EDIÇÃO 82


 

GAZETA CIDADÃ - Edição 82 (março de 2014) - 14 anos
gazetacidada@ymail.com / jornalgazetacidada@gmail.com

CAPA
Córrego Itararé tem obras sem transparência
Foto: Roldão Soares
Corrego

Obras na nascente do Córrego Itararé amedrontam moradores. Pág. 3.

Foto: Dirce Assis
Rede

Rede Butantã reuniu-se no Educandário. Pág. 6.

Plantio de árvores na Eliseu. Pág.6.



CONCURSOS

Embu das Artes abre 95 vagas

      A Prefeitura de Embu das Artes abre concurso para o preenchimento de 95 vagas, mais cadastro de reserva, através do Instituto Zambini. Os salários começam no valor de R$ 3.393,08, para profissionais de níveis fundamental, médio e superior.       Os cargos oferecidos são de de Oficial de Manutenção nas funções de Carpinteiro, Encanador, Marceneiro, Pedreiro e Pintor, Sepultador, Auxiliar de Saúde Bucal, Motorista, Agente Social, Técnico de Imobilização Ortopédica, Técnico em Saúde Bucal, Técnico em Segurança do Trabalho, Assistente Social, Cirurgião- Dentista/ Clínico Geral, C i r u r g i ã o - D e n t i s t a / Endodontista, Médico Clínico Geral, Ginecologista, Neurologista, Médico Socorrista, Pediatra, Urologista, Psiquiatra Infantil, Professor de Desenvolvimento Infantil e Professor de Educação Básica II - Artes.       As inscrições vão de 12 de fevereiro a 7 de março de 2014, no endereço eletrônico www.zambini.org.br .       As taxas de inscrição vão de R$ 33,60 a R$ 74,40.



Índice desta edição

EDITORIAL - Ano eleitoral: a decisão ................................................
Convivência no Ambiente Escolar .....................................................
Mistério no Córrego Itararé .........................................................
Novo papel na Cultura - Toufic Attar ................................................
Vila Gomes continua lutando por seu ônibus ..........................................
O Estádio - Diego Parma .............................................................
Poesia - Cacildo Marques ............................................................
Plantio de árvores na Eliseu ........................................................
Quarteirão consegue nova chance - Helcias Pádua......................................
Gêmeos devem estudar separados? .....................................................
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EDITORIAL

Ano eleitoral: a decisão


      Iniciam-se os preparativos finais para o lançamento das candidaturas às eleições federais de 2014. Ministros de Estado estão sendo substituídos, assim como os Secretários de Estado nas várias unidades da federação. Ao mesmo tempo, os partidos entregam-se às articulações finais com vistas a definir seus candidatos.
      De acordo com o sistema consagrado no final dos anos oitenta, vigente em grande parte do hemisfério sul e em países católicos da Europa, de eleição direta presidencial, as cúpulas partidárias já procuram fortalecer os nomes préselecionados para a disputa. Já são definitivos, ou quase isso, os seguintes candidatos: Dilma Rousseff (PT-reeleição), Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB-Rede), Ranfolfe Rodrigues (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Pastor Everaldo Pereira (PSC). Outros nomes de mini-partidos são praticamente inevitáveis, como os de Levy Fidelix (PRTB) e José Maria Eymael (PSDC).
      Para o governo de São Paulo as candidaturas prédefinidas até o momento são as de Geraldo Alckmin (PSDBreeleição), Alexandre Padilha (PT), Paulo Skaf (PMDB), Gilberto Kassab (PSD) e Vladimir Safatle (PSOL).
      Os candidatos ao Senado, à Câmara Federal e às Assembleias Legislativas são, dentro do presidencialismo, revestidos de menor importância, de modo que a população só saberá seus nomes após as convenções partidárias. Eleitos, sobra a eles a tarefa de cuidar das leis (e a maioria deles pensa que é só fazer novas leis, abarrotando com isso o cipoal legislativo que nos enreda) e, eventualmente, emparedar o governo, como ocorreu em outubro passado nos Estados Unidos, quando a oposição travou a aprovação do orçamento.
      Mesmo com tais limitações, o eleitor consciente não negligencia a escolha. Procura entregar as cadeiras do parlamento aos candidatos mais preparados e que apresentam plataforma favorável ao desenvolvimento econômico, educacional e organizacional do país. Votar em demagogos e mentirosos é o risco maior que o cidadão corre ao sentar-se na cadeira frente à urna eleitoral, pois só após quatro anos será chamado para corrigir o erro cometido naquela instância. A Lei da Ficha Limpa vigorará, mas ela sozinha não é suficiente para sanear a política.
      A Gazeta Cidadã não indicará um melhor nome ou um melhor partido a seu leitor. Tentará fornecer informações que ajudem na opção eleitoral. É ato de cidadania inteirar-se do histórico do candidato antes de tomar a decisão. Não é difícil distinguir uma pessoa que trabalha daquelas que apenas encenam que estão trabalhando. E entre os políticos assíduos e prestativos, é necessário distinguir quem tem agido com honradez. Boas escolhas significarão melhores chances de mudanças positivas no sistema.



