EDIÇÃO 85


 

GAZETA CIDADÃ - Edição 85 (junho de 2014) - 15 anos
gazetacidada@ymail.com / jornalgazetacidada@gmail.com

CAPA
Há ganhos no transporte, mas falta muito
Foto: Cacildo Marques
MGregori FeiraDaSaude
Márcia Gregori expõe demandas de transporte do Butantã em reunião. **** Músicos se preparam para apresentação na Feira da Saúde. Pág. 6.

Moradores pintam escadaria para a Copa. Pág. 2.



CONCURSOS

Prefeitura de Osasco tem 3.215 vagas

      A Prefeitura de Osasco preencherá 3.215 vagas nos setores: Administrativo, Edu-cação, Saúde e Segurança. Com salários que vão de R$ 767,42 a R$ 4.738,38, o concurso é aberto a candidatos de todos os níveis de escolaridade, e está sob responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas.       No setor Administrativo são 90 vagas para Analista de Recursos Humanos, Bibliotecário, Fiscal Tributário – 1ª Classe, Assistente Social, Psicólogo e Nutricionista Nível Superior); 320 vagas para Agente de Trânsito, Agente Fiscal – 1ª Classe, Atendente e Oficial Administrativo (Nível Médio Completo); 15 vagas para Agente Funerário (Nível Médio Incompleto); 155 vagas para Motorista de Transportes Leves, Motorista de Transportes Pesados e Motorista de Funerária (Nível Fundamental Completo); 644 vagas para Ajudante Geral, Auxiliar de Serviços Gerais, Auxiliar de Copa e Cozinha, Coveiro, Cozinheiro, Jardineiro, Carpinteiro, Eletricista, Enca-nador, Marceneiro, Pedreiro, Pintor e Serralheiro (Nível Fundamental Incompleto).       Para a Educação são 250 para Professor de Educação Básica I (PEB I), 108 para Professor de Educação Básica II (PEB II), 440 para Professor de Desenvolvimento Infantil I (PDI I), 100 para Inspetor de Alunos e 120 vagas para Oficial de Escola.       No setor de Saúde, são 95 para os cargos de Médico Diarista (diversas especialidades), 120 para Médico Plantonista, 188 para Enfermeiro (especialidades), Farmacêutico, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo e Terapeuta Ocupacional (Nível Superior), 300 vagas para o cargo de de Técnico de Enfermagem (Nível Médio) e 50 para de Motorista de Ambulância (Nível Fundamental).       Em Segurança, são 100 para Guarda Civil Municipal – 3ª Classe (Masculino), para Guarda Civil Municipal – 3ª Classe (Feminino) Médio Completo), 70 para os cargos de Vigia Classe (Masculino) e Vigia Classe (Feminino) e 10 de Agente de Defesa – 1ª Classe (Nível Fundamental Completo).       As inscrições vão junho a 7 de julho de 2014, página da FGV, com inscrição que variam 35 a R$ 60. Confira: fgv.br/fgvprojetos/concursos/prefeituradeosasco.



Índice desta edição

EDITORIAL - O trabalho servil para o poder...........................................
Polônia surpreende no exame do PISA..................................................
As marcas num idoso - Geraldo J. Cunha...............................................
Em memória da I Guerra Mundial - T. Attar............................................
Nahu e Festa Junina da Casa de Cultura...............................................
O IPEN - Diego Parma.................................................................
Dinho Nascimento toca na COPA........................................................
Poesia - Cacildo Marques ............................................................
Butantã reivindica melhoria no transporte............................................
Travessa Alex Vallauri- Helcias Pádua................................................
Rivalidade entre gêmeos - Jemima Pompeu..............................................
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EDITORIAL

