está respondendo ao perigo. Não tem mais prazer sexual, agindo apenas mecanicamente (um dos motivos pelo qual o cônjuge o afasta). Não mede mais consequência em relação aos gastos que tem de fazer para sustentar o hábito. Ele terá dificuldade de manter os amigos, a não ser os companheiros de infortúnio.
     
O melhor na vida é nunca experimentar um copo de destilado, essa invenção do inimigo.
     
Associação Alcoólicos Anônimos
     
Pág. 1: A foto de capa, de
autoria de Roldão Soares,
foi tirada na Casa de Cultura
do Butantã.
     
Pág. 6 – Caça-palavras:
Verticais: cor, hortas,
núcleo..., legumes,
verduras, rede. Horizontais:
suspensas, sabor, carnes,
trabalho, agricultor, ...de
consumo. Diagonais: suco,
frutas, CRSANS, leite.
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