EXPEDIENTE

Gazeta Cidadã

Presidente da Ong OCDC:
Cacildo Marques
Jornalistas Responsáveis:
Cidinha Finimundi - MTb 19045
e Roldão Soares Filho - MTb 37108

Editor: Cacildo Marques
Impressão:
Gáfica Abjad
Publicidade:
Toufic Attar

Colaboradores: Renata Polydoro, Maria de Lourdes Ferrarez Soares, Francisco Gonçalves de Oliveira, Rogério Chiavassa Neto, Frederico Lazarini Ferreira, Renato A. Ricardo, Toufic Attar, Werner Regenthal, Guilherme Bonfim, Werbster Gomide, Nilton Moura, Aída Schwab, Cidinha Finimundi, Fredi Jon, Sheyna Adamo, Diego Parma, Eliseu Gabriel, Dr. Raul Marinheiro Jr., Nabil Bonduki, Sandra Pandolfi, Luiz Gabriel Di Pieri, Loiola Carneiro, Viviana Bosi.

Redação: Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 (Cursão)
Endereço Eletrônico:
gazetacidada@ymail.com
jornalgazetacidada@gmail.com
As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
A Gazeta Cidadã (Jornal da Vila Sônia) é uma publicação da Organização Cultural de Defesa da Cidadania – OCDC





ENSINO

Convivência no ambiente escolar


      A Secretaria Municipal de Educação de São Paulo divulgou uma iniciativa que merece maior destaque. Trata-se do Projeto de Convivência no Ambiente Escolar, realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Assad Abdala, na Zona Leste.
      Segundo a diretora da unidade, Nelci Chiarato, “a ideia de um Projeto com o tema Convivência no Ambiente Escolar, teve seu início no ano de 2011, por meio de uma demanda da própria escola e teve a participação da direção, da coordenação, dos professores, funcionários, pais e alunos”.
      No início a escola procurou avaliar a qualidade de convívio no ambiente escolar, discutindo com alunos, professores, funcionários e pais, a importância de um ambiente escolar harmonioso. Após esta etapa determinou-se a construção de um projeto a ser desenvolvido no longo prazo, tendo como tema principal o respeito às diferenças. Na primeira etapa do projeto, a escola buscou identificar ideias, atitudes, e sentimentos dos educandos, educadores e pais a respeito dos conflitos que dificultavam a convivência na escola. Essas reflexões geraram um roteiro de debates entre os envolvidos acerca de como seriam estruturadas as próximas atividades com a participação ativa dos alunos.
      Para responder às questões levantadas foram realizadas formações e vivências com os professores em reuniões de trabalho, para que eles aplicassem estas dinâmicas com os alunos, e permitissem que eles compartilhassem suas experiências relacionadas aos conflitos gerados em razão de suas diferenças.
      De acordo com Nelci, “a intenção era que os alunos dialogassem entre si e com o professor, e que os procedimentos utilizados nestas vivências os ajudassem a se apropriar de estratégias para solucionar e minimizar os conflitos com os colegas de forma autônoma”.
      Também faz parte deste projeto à valorização do grêmio estudantil, a realização de saraus literários, a apresentação de peças teatrais, gincana cultural, show de talentos, passeios culturais, academia estudantil de literatura, participação da ação Aluno Protagonista da Diretoria Regional Penha e do Encontro Regional sobre o Meio Ambiente. Para o envolvimento das famílias, foram realizados encontros com atividades de reflexão e leitura sobre o tema convivência e incentivou-se o gosto pelo ato de ler.