O trabalho servil para o poder


      Em 1994 foi sancionada a Lei do Voluntariado. Pode ter havido boa intenção na criação desse dispositivo, mas o fruto não foi nada sadio.
      De acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), se um cidadão contrata outro para fazer qualquer trabalho, a pessoa que trabalhou pode cobrar pelo serviço prestado, mesmo que o contrato tenha sido feito apenas oralmente. Para que um trabalho voluntário não venha a se transformar em transtorno para o beneficiário, a lei de 1994 veio preencher a lacuna. Por exemplo, se o leitor é diretor de um clube de boliche e os vizinhos são convidados a ajudar na construção de um muro em volta dele, para se prevenir de futuras cobranças é conveniente pedir que eles assinem um documento de trabalho voluntário.
      O lado negativo da lei foi o encontro com uma péssima tradição brasileira: trabalhar para o Estado sem remuneração. Um artigo do Estatuto do Servidor Público do Estado de São Paulo proibia explicitamente es-sa prática. Como uma lei federal se sobrepõe a leis locais, aquele dispositivo de 1994 atinge em cheio o espírito da norma estadual, e isso não deveria ocorrer.
      O voluntariado jamais deveria ser permitido em situação em que o beneficiário é o poder público, que tem obrigação de remunerar seus servi-dores efetivos e de pagar por serviços avulsos, feitos por parte de quem não é servidor.
      Conselheiros eleitos, seja para os órgãos de saúde, de educação, de secretarias diversas ou de subprefeituras, devem receber jetons pelas reuniões de que participam. Também artistas que atuem em atividades do poder público precisam ser pagos. Isso significa afirmação do compromisso que devem devotar em seu mister. Mas, muito além disso, representa o respeito que o poder público tem para com o cidadão. Não é apenas para recapear o asfalto das ruas ou para construir escolas que o Estado arrecada impostos. Sim, é para construir e manter obras públicas, mas principalmente para remunerar seus servidores, civis e militares.
      O sentido da necessidade de o poder público pagar pelos serviços que lhe prestam é bem claro: o trabalho voluntário que tenha o Estado como beneficiário é intrinsecamente mal-intencionado. Certamente, não se negará um apoio em caso de emergência, quando necessário, como quando se tem de agir antes da chegada dos bombeiros. Mas se o Estado estiver sistematicamente precisando dos préstimos voluntários do bom samaritano, tem-se um órgão sanguessuga por desmazelo, e é melhor que ele seja substituído por outro tipo de instituição.



EXPEDIENTE

Gazeta Cidadã

Presidente da Ong OCDC:
Cacildo Marques
Jornalistas Responsáveis:
Cidinha Finimundi - MTb 19045
e Roldão Soares Filho - MTb 37108

Editor: Cacildo Marques
Impressão:
Gáfica Abjad
Publicidade:
Toufic Attar

Colaboradores: Renata Polydoro, Maria de Lourdes Ferrarez Soares, Francisco Gonçalves de Oliveira, Rogério Chiavassa Neto, Frederico Lazarini Ferreira, Renato A. Ricardo, Toufic Attar, Werner Regenthal, Guilherme Bonfim, Werbster Gomide, Nilton Moura, Aída Schwab, Cidinha Finimundi, Fredi Jon, Sheyna Adamo, Diego Parma, Eliseu Gabriel, Dr. Raul Marinheiro Jr., Nabil Bonduki, Sandra Pandolfi, Luiz Gabriel Di Pieri, Loiola Carneiro, Viviana Bosi.

Redação: Rua Dr. Silvio Dante Bertacchi, 429 (Cursão)
Endereço Eletrônico:
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As matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva de seus autores.
A Gazeta Cidadã (Jornal da Vila Sônia) é uma publicação da Organização Cultural de Defesa da Cidadania – OCDC





ENSINO

Polônia surpreende no exame do PISA


      Um quase-mistério ocorreu na Polônia nos últimos tempos e isso pode servir de lição a outros países, principalmente aos países de formação católica, como a própria Polônia, e que carecem de muito esforço para melhorar seus sistemas de ensino.
      O que ocorreu é que o desempenho dos adolescentes poloneses no exame do PISA, da OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico -, que mede o conhecimento em Ciências, Linguagem e Matemática, ficou muito acima do esperado, tendo representado um salto, nos últimos anos.
      Muitos teóricos da área da educação estão com dor de cabeça por não conseguirem explicar essa mudança, numa época em que os países da União Europeia enfrentam grave crise econômica.
      Mas não há mistério, se olharmos para a história recente do país.
      O que se verificou na Polônia entre 2010 e 2011 foi apenas a correção de um grande engano que os políticos tinham cometido, e que tiveram a coragem e a humildade de reconhecer sua falha. Dez anos antes, o Parlamento aprovou uma medida temerária, atendendo a ditames demagógicos: Matemática não seria mais uma disciplina no ensino básico, mas apenas uma atividade, cuja avaliação não interferiria mais na progressão acadêmica dos estudantes. Na prática, se o aluno não estudasse a disciplina, ele “passaria” de ano com base no desempenho das outras. Matemática, enfim, deixaria de ser o “bicho-papão”.
      No entanto, diferentemente do que se fez por aqui, quando os alunos foram dispensados de estudar certas disciplinas sem que se desse nome aos bois, lá os parlamentares acompanharam o desenrolar dos fatos. O que foi observado, e não poderia ser de outro modo, é que os alunos não estavam estudando mais nada, nem Matemática, nem nenhuma outra matéria que exigisse dedicação. Horrorizados, os políticos poloneses revogaram a “dispensa” da Matemática. O país, de um péssimo desempenho no início do século, passou em poucos anos a ter o sucesso que toda gente que estuda seriamente merece.





Moradores limpam e pintam escadaria para a Copa


      Alguns moradores da Rua Ordenações Filipinas decidiram limpar e pintar a escadaria que desce da Praça Cidade de Lisboa, próxima ao Condomínio Quintas do Morumbi.
      Em regime de mutirão, foi pequeno o tempo gasto para o serviço, que visa deixar a rua e a escada prontas para que a turma possa torcer nos jogos da Copa em frente às próprias casas.








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CIDADANIA

As marcas num idoso


Geraldo José da Cunha*

      Recebi uma carta de Minas Gerais no mesmo dia em que tomei posse no Conselho do Idoso, carta de minha irmã falando da visita inesperada a meu cunhado de 80 anos de idade de uma leva de candidatos a deputado federal; deputado estadual e governador daquela unidade federativa. Quando criança ele foi beijado pelos avós dos políticos beijoqueiros e ouvia promessas feitas a seus pais, que logo em seguida levaram um chute no traseiro, pois morreram sem se aposentar. No mesmo dia e horário estava eu sentado numa cadeira recebendo de ilustres mandatários orientações de como me comportar diante dos digníssimos senhores vereadores.
      Tenho como hábito agradecer todos aqueles que confiam em mim. Fiz uma simples faixa agradecendo o pessoal da Cohab Raposo Tavares, meus vizinhos, e o Prof. Cardoso, que foi diretor da Poli. De repente surgiu do nada uma senhora tentando arrancar das minhas mãos esta homenagem. Que susto! Como estreante no local fiquei assustado, pois a corredora e mantenedora da moral e dos bons costumes havia sido eleita na mesma região Centro-Oeste, na qual o cara-pálida aqui disputou e venceu. O nome dessa pessoa requer uma confirmação para não ser injusto com quem respeita a idade em qualquer lugar. Publicarei após consultar os vídeos e gravações do local.
      A vida é dura! Ao partir para a luta dei de cara com um pólo cultural que pertence a todos e passando por reforma e notei que minha presença não era o sonho de costume, pois eu não pertenço a essa classe social dos presentes e recebo a segunda censura - a primeira tendo sido dos militares -, esperando a última da senhora Nanci. Que talvez esteja no local errado. As pessoas que me dão suporte jurídico da legalidade deram-me a orientação de não fazer de pronto uma representação no judiciário, pois a mesma fez retratação gravada, para não ficar no disse-me-disse. A bandeira que me levou a ser conselheiro não vai ser abandonada e para isso conto com todos aqueles que verdadeiramente pensam no lazer e veem as demandas do conhecimento como um bem necessário, as universidades abertas, mais quatro pólos culturais, um por cada região, e a melhoria na preparação física, contratando pessoas habilitadas, pois cuidados com idoso e crianças não podem ser tocados por pessoas sem a devida formação, cabendo aos governantes fornecer a qualificação e estrutura necessárias.

(*) Geraldo José da Cunha – Geraldinho - é membro do Conselho do Idoso, região Centro-Oeste





LANÇAMENTO

EFEITO RAVENA - o golpe foi civil


Efeito-Ravena

      O autor recorre à liberdade de expressão para tentar sacudir o marasmo político atual, quando, no imaginário popular, todos os partidos parecem iguais, todos os eleitos são suspeitos de legislar em causa própria, enquanto surgem manifestações pró-Reforma Política e até trazendo velhas idéias com roupas novas. Cacildo Marques tem o mérito de abordar questões essenciais na vida política brasileira, com referências globais, que precisam ser discutidas abertamente, publicamente, e ver no que suas ideias e propostas podem abrir caminhos para um Brasil que todos sonhamos e que foi tornado inviável apesar de todas as suas riquezas naturais, mesmo tendo propiciado a milhões de imigrantes vindos de todos os horizontes a segunda chance que tanto procuravam em tempos sombrios nas suas terras de origem. Vale a pena ler para debater à exaustão idéias e soluções.
(Toufic Attar - Teo)