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AMBIENTE

Mistério na obra no Córrego Itararé



      A população local quer saber que obra está sendo feita na nascente do Córrego Itararé, que fica atrás do Cemitério Gethsêmani.
      A Lei do Plano Diretor Regional de 2003 aprovou a criação do Parque Linear Itararé com o objetivo de r e q u a l i f i c a r ambientalmente o córrego e suas margens. O projeto de Parque Linear deve definir as intervenções no Itararé. Os moradores do local não sabem se as atuais obras no Itararé fazem parte da implantação do Parque.
      A Prefeitura deve favorecer o campo da transparência mostrando o projeto do Parque Linear Itararé, os planos de intervenção e quais as metas de curto e médio prazo. Cabe aos vereadores que defenderam a sustentabilidade como plataforma política procurar reunir-se urgentemente com o Conselho Participativo da Subprefeitura do Butantã, dando a merecida atenção e mostrando que defendem de fato a democracia p a r t i c i p a t i v a , acompanhando as questões de infraestrutura básica ligadas ao PDE Regional.
      O que se sabe é que um condomínio construído nas imediações recebeu autorização de órgãos do poder público municipal para realizar intervenção na nascente do córrego, e isso está sendo feito. Os antigos moradores das imediações estão apreensivos, porém, por não saberem que tipo de alteração essa obra acarretará. Há denúncias de o volume de líquido no leito do córrego aumentou por conta da chegada de nova rede de esgotos. Um trator tem alterado o traçado natural do córrego e há o temor de que venha em seguida a tubulação da nascente, pois grande quantidade de tubos de cimento de mais de um metro de altura está depositada no local. A reclamação é de que a cultura do tamponamento de córregos é coisa do século passado, além de que, se a obra é essa de fato, contraria o plano da Sabesp, que é a da limpeza dos cursos d’água, desde a nascente, como parte dos projetos de Parque Linear da prefeitura de São Paulo.
      Muitos moradores têm feito reuniões com técnicos da Subprefeitura do Butantã na expectativa de receber algum esclarecimento sobre os acordos feitos entre a prefeitura e a construtora responsável pelo condomínio, mas até agora têm surgido mais dúvidas que esclarecimentos.





PDE

Faltam as maquetes



      Plano Diretor Estratégico municipal e regional: cadê as maquetes e suas explicações? Intervenções urbanas em profundidade deveriam ser precedidas, obrigatoriamente, por uma exposição de maquetes, em determinada escala, bem explicativa e expostas em locais próximos às alterações pretendidas. Visíveis. Com um prazo razoável para ser analisado, criticado, contestado ou aprovado pelas populações locais e por quem consegue estabelecer publicamente motivos que comprovem nocividade ou danos ambientais graves.
      Só assim o poder público pode garantir a cidadania participativa e o trabalho dos Representantes dos Conselhos Participativos. Incluindo todos os setores que interferem na vida da cidade, saúde, educação, mobilidade urbana e lazer. É difícil entender porque tais medidas, correntes lá fora, nunca foram tomadas aqui. Em nome da transparência, do interesse público e da introdução de políticas públicas saneadoras de vícios passados, as maquetes permitem visualizar, mesmo ao público leigo, como será afetado o planejamento urbano.
(Toufic Attar)