HISTÓRIA

Em memória da Primeira Guerra Mundial


Toufic Attar*

      Verdadeiro Inferno na Terra: 1914 –1918. Cem anos depois: 1914 – 2014. Achamos um dever de memória não permitir que essa tragédia humana fique no esquecimento. Os números e as conseqüências marcaram a história dos séculos XX e XXI.
      No dia 28 de Junho de 1914 começava a Grande Guerra. O fim do conflito, em alguns “fronts”, durou até 1923, com o Tratado de Lausanne, Suiça.
      Quatro anos depois, em 1918, o mundo era outro: dilacerado, varrendo dinastias e impérios que escreveram a história dos últimos séculos, semeando mortes e desgraça por todos os lados, aos milhões. Perto de 18,6 milhões de vítimas, metade civil, metade militar. Milhões de lares destruídos e de famílias destroçadas. Milhões de viúvas, órfãs e pensionistas. Os sobreviventes, os heróis de cada lado, vencidos ou vencedores, voltaram para casa com imagens terríveis nas suas cabeças. Foi inclusive ali, nos fronts, que o hábito de fumar foi incentivado como alívio aos soldados cansados, deprimidos, com distribuição generosa de cigarros. Naquela época a casa era a Pátria e se morria por ela! Para confirmar este fato tivemos ali o Judeu francês morrendo pela França, o prussiano pela Prússia, o inglês pela Inglaterra, o judeu italiano e norte-americano servindo com orgulho patriótico suas bandeiras! É importante lembrar este aspecto que a diferencia da II Guerra Mundial, quando todo judeu, de qualquer nacionalidade, foi declarado culpado de pertencer às suas origens. Na Primeira Guerra doar a vida pelo bem da Pátria era a coisa mais natural que existia. Quantas mortes úteis, quantas mortes vãs? Jamais ninguém vai saber.
      Um das conseqüências diretas foi o surgimento de milhões de desenraizados levados a migrar em busca de novos horizontes. O mais longe possível do inferno. Deixem-me viver! Deem-me uma nova chance, clamavam esses que conseguiam fugir dos infernos espalhados pelos quatro cantos do mundo, do Atlântico até o Pacifico. Os ventos da guerra já estavam escrevendo o futuro, o novo caminhar do mundo. Os heróis acreditaram que essa seria a última guerra, aquela que traria a paz, a liberdade e gloriosos futuros.
      Foi apenas o tempo de uma trégua, de um rearmamento estratégico e ofensivo para reacender o fogo das armas. Mal terminou a derrota do Eixo (Alemanha e aliados) em 1918 e já estava sendo montado o cenário da Segunda Guerra Mundial (39-45). Ambas iriam legar ao mundo um dos quadros mais escuros dos tempos modernos e alimentariam aquela outra guerra silenciosa que iria durar mais de 60 anos e levar confusão e guerras regionalizadas a todos os continentes, a Guerra Fria, com consequências diretas nas políticas locais, sendo o Brasil apenas um dos casos, perdurando até hoje problemas atuais que têm suas raízes nesse passado não tão longínquo afinal.
      Até 2018 estaremos atravessando este Centenário. Seria interessante reanalisar legados positivos e negativos dos quais destacamos um em particular aqui: o acesso da Mulher ao trabalho remunerado foi uma contingência de uma época que viu a mão de obra masculina ir para a guerra deixando vagos postos que deveriam ser necessariamente preenchidos, sem nenhuma melhoria salarial permitindo equiparar ambos os salários, masculinos e femininos. Todavia foi o inicio de uma revolução que reconheceu na mulher competências de cargos e novos direitos, o de votar e de serem eleitas.

(*) Toufic Attar (Teo) é presidente da OCDC e diretor de publicidade da Gazeta Cidadã












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CULTURA

Sarau do Nahu e Festa Junina da Casa de Cultura


      Nahu. Foi lançado no Butantã o Sarau do Nahu, que teve sua primeira edição no dia 21 de maio, das 19h às 21h30. O Nahu é o Nahu Hostel, parceiro cultural e anunciante desta Gazeta Cidadã. É uma casa de hospedagem que já se consolidou no serviço de atendimento a jovens que chegam de outros Estados e de outros países para estudar nesta região da capital de São Paulo, principalmente na USP.
      A participação dos estrangeiros e dos estudantes de outras regiões do Brasil deu um tom especial ao Sarau. Gente de Brasília, de Porto Alegre, de Lima, de cidades dos Estados Unidos e da Europa mostraram sua cultura através de poemas, canções e histórias, e prometem enriquecer mais ainda os próximos encontros.
      Por falar nisso, o Sarau de junho ocorre no dia 18, também às 19h (Rua Marinha de Moura Pimenta, 354).
      Casa. Também o Sarau da Casa de Cultura do Butantã esteve muito concorrido em sua edição de maio, que teve lugar no dia 31, sábado. Cláudio Felício, diretor da Casa de Cultura, convida a todos para o de junho, que será no dia 28.
      Junina. A Festa Junina da Casa de Cultura do Butantã será realizada nos dias 14 e 15 de junho, das 14h às 21h. Em meio a muitas barracas de comidas típicas, várias bandas e várias cantoras estarão mostrando seu trabalho musical, entre as quais Anos Dourados, Rephorma Geral, Nuvem Negra, Calango Brabo, Clóvis Ribeiro, Ideologia Fatal, Marta Correa, Sandra Ricioli. O endereço da Casa de Cultura do Butantã é Rua Junta Mizumoto, 13 – ao lado do posto de saúde da Av. Eliseu de Almeida.