COLUNA DO TEO

Novo papel na pasta da Cultura



      É preciso promover um amplo debate sobre o papel da cultura no Brasil, tornando possível delinear uma política de criação de empregos que venha atender a enorme demanda existente nos diversos segmentos que permitem conjugar a Cultura no plural, da música ao balé, do teatro profissional ao amador, da contação de histórias e leituras públicas à arte circense ou de todos esses atores anônimos que atuam no setor como uma das formas de dialogar com seu público e exercer seu papel socioeconômico.
      A cultura, neste caso, passa a ser um meio de entretenimento e de acesso ao lazer. Mas não se consegue definir claramente como sobrevivem os artistas que exercem a função. O convite ao debate é justamente para conscientizar sobre o quanto é importante este setor, denominado na língua francesa como ”intermitemps du spectacle”, bastidores do espetáculo, e seu mundo de atividades diversas (desde iluminadores a montadores de palco) que dão vida aos mais diversos festivais e eventos culturais do país.
      Torna-se necessário substituir a atual política baseada no trabalho voluntário, não remunerado, em vários casos. Ao nosso ver o voluntariado só é admissível quando exercido como atividade paralela, não essencial para suprir os ganhos de uma pessoa. Ser voluntário o tempo todo exige do sujeito uma independência financeira que lhe permita doar seu tempo disponível como bem entender. Poucas pessoas podem se dar ao luxo de trabalhar gratuitamente. É forçoso admitir que a ausência de uma política cultural de inserção social no Brasil acaba onerando quem mais precisa de um bom emprego: o próprio cidadão, brasileiro ou não, residente aqui, e quem faz de sua atividade um meio de sobrevivência e não um “métier”, como bem gostaria, tão digno como qualquer outro. Isso leva a uma dependência, nada positiva, da pasta da Cultura, em todas as suas instâncias. Quem atua nessa área acaba recorrendo a projetos que dependem exclusivamente de verbas provenientes das Secretarias de Cultura. E isto quando se enquadram nos pré-requisitos, devendo ainda correr atrás dos patrocinadores, o que nem sempre é tarefa fácil.
      É pensando nisto que apresentamos o assunto para amplo debate público, fugindo do círculo vicioso no tratamento da Cultura até agora. Necessitamos de nítidos avanços que possam transformar as Secretarias de Cultura, dando-lhe condições de agir e contribuir para desenvolver um dos papéis mais cruciais da atualidade: semear conceitos de igualdade cidadã como um dos princípios mais sagrados da atual Constituição. É a Cultura da Cidadania, única capaz de defender conceitos de dignidade humana e respeito mútuo em todas as etapas da vida. Desenvolver políticas de disseminação de conceitos caros a todos como liberdade, dignidade humana e trabalho de inclusão social, contrapondo-se à grave exclusão criada ao longo da história brasileira, é um dos inúmeros papéis da Cultura, ao lado da Saúde, da Educação, do Trabalho e do Lazer.

(*)Toufic Attar (Teo) é diretor de publicidade da Gazeta Cidadã e presidente da OCDC












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TRANSPORTE

Vila Gomes continua lutando pela Linha 577T Jardim Míriam


      Continua a luta dos moradores da Vila Gomes pela volta do ônibus Jardim Miriam. No dia 27 de fevereiro, quinta-feira, uma passeata saiu da Estação Butantã do Metrô e dirigiu-se à Praça Elis Regina, com o objetivo de conscientizar os moradores do Butantã sobre a luta da Vila Gomes. A comissão organizadora promete continuar pressionando as autoridades até que uma solução seja apresentada.







EQUIPAMENTOS CULTURAIS

O Estádio: hora do espetáculo


Diego Parma*


      Em meados da década de 1960, uma nova opção de localidade para shows surgia na cidade de Nova Iorque. O local era o Shea Stadium, estádio do time de beisebol New York Mets. O show histórico foi da banda inglesa The Beatles. De que outra forma seria possível receber 55.000 pagantes?!
      Desta maneira, desde então, o formato disseminou-se pelo mundo com incontáveis grupos de peso que foram surgindo durante as décadas posteriores.
      Na cidade de São Paulo não foi diferente. Considerado um dos maiores estádios do país, o estádio Cícero Pompeu de Toledo (tradicionalmente conhecido como estádio do Morumbi), foi e é utilizado para finalidades que transcendem o futebol.
      O Morumbi foi palco de eventos musicais de renome, como o Hollywood Rock e o Canta Brasil, nos anos de 1980 e 1990, além de ter recebido shows de bandas e cantores reconhecidos mundialmente, como Queen, Kiss, Rush, U2, Paul McCartney, Michael Jackson, Madonna, entre outros.
      Inaugurado em 1960, o estádio do Morumbi possui capacidade para aproximadamente 70 mil pessoas, e é, juntamente com o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, um dos lugares favoritos para concertos no país.