EQUIPAMENTOS CULTURAIS

O IPEN


Diego Parma*


      Realizando pesquisas científicas e tecnológicas, contribuindo para a formação e especialização de técnicos e cientistas para o setor nuclear e prestando serviços à comunidade na esfera de sua competência, o IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), localizado na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (USP), foi fundado em 1956.
      Alem disso, desde 1998, o instituto abriga o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), para estimular projetos inovadores. Assim, estreita os laços entre empresas e instituições de pesquisa. O Cietec é uma iniciativa que reúne a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Eco-nômico, Sebrae-SP, USP, IPT, IPEN e MCTI.
      Vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e gerido técnica e administrativamente pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o IPEN caracteriza-se pela multidisciplinaridade das variedades que desenvolve nas áreas de saúde, meio ambiente, reatores nucleares, segurança ra-diológica, aplicações de técnicas nucleares, materiais e fontes alter-nativas de energia. O conhecimento gerado por seus pesquisadores e técnicos resulta em produtos e serviços de alto valor econômico e estratégico para o país.

(*)Diego Parma é músico e escritor - diego.parma@hotmail.com








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COPA

Dinho Nascimento toca na Copa



      “Dinho Nascimento & Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene”, conjunto de música típica brasileira, sediada no Butantã, foi selecionado no Concurso Cultura 2014, do Ministério da Cultura, para realizar uma série de espetáculos musicais na Cidade de São Paulo, com o propósito de difundir a cultura brasileira durante os jogos da Copa.
      Dinho Nascimento e a Orquestra de Berimbaus do Morro do Querosene são conhecidos internacionalmente, tendo-se apresentado ano passado nos Estados Unidos, e em várias capitais brasileiras.
      O espetáculo mostrará música brasileira de raiz, numa combinação de timbres de berimbaus afinados e agrupados em naipes, percussão, vocais, palmas e efeitos.
      Em duas datas haverá a participação especial do grupo Treme Terra, que ano passado fez turnê pela Alemanha e Bulgária, com seus seus tambores e sons africanos.
      Dia 13/06, sexta-feira, 20h - CEU Uirapuru: Rua Nazir Miguel, 849 – Jd Paulo VI (divisa com João XXIII e Jd Arpoador)
      Dia 15/06, domingo, 16h (com Treme Terra) - Rua da Fonte, s/n - perto da Av. Corifeu de Azevedo Marques - Morro do Querosene
      Dia 27/06, sexta-feira, 21h - Espaço Cachuera: Rua Monte Alegre, 1094 - Perdizes.
      Dia 06/07, domingo, 15 h (com Treme Terra) - Praça da República
      Dia 10/07, quinta-feira, 19h - Praça Wilson Moreira da Costa (Jd Japão) - Rio Pequeno.
      Dia 11/07, sexta-feira, 19 h - Sala Olido - Galeria Olido Avenida São João, 473 - Centro.
      Entrada Franca. Informações: (11) 3726-8406 e 99957-1084





HUMOR

Os Clecs de Eno Teodoro Wanke - Filosofias Letras P a R


Passado. O passado não pode ser modificado. Coisa de que os historiadores ainda não se convenceram.

Pavão. O pavão pode ser presunçoso, mas, pelo menos, tem o que mostrar.

Pensamentos. Grandes pen-samentos são como perfumes valiosos: devem estar contidos em pequenas frases.

Pergunta. Às vezes uma pergunta é feita não para ser respondida, mas para ser perguntada.

Pontualidade. A pontualidade exige outra qualidade tão rara e difícil quanto ela: a paciência de esperar.

Problema. O problema pode não ser o problema que temos, mas a solução que lhe damos.

Radiografia. Toda vez que me tiram a radiografia da cabeça, confirmam: sou meio macabro por dentro, mas sou sorridente.

Resposta. Se certas respostas não são boas, a culpa não cabe, geralmente, à resposta, mas, sim, à pergunta.

Revolução. Uma revolução é feita pelos revolucionários, mas não obterá êxito sem os aderentes.

Reza. Os lábios rezam, mas os joelhos é que sofrem.

Roupa. O tempo passa, mas isso não impede que a roupa continue amassada.





CANTINHO DA POESIA

Escreve poesia com olhos fechados: não deixes que escapem sonhos pelos dedos.


Soneto do ingênuo

Cacildo Marques

Dou cinco euros por teu triste dia,
Eu disse a ela quando a vi chorando.
Ela de pronto nem perguntou quando,
Já me vendendo tudo o que a afligia.

Tentei guardar no bolso esse nefando
E incômodo pacote de aura fria
Que por direito e fé me pertencia
Desde que ela atendeu ao meu comando.

Mas vi que era pesado carregar
Aquela compra que em nenhum lugar
Cabia e então fiz dessa coisa oferta.

Ofereci a todos, ninguém quis.
Voltei à antiga dona e em riso gris
Ela disse: “Nem grátis! Fui liberta!”














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ACONTECEU
Notas daqui


Desemprego. A direção do IBGE desistiu de suspender a divulgação da pesquisa nacional de emprego, que havia gerado crítica por parte de senadores (05/05).

Desacordo. Promotoria de Nova Iorque recusa oferta de Paulo Maluf de pagar 1 milhão de dólares para livrar-se do processo que o impede de viajar para fora do Brasil (6/05).