(*)Diego Parma é músico e escritor - diego.parma@hotmail.com








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COOPERATIVA

Edital de convocação da Assembleia Geral Ordinária



      A Cooperativa de Trabalhadores de Coleta Seletiva e Reciclagem RECICLA BUTANTÃ – CBPJ 10.281.986/0001- 79, convoca os seus cooperados para comparecerem à Assembléia Geral Ordinária, rua Nella Murari Rosa, 40 – Bairro Vila Albano, CEP 05543- 080, na cidade de São Paulo – SP, no dia 18/03/ 2014 (dezoito de março do ano de dois mil e quatorze), às 8 (oito) horas em primeira convocação, às 9 (nove) horas em segunda convocação com a presença de metade mais um dos seus sócios cooperados; ou em terceira convocação às 10 horas com a presença de, no mínimo, 1/5 (um quinto) de seus sócios cooperados em pleno gozo de seus direitos sociais, conforme Art. 19 do Estatuto Social, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: a) Prestação das contas do exercício de 2013; b) Destinação das sobras ou rateio das perdas; c) Eleição do Conselho Fiscal; d) Exclusão e adesão de sócios cooperados; e) Outros assuntos de interesse dos cooperados associados. São Paulo, 1 de março de 2014.





HUMOR

Os Clecs de Eno Teodoro Wanke - Filosofias Letras G a L


Gravidade. A lei da gravidade age mais sobre os velhos, que por mais tempo a suportaram.

Guardar. O que se guarda porque será necessário um dia, jamais será necessário, a não ser 24 horas depois de ser mandado para o lixo.

Guerras. A história da humanidade não é a história das guerras. Com estas se escreve a história da desumanidade.

Homem. Quando a natureza, num momento de depressão, resolveu suicidar-se, criou o homem, esse implacável destruidor.

Honra. Quem precisa de honra? Ora, o mérito.

Horizonte. O horizonte, apesar do nome, nem sempre é horizontal.

Humanidade. Falta à humanidade um pouco mais de humanidade.

Ignorância. A ignorância, ao contrário do saber, está sempre ocupando um lugar ao sol.

Importante. O importante não é o que acontece, mas o que contam do que acontece.

Inimigos. Ter só amigos não adianta nada. São os adversários e os inimigos que nos estimulam, aprimoram e dão valor.

Inutilidade. Haverá algo mais inútil que um despertador soando no cemitério?

Jornais. O vendedor de jornais da banca da esquina é um vendedor de ilusões efêmeras, porém periódicas.

Lascada. Antigamente houve a idade da pedra lascada. Hoje vivemos a idade da mentira lascada.

Linhas. Umas linhas nascem para empinar papagaios.





CANTINHO DA POESIA

Escreve poesia com olhos fechados: não deixes que escapem sonhos pelos dedos.


Verdurinhas

Cacildo Marques

Come brócolis sim,
Como tua mãe quer.
Cebolinha, aipim,
cenoura na colher.

Come alface, batata,
Almeirão, agrião
E até palmito em lata
Come junto com pão.

Come espinafre, aspargo,
Pepino, beterraba
E até jiló amargo
Come, senão acaba.

Come abóbora, vagem,
Melão, morango, uva,
E até arroz selvagem
Cultivado na chuva.

Come mamão papaia,
Banana, abacaxi,
Ovo, queijo e uvaia,
Feijão, fava e quiuí.

Come repolho, couve,
Ervilha, melancia,
Manga e tudo o que houve
No almoço desse dia.

Come enquanto és menino
Tudo o que a mãe pedir,
Não te mostres franzino,
Parecendo um faquir.







Ciclista
Renata Polydoro















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ACONTECEU

Notas daqui


Rojão. O cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, atingido na cabeça por rojão disparado por um ‘black bloc’ em manifestação dia 6/02, no Rio de Janeiro, faleceu no hospital (10/02).

Renúncia. O deputado Eduardo Azeredo (PSDBMG) renunciou ao mandato, após chegar ao STF a denúncia do ‘valerioduto’ mineiro, tentativa fraudulenta de financiamento da candidatura à reeleição de Azeredo ao governo de Minas Gerais em 1998 (19/02).

Delator. Roberto Jefferson, ex-deputado do PTB, beneficiário e delator do Mensalão, iniciou o cumprimento de sua pena de sete anos e catorze dias, no Rio de Janeiro (24/02).

Tortura. Manuel Aurélio Lopes, ex-escrivão do DOPS, afirmou, em depoimento à Comissão da Verdade, em Brasília, ter presenciado tortura de presos (25/02).

Adoniran. Faleceu o advogado Esnesto Paulelli, o Arnesto do Brás, personagem do samba “Arnesto” do sambista Adoniran Barbosa (26/02).