Pesquisa. O Instituto Datafolha divulga pesquisa de intenção de votos para a presidência, mostrando Dilma Rousseff com 37%, Aécio Neves com 20%, Eduardo Campos com 11% e demais candidatos somando 7% (8/05).

Papuda. José Dirceu teve negado pela presidência do STF seu pedido para trabalhar fora da prisão, em regime semi-aberto (9/05).

Água. Sabesp usa reserva emergencial de água no sistema Cantareira e com isso o volume da represa sobe de 8,2% para 26,7% (16/05).

Trânsito. Encerra-se a greve de dois dias dos motoristas de ônibus de São Paulo (21/05).

Roubos. Embora registre redução no número de homicídios, a cidade de São Paulo teve aumento de 34% no número de casos de roubo entre abril de 2013 e abril de 2014 (23/05).

Barbosa. Sob forte pressão, o Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, anunciou que requererá aposentadoria no fim do mês de julho (29/05).

PIB. O PIB brasileiro cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre de 2014, tendo sido puxado para cima pelos gastos do governo (30/05).




Notas dali


Crucifixão. O Papa Francisco afirma ter chorado diante de notícias de que dois cristãos foram crucificados na cidade de Raqqa, Síria, por fanáticos islâmicos (2/05).

Google. A Corte de Justiça da União Europeia determinou que o engenho de buscas Google retire da internet o linque de dados “inadequados” de pessoas que solicitem isso (13/05).

Índia. Narendra Modi, ex-governador do Estado de Gujarat, opositor do atual Premier Manmohan Singhl, venceu as eleições parlamentares na Índia (16/05).

Super-trem. O governo chinês planeja construir uma linha de trens ligando sua capital, Pequim, aos Estados Unidos, passando pelo oeste da Rússia e seguindo em direção ao Alasca, através do Estreito de Behring (16/05).

Colômbia. O Presidente Juan Manuel Santos disputará segundo turno das eleições presidenciais com o candidato conservador Óscar Zuluaga, no dia 15 de junho (25/05).

Palestina. O Papa Francisco, em visita a Israel e Cisjordânia, acertou encontro de seus respectivos presidentes, Shimon Peres e Mahmoud Abas, para o dia 6 de junho, no Vaticano (25/05).

Nigéria. O exército nigeriano afirma ter localizado as mais de 200 adolescentes sequestradas pelo grupo fanático islâmico Boko Haram, mas que não pode revelar a descoberta por temer a reação dos grupo sobre as garotas (26/05).

Egito. O general reformado Abdel Fatah Al-Sisi ganhou as eleições presidenciais do Egito, segundo indicam projeções da apuração (29/05).







RADAR

Reunião da Rede Butantã em junho é na Cohab Raposo


      A Rede Butantã de Entidades e Forças Sociais reuniu-se na Casa de Cultura do Butantã, em seu encontro do mês de maio. A discussão principal girou em torno das questões culturais, conforme previsto.
      Para o mês de junho, a reunião se dará no dia 4, às 9h, na Cohab Raposo Tavares. Os temas são variados e incluirão saúde, política do idoso e transportes públicos.



ACSP-Sudoeste realiza Feira da Saúde


      Com apoio da Subprefeitura do Butantã, a Associação Comercial de São Paulo, Distrital Sudoeste, realizou no CEU Uirapuru, no sábado, 24 de maio, sua já tradicional Feira da Saúde, com entidades farmacêuticas, médicas e outras.
      Durante todo o dia a comunidade pôde realizar exames e receber informações sobre o sistema de saúde. Ao mesmo tempo, intensa atividade musical e poética acontecia no Teatro da instituição, organizada pela Supervisão de Cultura e pela Casa de Cultura do Butantã.