PIB. O Produto Interno Bruto do Brasil (PIB) cresceu 2,3% em 2013, acima das expectativas, puxado pelo setor de investimentos, mas refreado pela indústria, que cresceu apenas 1,3% (27/02).

Saúde. Encerraram-se no fim do mês as inscrições a candidatos a conselheiros das UBS-AMAs e supervisões regionais de saúde de São Paulo (28/02).




Notas dali


Temple. Morre nos Estados Unidos aos 85 anos a atriz mirim mais famosa do cinema, estrela de diversos sucessos, Shirley Temple (11/02). Itália. Matteo Renzi, exprefeito de Florença, é confirmado como premier da Itália. após voto de desconfiança do parlamento ao antecessor Enrico Leta (16/02).

Venezuela. A Miss Venezuela Génesis Carmona foi assassinada com um tiro na cabeça enquanto marchava participando de um protesto contra o governo (18/02).

Whatsapp. O aplicativo Whatsapp, de celulares e smartphones, foi comprado pelo Facebook por 19 bilhões de dólares (19/02). Ucrânia. Com a fuga do presidente Viktor Yanukovitch, tomou posse o presidente interino da Ucrânia. Oleksander Turchinov, indicado pelo parlamento (24/02).

Separatismo. A região da Crimeia, no sul da Ucrânia, ameaça chamar plebiscito para tornar-se independente (24/02).

México. Faleceu o violonista espanhol Paco de Lucía, divulgador e aperfeiçoador do flamenco, que estava em viagem ao México (26/02).

Arizona. A governadora do Arizona, nos EUA, Jan Brewer, vetou projeto de lei que permitia às empresas recusar-se a contratar empregado homossexual alegando motivos religiosos (27/02).







RADAR

Rede Butantã fará reunião no Sapé - Rio Pequeno


      A reunião de março da Rede Butantã de entidades sociais será no dia 12, das 9 às 12 h, no Plantão Social do Sapé, Av. Waldemar Roberto, 863 - Final da Av. Rio Pequeno. Serão muitos temas, com destaque para a questão da mobilidade urbana.
      No mês de fevereiro a reunião ocorreu no Educandário Dom Duarte, onde o PIDS-DRT, entidade que luta pela melhoria do Distrito Raposo Tavares, apresentou vídeo e transparências sobre as realizações e as intervenções na região.



Associação Comercial realizou palestra sobre SPED


      Uma das maiores expectativas e preocupações das empresas e da categoria contábil para este ano é a implantação do novo módulo do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital, que abrangerá dados fiscais, trabalhistas e previdenciários. Para esclarecimentos sobre a questão a Associação Comercial de São Paulo - Distrital Butantã - e o SESCON-SP Sub-Regional Oeste da Capital realizaram palestra sobre o assunto, no dia 25 de fevereiro.
      O tema foi ministrado pelo Diretor da AESCON-SP, Marcos Feijó Felipe, Empresário Contábil com Pós-Graduação em Controladoria de Gestão e Bacharel em Ciências Contábeis e em Ciência da Computação.





URBANISMO

Plantio de árvores na Ciclovia da Eliseu


      Minha primeira árvore foi um pé de abacateiro, quando eu tinha nove anos de idade. Desde então não parei. Isso se tornou um hobby.
      Eu normalmente planto em lugares onde existe um pedaço de terra, mas em alguns casos, como perto de casa, eu quebrei várias calçadas e “criei” um espaço nas calçadas para plantar árvores.
      Incomoda-me morar em uma cidade como São Paulo e ver que nas calçadas das casas quase ninguém planta árvores, principalmente em bairros da periferia. Todo mundo coloca a culpa na Prefeitura, ou no governo do Estado, mas na minha opinião eles mal conseguem cuidar de algumas árvores em praças.
      Eu acredito na iniciativa individual. É um problema cultural. Todas as crianças devem ser conscientizadas na escola de que plantar árvores deve ser uma prática fora das salas de aula, junto com a reciclagem de lixo, por exemplo.
      Quando eu viajo para fora do Brasil vejo que mesmo em cidades do porte de São Paulo é costume se ter uma árvore na frente de cada casa. Por exemplo, Santiago do Chile, Montevidéu, Paris, etc.
      Eu acho que deveria existir uma lei nas cidades brasileiras para as pessoas plantarem uma árvore na frente de suas casas, e que houvesse desconto de IPTU, por exemplo, para incentivar isso. Eu acredito que três árvores por habitante de cada cidade já trariam um bem-estar enorme para a saúde física e mental. No caso de São Paulo temos em torno de 18 milhões de habitantes. Portanto, falta plantar muitas árvores ainda.
      Das árvores que eu planto, algumas eu compro, algumas eu ganho, outras eu produzo a partir de sementes de manga, por exemplo. Não precisa ter muito espaço. Morando em casa ou apartamento, as pessoas podem reservar um cantinho onde tenha sol, e fazer um berçário de árvores.
      Quando se vai plantar uma árvore na rua, como é difícil de se cuidar, o ideal é plantar nos meses onde há chuva em abundância, que, no caso de São Paulo, vai de dezembro à março. Outra coisa importante é esperar a muda chegar a um metro se possível. Por incrível que pareça, funcionários da prefeitura, quando vão capinar uma praça, acabam cortando “acidentalmente” as árvores muito pequenas.
      Outra coisa importante é colocar adubo nas mudinhas, durante o ciclo de berçário, para elas resistirem e vingarem, quando forem para a rua. Fábio Nano (11-99172-3371)