TRANSPORTE

Butantã reivindica e tem alguns ganhos na melhoria do transporte


      O mês de maio foi um mês de transformações no sistema de transporte público no Butantã e a Gazeta Cidadã acompanhou esse processo.
      A luta pela volta do “Azulzinho”, o antigo ônibus da linha 577T, Vila Gomes – Jardim Miriam, teve um final quase feliz. Desde o dia 31 de maio, passou a funcionar uma nova linha com trajeto parecido, mas indo apenas da Vila Gomes até o Parque Trianon, próximo ao MASP. Para que o usuário da antiga linha 577T seja contemplado, essa nova linha precisa ir até pelo menos o início da Av. Paulista, nas imediações da Estação Paraíso do Metrô, para que o usuário possa descer e pegar ônibus para o Jardim Miriam na Av. 23 de Maio.
      A garantia da criação dessa linha, que não tem mais ônibus “azulzinho”, mas “laranjinha”, foi feita no dia 8 de maio, em encontro na Casa de Cultura do Butantã. Estava programada a vinda do Secretário de Transportes de São Paulo, Deputado Jilmar Tatto, mas ele teve de mudar sua agenda para acompanhar a Presidente Dilma Rousseff, que veio nesse dia inaugurar o Estádio Itaquera. Veio então ao Butantã o Secretário Adjunto, José Evaldo. O grupo de trabalho da mobilidade urbana, GT-Mobilidade, composto por membros de várias entidades sociais, esteve presente, questionando o Secretário Adjunto e cobrando soluções para os problemas de transporte no bairro.
      Foi cobrada a volta de linhas que serviam a Vila Dalva e que foram extintas. Também se cobrou a restauração da linha Vila Sônia – Clínicas, não mais Vila Sônia – Estação Butantã. E mais uma vez a comunidade solicitou a criação do circular Butantã, uma linha transversal que ligue o Morumbi às imediações do Hospital Universitário.
      O GT-Mobilidade reuniu-se em datas posteriores discutindo novos caminhos para melhorar o trânsito na região. Uma das lutas mais recentes é a da implantação de faixa exclusiva de ônibus no trecho paulistano da Rodovia Raposo Tavares. Há duas possibilidades para isso: a criação de uma via paralela à rodovia, feita pela prefeitura, o que sairia muito caro hoje dada a ocupação das margens da estrada pela indústria imobiliária, ou a criação da faixa no leito da própria rodovia, o que depende de aquiescência da administração estadual, através de suas secretarias de transporte e de transporte metropolitano.












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O ITAIM BIBI EM FOCO

Travessa Alex Vallauri - uma travessura no Itaim Bibi


Helcias Pádua*

      Acho que virou moda, costume, a força da impu-nidade, ou coisa semelhante. Ruelas ou antigas travessas municipais, oficiais, comuns nos passados tempos do romântico bairro do Itaim Bibi, de um tempo para cá foram tomadas, transformadas. São as que: existem, porém não existem; estão, mas não estão; têm CEP e são apontadas em guias de endereço. Chegando-se lá, cadê? Sumiram, escafederam-se.
      Além da Rua Mariano Amorim Carrão, encoberta por um grande estacionamento particular do Hipermercado Ex-tra Itaim, outra travessa lá da Rua Tabapuã, paulatinamente foi se transformando num espa-ço particular, mantido sob liminares jurídicas, manobras administrativas, etc. E não é só essa.
      Estamos falando da Travessa Alex Vallauri, casas de número 5 a 10, englobadas pelo único número 838. Transformada em praça de alimentação e lojas de exposições artísticas, exploradas por um só dono, com seguranças de terno preto, óculos escuros e tudo, sem contar os ‘vallets’, e protegida por grossa corrente, garantindo a privacidade a alguns privilegiados.
      Absurdamente não se mantém aberto à municipalidade o local público, porém o pseudoproprietario recentemente adquiriu uma casa na Rua Manuel Guedes que dá fundos para a lateral da citada travessa. Derrubou tudo e abriu uma viela unindo ao seu mix espaço gastronômico.
      O Grupo Memórias do Itaim Bibi/SP pesquisa fotos, fatos e memórias desse e de outros pedaços da história do bairro. Mas, por enquanto, pelo menos vamos saber o porquê desse nome e quem foi tal figura, o Alex Vallauri. Assim talvez contribuamos para um proveitoso desenrolar tanto das memórias e arquitetura da região do Itaim Bibi, como para a cultura de São Paulo.
      Exemplo anterior e bem recente teve-se com a mentirosa recuperação da travessa enco-berta pelo Hipermercado Extra. Eles aos poucos transformaram esse enorme espaço em uma “tulha”, um depósito de lixo e equipamentos quebrados. O espaço está cercado, impedindo o livre trânsito dos pedestres.
      Travessa Alex Vallauri: uma contumaz travessura na Travessa Alex Vallauri, situada na Rua Tabapuã, entre a Rua João Cachoeira e a Rua Manuel Guedes, antiga Jeribatiba, no Itaim Bibi. Ele foi um artista plástico que iniciou seus estudos de desenho em Buenos Aires. Nasceu em Asmara, na Etiópia, hoje Eritréia, vindo para a capital argentina ainda criança junto com a família italiana judaica. Muda-se para Santos, SP, em 1965, quando desenvolve seu gosto pelas artes gráficas, realizando uma série de xilogravuras com temática social e etnográfica, com a qual recebe em 1968 a Medalha de Ouro na Exposição de Jovens Artistas de Santos. Cursa Comunicação Visual e Formação de Professores de Desenho, na FAAP - Fundação Álvares Penteado, formando-se em 1973. Realiza sua primeira individual na Associação Amigos do Museu de Arte Moderna de São Paulo e participa de diversas coletivas, entre elas as edições XI e XIV da Bienal Internacional de São Paulo. Trabalha como professor de desenho e como diagramador. Passa dois anos na Europa, quando começa a se interessar pela pintura mural e pela intervenção anônima na cidade, iniciando em 1978, os trabalhos de grafite que caracterizariam sua produção.
      Alex grafitou imagens de símbolos que estão no inconsciente coletivo, como cupidos, diabos, acrobatas e bruxas que se misturam à comunicação de massa: televisões, geladeiras, guitarras, bolas e telefones, de onde jorram como mágicas as pautas musicais, corações, alfinetes, piões, parafusos, raios e estrelas, entre outros. Utilizou-se de carimbos usados em trabalhos de Arte Postal, em Livros de Artista, camisetas, recortes de madeira, adesivos, e aplicados em diversos objetos e móveis. Nos anos 70, recuperou para a arte contemporânea a técnica do Stencil Art, utilizada na modernidade, nos anos 30, pelos artistas da École de Paris. Abriu caminho para uma legião de artistas que, em vez de usar os materiais convencionais da arte, usaram a cidade como suporte para suas obras. Aparece assim a escola vallauriana.
      De 1982 a 1983, Vallauri permanece em Nova York, onde realiza diversas intervenções de grafite em murais, cenários e exposições. Com seu retorno a São Paulo, influencia inúmeros artistas jovens. Sua morte precoce, em 1987, de certa maneira encerra o primeiro ciclo do grafite no Brasil.
      No dia 27 de março, aniversário de sua morte, comemora-se o Dia Nacional do Grafite, em algumas cidades brasileiras.