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O ITAIM BIBI EM FOCO

Quarteirão consegue novo julgamento no Condephaat


Helcias Pádua*

      No dia 24 de fevereiro de 2014 estava pautado, na reunião mensal entre os membros do Condephaat, o julgamento da nossa contestação sobre o parecer apresentado pelo conselheiro, membro relator: Victor Hugo Mori, o qual apontava somente o “tombamento parcial” da área do “Quarteirão da Cultura do Itaim Bibi”, ou seja, os espaços exclusivamente ocupados pela Biblioteca Pública Anne Frank e o Teatro Décio de Almeida Prado, esquina com a Rua Cojuba.
      Com isso todos os seis equipamentos públicos restantes, espalhados pelo enorme espaço do quadrilátero objeto - a Escola Municipal de Ensino Infantil Tide Setubal, o Centro de Educação Infantil Santa Teresa de Jesus, a Unidade Básica de Saúde, a Escola Estadual Prof. Ceciliano José Ennes, o Centro de Atenção Psicossocial CAPS III e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais APAE - ficariam disponíveis para futuras e possíveis negociatas com as incorporadoras, como é desejo da JHFS Incorporações.
      No lugar seriam erguidos espantosos e sofisticados prédios residenciais, semelhantes ao lado do que já se constrói ao lado do lote municipal ocupado pela APAE e vizinho a dois outros lotes particulares na Av. Horácio Lafer.
      Coincidentemente, os restantes 80% do terreno pertencente à prefeitura de São Paulo, excluído pelo relator da análise técnica do processo CONDEPHAAT, caso tivéssemos o tombamento total, obedecem precisamente ao projeto apresentado pela incorporadora à PMSP, em 2011, o qual foi acastelado em reunião no mesmo ano pelo então Secretário Municipal Marcos Cintra ao CONDEPHAAT.
      Inicialmente, o espaço seria ocupado por quatro novos sofisticados edifícios, além do já em construção, o faustoso Edifício Vitra. Os dois lotes restantes, esquina com a Rua Lopes Neto, seriam futuramente tomados por tantos outros prédios.
      Felizmente, graças à rápida e firme ação da Comissão Jurídica do Movimento Popular em Defesa do Quarteirão da Cultura/ SOS Itaim Bibi, em janeiro de 2014, apresentou-se intensa contestação, parcialmente aceita e pautada pelo Condephaat para posterior análise.
      O incrível é que a divulgação da pauta da última reunião (24/ 02/14) apenas ocorreu no dia 19/ 02/2014, ou seja, cinco dias antes da mesma, período esse ocupado por um final de semana, sem que fosse exposto publicamente o texto do parecer do relator.
      Porém, nós do SOS Itaim Bibi, atentos como sempre, contando com o apoio e colaboração de todos os componentes desse movimento, da comunidade itahyense, das instituições civis parceiras e principalmente dos usuários, pacientes, funcionários, alunos e pais de alunos que frequentam as unidades públicas que compõem o “Quarteirão da Cultura”, conseguimos marcar presença na reunião desse primeiro julgamento.
      Tal ato, demonstrativo de união, coragem e de total conhecimento das necessidades e importâncias que direcionaram o pedido de “tombamento total” do quadrilátero, conduziu para que fossem contemporizados a análise e o respectivo julgamento pelos membros conselheiros do Condephaat. Ressalta-se a corajosa posição da nossa comissão jurídica, como também a intervenção do representante do Ministério Público, um dos componentes desse conselho.
      A implicação culminou com o “adiamento”, com audiência agora agendada para o próximo dia 10 de março de 2014, na mesma sala do Condephaat, sito à Rua Mauá, 51, bairro da Luz, prédio da Secretaria de Estado de Cultura, ao lado da Sala São Paulo, prédios da antiga Estação Ferroviária Júlio Prestes.
      Com certeza, estaremos lá, portando faixas e camisetas identificadoras, numa atuação serena, atitude adotada desde novembro de 2010, quando do início desse movimento, por sinal marcando todas as nossas mobilizações.