(*) Helcias Bernardo de Pádua é biólogo, jornalista e presidente da AGMIB/Assoc. Grupo Memórias do Itaim Bibi, biólogo e professor. helciaspadua@yahoo.com.br





RECEITA DA DONA LOURDES

Lentilha com batatas


Ingredientes:

2 colheres de óleo vegetal
2 dentes de alho amassados
700 g de batata descascada e em pedaços
4 cenouras picadas
1 colher de colorau
1 litro de verduras variadas (abobrinha, brócolis, couve-flor, tomate, etc.)
100 g de lentilhas
1 maço de cebolinha, picada
1 ramo de coentro picado (ou salsinha)

Modo de preparar:


      Aqueça o óleo e frite o alho por aproximadamente 3 minutos. Despeje as batatas e as cenouras, mexendo por 7 minutos, ou até que a mistura fique dourada. Despeje o colorau na mistura de legumes e ponha-a para ferver. Baixe o fogo, adicione a lentilha, cubra e ferva por 20 minutos, até que a lentilha e as verduras estejam macias e o molho esteja denso. Misture um pouco do coentro, tempere e ferva por mais um minuto. Ponha por cima o iogurte, a cebolinha e o restante do coentro. Sirva com pão sírio e arroz.

Rendimento: cinco pessoas.

Nota: A Gazeta Cidadã lamenta o falecimento da titular deste espaço Maria de Lourdes F. Soares, no dia 8/05/2014. Como homenagem, manteremos o nome dela na coluna.












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FAMÍLIA - GÊMEOS

Rivalidade fraternal gemelar


Jemima Pompeu*

      “Eu odeio ser gêmea” - Este foi o título de um e-mail que recebi de uma gêmea de 48 anos que não fala com a irmã há mais de 20 anos. Obviamente, a pessoa em questão quis se manter anônima – mas este não é o único caso. Os relatos de gêmeos adultos que não conseguem manter um relacionamento fraternal saudável são verdadeiros desabafos. Pelo que posso perceber esses irmãos só querem contar sobre seus conflitos, na tentativa desesperada de serem ouvidos. Depois do desabafo vem o alívio, mas é paliativo. O que esses irmãos desejam é a cura para um sofrimento que parece não ter fim. Eles carregam um fardo emocional pesado demais – a dor vem embrulhada com muito rancor, raiva, mágoa e algumas vezes, ódio mesmo. Os motivos pelos quais irmãos gêmeos brigam e rompem a relação são diversos, mas posso destacar dois:
      1) Competição negativa - Um irmão quer ser melhor que o outro em todas as áreas da vida. A busca pelo sucesso pessoal, profissional e afetivo se torna uma obsessão – e não basta ter, é necessário ter mais do que o outro. E nada parece suficiente, porque o sentimento de vingança aumenta com passar dos anos.
      2) Temperamentos distintos – Todos nós sabemos que irmãos gêmeos podem até ser idênticos na aparência, mas a personalidade sempre os difere. É exatamente por isso que eles não suportam ser comparados. Porém, nesses casos extremos, os temperamentos também são muito diferentes. Referindo-me à teoria dos quatro humores, são eles: colérico, fleumático, sanguíneo e melancólico. Esses casos representam 10% dos irmãos gêmeos adultos – independentemente de serem idênticos ou não.

(*) Jemima Pompeu é autora e editora de acervo sobre gêmeos









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