(*) Helcias Bernardo de Pádua é biólogo, jornalista e presidente da AGMIB/Assoc. Grupo Memórias do Itaim Bibi, biólogo e professor. helciaspadua@yahoo.com.br





RECEITA DA DONA LOURDES

Travessa de berinjela com parmesão


Ingredientes:

1/2 colher de manjericão seco
3 berinjelas grandes
1 colherinha de orégano seco
2 ovos
6 xícaras de molho de tomate
1 xícara de creme de leite
3 xícaras de miolo de pão
1 maço de cebolinha
1 1/2 xícara de mussarela
1 xícara de parmesão
azeite de oliva
sal a gosto

Modo de fazer:


      Corte as berinjelas em fatias longitudinais e frite-as no azeite de oliva, com sal e orégano. Bata os ovos e misture-os ao molho de tomate e ao creme de leite e deixe reservado. Pique o miolo de pão e faça uma primeira camada no fundo de um refratário, cobrindo-a com molho. Depois faça uma camada de mussarela e uma de berinjela. Vá repetindo as camadas. Por fim, pique a cebolinha e distribua-a com o manjericão sobre a travessa. Polvilhe agora o parmesão ralado. Leve ao forno.

Rendimento: 4 pessoas.





Plantão saúde natural:


PLANTAS

      Para problemas de tireoide, fucus vesiculosus.










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FAMÍLIA - GÊMEOS

Alunos gêmeos devem estudar em classes separadas?


Jemima Pompeu*

      Com o inicio de mais um ano letivo, algumas mães me procuraram lamentando que algumas escolas estivessem separando alunos gêmeos, para que estudem em salas separadas. Afinal, existe lei que não permite que irmãos gêmeos estudem juntos? Então, entrei em contato com a Secretaria Estadual de Educação do Estado de São Paulo – que me encaminhou para a Diretoria de Ensino. A referida instituição afirmou via e-mail que não existe lei em âmbito federal, estadual ou municipal que proíba irmãos gêmeos de estudarem juntos. Portanto, as escolas podem sugerir a separação, mas não podem impor. Somente os pais devem decidir se seus filhos vão ficar em turmas diferentes ou não.
      Entretanto, como gêmea, penso que irmãos gêmeos não devem ser separados (principalmente os idênticos), exceto se eles próprios fazem essa escolha. Minhas pesquisas mostram que 90% dos casos onde alunos gêmeos foram separados, o resultado foi desastroso. Acredito que os eventuais problemas causados pelo fato de irmãos gêmeos estudarem na mesma classe são infinitamente menores do que aqueles causados por uma separação imposta. A vida já se encarrega de separar os gêmeos naturalmente – não há necessidade de interferir precocemente numa relação que tem dinâmica própria, é complexa e entrelaçada mesmo. Todavia, cada família deve saber qual é a melhor decisão a tomar, considerando também a idade dos seus filhos gêmeos.

(*) Jemima Pompeu é autora e editora de acervo sobre gêmeos



CONVOCAÇÃO

Convocação para Assembleia Geral


      A SAVIMO - Sociedade Amigos de Vila Morse - CNPJ 43.779.818/0001-00, convoca os associados para a Assembleia Geral Extraordinária a ser realizado no dia 15 de março, sábado, às 16 horas, na Creche Dom José Gaspar, à Rua Áurea Batista dos Santos, 703, para tratar da reativação da entidade, cujas atividades estiveram paralisadas desde 1998. Roldão Soares Filho, presidente da diretoria eleita em 1996.









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